sexta-feira, 1 de junho de 2018

HOMILIA PARA O DIA 03 DE JUNHO DE JUNHO 2018


ESTENDER A MÃO COMO DEUS FAZ

Todos os anos por ocasião da quaresma a Igreja convida a os cristãos a fazer penitência e realizar um gesto de solidariedade por meio de uma oferta concreta no Domingo de Ramos. O Resultado desta coleta é aplicado em obras de assistência social. Nesta semana, por exemplo, a Diocese de Criciúma no Sul de Santa Catarina inaugurou uma casa para acolhida e ressocialização de ex-presidiários. A obra teve investimentos com recursos da coleta da solidariedade no domingo de ramos. Por ocasião da mobilização dos caminhoneiros foram observadas diversas ações de solidariedade com a categoria, entre elas a de um grupo de ciclistas que se mobilizou para levar alimentos aos motoristas. Ambas são atitudes de quem é capaz de estender a mão.
As leituras deste domingo falam da solidariedade de Deus e da preocupação com aqueles que precisavam de uma mão estendida. O livro do deuteronômio pede para guardar o dia de sábado, como sendo o dia de Deus em que Ele estendeu a mão ao seu povo e recomendou o transformou em Senhor da sua existência. Nas duras lutas da vida o povo do Antigo Testamento sempre entendeu que a mão e Deus veio em seu socorro: Lembra-te de que foste escravo no Egito e que de lá o Senhor teu Deus te fez sair com mão forte e braço estendido. É por isso que o Senhor teu Deus te mandou guardar o sábado”.
No evangelho é Jesus, enviado pelo Pai, que percebe a fome dos discípulos e os leva a colher espigas para saciar a fome. No templo uma pessoa necessitada de ajuda estende a mão e Jesus cura seu ferimento: “E perguntou-lhes: 'É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?' Mas eles nada disseram. Jesus, então, olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração; e disse ao homem: 'Estende a mão'. Ele a estendeu e a mão ficou curada”.
Só não entende de solidariedade e do sofrimento das pessoas aqueles que transformam a lei em ocasião para levar vantagem e em nome da lei patrocinam a morte: “Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo”.
Naquele tempo como nos dias atuais não falta quem se recusa estender a mão para ajudar e a reconhecer as mãos estendidas que pedem socorro e qualidade de vida. Para todos são preciosas as palavras de São Paulo na segunda leitura: “Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos entre os maiores apuros, mas sem perder a esperança; perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados; por toda parte e sempre levamos em nós mesmos os sofrimentos mortais de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossos corpos”.
Que a oração deste domingo ensine cada pessoa a compreender o que significa estender a mão e reconhecer a mão estendida para socorrer e fazer que todos em qualquer lugar experimentem a alegria de se tornar Senhores das leis a serviço da vida.


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