sexta-feira, 14 de julho de 2017

HOMILIA PARA O DIA 16 DE JULHO DE 2017

ALERTAS E AGUARDANDO A REVELAÇÃO


Basta fazer qualquer pequeno passeio pelo interior de nossas cidades e facilmente se pode observar plantações extraordinárias que cobrem a terra com exuberância de cores e variedades. Não precisa ser entendido em agronomia ou expert em lavoura para saber que as colheitas dependem de inúmeros fatores, entre eles qualidade das sementes e da terra, do sol e da chuva. O Agricultor que compreende todos os detalhes aguarda pacientemente o tempo da colheita porque tem certeza que dela dependem a família e o seu futuro.
Pois esta realidade está presente nas leituras da Palavra de Deus deste final de semana. O profeta Isaías fala da eficácia da Palavra de Deus comparando-a com o efeito da chuva: “a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la”. Obviamente que o pleno resultado da vontade de Deus depende da disposição humana em aceitar e fazer produzir, Deus respeita a liberdade das pessoas.
São Paulo fala da expectativa em relação ao futuro humano na mesma perspectiva que o agricultor espera pela colheita: “Eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós”. Ora, que a vida e seu sucesso ou fracasso dependem de inúmeros fatores todos tem clareza. Cada um vai plantando, cultivando e colhendo no seu cotidiano. Os resultados de todos os esforços humanos vão depender de inúmeros fatores, neste sentido fica muito clara a afirmação de São Paulo: “De fato, toda a criação está esperando ansiosamente o momento de se revelarem os filhos de Deus”. Se depender de Deus não há dúvida que a realização humana tende à perfeição e à plenitude.
Isso é o que Jesus deixa clara na simplicidade da parábola do semeador, que embora fácil de entender é de uma profundidade incalculável e se encerra com uma máxima espetacular: “Quem tem ouvidos ouça...”. 
O convite da liturgia deste domingo é surpreendente ao mesmo tempo que obvio, deixar-se impregnar pela Palavra de Deus como a terra pela chuva, cuidar da semente que está em nós de modo que ela produza frutos de até cem por um.
Que Deus faz a sua parte é a certeza que se proclama na oração do salmo: É assim que preparais a nossa terra: vós a regais e aplainais, os seus sulcos com a chuva amoleceis e abençoais as sementeiras”.
Maria é a figura emblemática no que diz respeito a deixar-se “cultivar” pela Palavra. É ela quem ensina a todos: “Faça –se em mim o que a Deus aprouver”.

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