quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

HOMILIA PARA O DIA 04 DE FEVEREIRO DE 2018 - 5º DO TEMPO COMUM - ANO B

É PRECISO CORAGEM PARA IR ALÉM

O Stress da vida moderna, as decepções e desilusões tão comuns no cotidiano das pessoas, muito frequentemente é causa de depressão e não raro de suicídio e perca do sentido da vida. Para muitas pessoas falta vibração e entusiasmo diante dos problemas e desafios do cotidiano. É quase este o sentimento que Jó manifesta da primeira leitura quando afirma: “Não é acaso uma luta a vida de uma pessoa? Seus dias não são como dias de um mercenário? Meus dias correm mais rápido que a lançadeira de uma máquina de tear e se consomem sem esperança”. Todo o livro de Jó é uma busca de respostas para o sofrimento e para reconhecer a presença de Deus nas situações adversas. Só no final do livro de Jó ele chega a conclusão: “Deus não está na causa do sofrimento, mas ao lado de quem sofre”.
Paulo conta de uma maneira poética como foi o seu encontro com a pessoa de Jesus e deixa bem claro como ele se apaixonou pelo projeto que tinha por objetivo libertar todas as pessoas, e para isso ele também afirma a liberdade da sua escolha: “Assim livre em relação a todos, em me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Fiz me tudo para com todos a fim de ganhar alguns a qualquer custo”.
Jesus, presente na casa de Pedro e em outras casas também usa da sua liberdade para garantir que outras pessoas também sejam libertas, tenham sua dignidade recuperada e sejam reconhecidas como gente para a comunidade que antes as mantinham afastadas e excluídas. Ele também não se conforma com o sucesso alcançado com algumas pessoas e apenas em alguns lugares. Diante da indagação de Pedro: “Todos estão te procurando”. Jesus não tem dificuldade de responder com o desafio: “Vamos para outros lugares e aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi par isso que eu vim”.

Ser seguidor de Jesus nos tempos modernos é ir ao encontro das pessoas que se encontram desiludidas, decepcionadas, deprimidas, excluídas, marginalizadas. Acolher a todos e integrá-los na comunidade é tarefa de cada pessoa que tem oportunidade de repetir a atitude de São Paulo: “Fiz-me tudo para com todos”. É isso que se reza no final da missa deste domingo: “Fazei-nos viver de tal modo unidos a Cristo, que tenhamos a alegria de produzir muitos frutos para a salvação do mundo”. 

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