MAIS
DO QUE PALAVRAS, SÃO NECESSÁRIAS AÇÕES
A
palavra missão há muito tempo deixou de ser utilizada somente no âmbito da
religião. Assim é comum se ouvir
expressões: “Fulano de tal veio com uma missão de paz”; para algum caso difícil
de se resolver aplica-se a frase: “Essa missão é muito exigente” e assim por
diante. Na liturgia da Igreja o mês de outubro é reconhecido como mês das
missões, o Papa Francisco repetiu diversas vezes que ele gostaria de ver uma “Igreja
saindo em missão” e neste caso a palavra é clara e em sentido abrangente. Ele
sugere uma Igreja aberta ao mundo e que responda aos anseios de um mundo justo,
sustentável, humano, fraterno. Ele quer que a Igreja veja como sua missão
acolher as pessoas que estão excluídas e marginalizadas da própria comunidade e
da sociedade como um todo.
O
desejo do Papa Francisco não é uma coisa nova. O profeta Ezequiel já anunciou
isso que se lê na primeira leitura: “Quando um justo se desvia da justiça, pratica o mal e morre, é por causa do mal praticado que ele morre. Quando um ímpio se arrepende da maldade que praticou e observa o direito e a justiça, conserva a própria vida”. Está mais do que claro que missão é também anunciar e
procurar a prática da justiça e da misericórdia.
No
Salmo deste domingo se reza: “Recordai, Senhor meu Deus,
vossa ternura e compaixão. O Senhor é piedade e retidão, e reconduz ao bom caminho os pecadores. Ele dirige os humildes na justiça, e aos pobres ele ensina o seu
caminho”.
São Paulo escreve aos filipenses o
que se pode aplicar na atualidade: “Se existe alento no mútuo amor aspirai
à mesma coisa, unidos no mesmo amor; vivei em harmonia, procurando a unidade. Nada façais por competição ou vanglória, mas, com humildade, cada um julgue que o outro é mais
importante, e não cuide somente do que é seu, mas também do que é do outro”.
Jesus na parábola dos dois filhos
mostra que não são os pecados e fraquezas que contam para Deus, mas a
disposição de acertar e querer mudar de vida. Dizendo aos fariseus que os publicanos
e prostitutas entrarão primeiro no reino dos céus Jesus não está legitimando o
pecado, mas fazendo perceber que apesar do pecado aquelas pessoas tinham reta
intenção de acertar e corrigir seus erros.
Reunindo-se neste domingo, em ação de
graças, mais do que preces e orações é importante apresentar a Deus a própria
vida e a vontade de fazer a sua vontade de doar a vida e de trabalhar para que
todas as pessoas em todos os lugares sejam valorizadas com seus dons e
defeitos, cuidando do bem de todos em favor de todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário