SOLIDARIEDADE
E RESPEITO COM AQUELES QUE ESTÃO EM DIFICULDADE
Nestes dias Itajaí é a
sede da maior competição esportiva no mar. Velejadores de diversas partes do
mundo fazem sua escala e período de reabastecimento para depois continuar sua
viagem. Nesta etapa alguns são vitoriosos, noutra etapa podem ser outros. Todos
chegam contando suas façanhas positivas e seus desafios, para nenhum deles o
outro competidor deixa de ser importante e a quem se possa dispensar
solidariedade e ajuda e estímulo.
Pois é uma lição
semelhante que se pode tirar da Palavra de Deus neste domingo. Na certeza da
ressurreição de Jesus as primeiras comunidades não se iludiram com o sucesso da
vitória. Pelo contrário trouxeram sempre presente os desafios que enfrentaram
para garantir o resultado que provaram com a ressurreição e a nova vida que
Jesus garantiu a todos. Isso não significa que não tivessem a percepção que o
futuro continuaria a ser desafiador para as comunidades que se formavam
inspiradas nos acontecimentos daquele primeiro dia da semana.
Na leitura dos Apóstolos
eles estão bem conscientes da sua missão e da exigência do seu testemunho para
que muitos acreditem naquilo que querem anunciar. As pessoas passaram a estimar
as comunidades que se formavam não por causa de suas doutrinas, mas por causa
da fraternidade e da seriedade na administração daquilo que pertencia a todos.
Na segunda leitura João
convida todos a se desafiar na realização do bem e na superação de todas as
violências e perigos que o mundo oferece. Acreditar em Jesus e na sua vitória
implica na capacidade de envidar todos os esforços para ser também vencedor de
tudo aquilo que estraga e diminui a fraternidade e a cooperação humanas.
Os relatos das aparições
de Jesus não se limitam a narrativas de fatos ocorridos num passado distante,
mas fazem a comunidade reviver a memória do seu Senhor. Jesus ressuscitado não
é o vitorioso e livre das dores da morte e da cruz. Mostrando as mãos e o lado
fica evidente que sua vitória não está separada do seu sacrifício. O Evangelho
ensina que não se pode separar a euforia pascal do calvário da sexta feira da
paixão.
Como os discípulos que
reconheceram Jesus, também os cristãos da atualidade são desafiados a dar de
forma gratuita e generosa o testemunho de quem viu Jesus. Os Tomes da
atualidade são os excluídos de nossas comunidades e que não reconhecem naqueles
que estão dentro das igrejas e dos grupos de oração um testemunho que seja
fidedigno. Chagados, sofredores, violentados, excluídos os Tomés contemporâneos
esperam dos cristãos a atitude de quem é Sal da Terra e Luz do Mundo.
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