DE TODOS OS TEMORES ME LIVROU
O SENHOR DEUS
Nesta
semana morreu em Santa Catarina um jovem pai de família que se tornou famoso há
cerca de dois anos quando foi submetido a uma cirurgia para retirada de um
tumor no cérebro. Na ocasião o paciente e o médico ganharam notoriedade nas
redes sociais pelo sucesso do procedimento que foi realizado enquanto o doente
tocava violão. Pouco depois a doença recidivou muitas pessoas foram envolvidas
e iniciativas realizadas para amenizar o sofrimento do doente e dos familiares,
mas que apesar disso veio a óbito. Claro que este fato ficará para a história
da medicina e contará no currículo do médico e da medicina pelo feito extraordinário
e inédito até aquela ocasião. Qual a relação que se pode fazer deste fato com a
festa de São Pedro e São Paulo que a Igreja celebra neste domingo?
Antes
de mais nada é necessário pensar na motivação que levou os dois personagens a
se tornarem conhecidos. Passava pouco de trinta anos, a doutrina e o anuncio de
que um homem tinha sido crucificado injustamente e que havia ressuscitado dos
mortos e em nome dele aconteciam fatos extraordinários já era do conhecimento
de quase todo o mundo conhecido naquele tempo. Os responsáveis pela divulgação
deste fato eram ninguém mais que Pedro e Paulo.
Pedro,
um cabeçudo, teimoso e covarde, tinha sido chamado para fazer parte do grupo
dos discípulos de Jesus, deu muito trabalho durante todo o tempo que acompanhou
o mestre e no final se tornou o responsável para dar continuidade a missão.
Paulo
um judeu convicto, que tinha perseguido e executado muitos seguidores de Jesus,
caiu do cavalo quando teve o encontro pessoal com o ressuscitado tornou-se o
mais inflamado defensor e anunciador de tudo o que dizia respeito ao Cristo e
aos seus ensinamentos.
A
primeira leitura mostra Pedro sendo salvo pela força da Oração e pelo envolvimento
da comunidade numa das ocasiões em que foi injustamente preso. Paulo já
condenado ao martírio faz um testamento extraordinário. Agradece a Deus por
tudo o que realizou e se apresenta confiante afirmando que aguarda a recompensa
prometida: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a
fé. Agora está
reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me
dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos que esperam com amor a
sua manifestação gloriosa”.
Na
pessoa dos dois seguidores de Cristo se confirma a missão que Jesus confiou a
Pedro apesar da sua fraqueza: “Feliz es tu, Simão, filho de
Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está
no céu. Por
isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o
poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra
será ligado nos céus; tudo o que tu
desligares na terra será desligado nos céus".
Apesar da trágica morte a
que os dois foram submetidos não resta dúvida que se confirma o que a liturgia
reza no salmo deste domingo: “Contemplai
a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se
cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e
o Senhor o libertou de toda angústia”.
No caso do fato citado no
início deste texto ninguém poderá duvidar do sofrimento e da tristeza que se
constitui a morte de uma pessoa, mas não se pode negar que a maneira como a
vida e a morte foram conduzidas ficará para a história como um fato a ser
lembrado e celebrado.
É neste sentido que os
cristãos fazem memória dos apóstolos e reunidos em oração pedem a graça de
seguir os passos daqueles que são chamados “colunas da Igreja” no sentido de
dar testemunho de tudo o que pode fazer cresce o Reino de Deus no meio das
pessoas.
Neste contexto merece lembrança
a pessoa de Maria, mãe e rainha da Igreja, consoladora dos aflitos e sofredores
nas estradas da vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário