sábado, 15 de setembro de 2018

HOMILIA PARA O DIA 16 DE SETEMBRO DE 2018 - 24º COMUM ANO B

O SENHOR É JUSTIÇA E BONDADE

O cristianismo é uma religião diferente de todas as outras grandes religiões. Naquelas os fiéis seguem uma ideia, um livro, uma doutrina. No Cristianismo todas essas coisas existem, mas o seu fundamento é o seguimento da pessoa de Jesus Cristo. Reconhecer quem Ele é, sua missão no mundo e por extensão a missão de todos os que lhe seguem muda completamente a relação das pessoas entre si e com a doutrina que Ele trouxe.
A pergunta de Jesus e a resposta dada por Pedro representam a síntese de todas as preocupações do povo judeu em relação ao seu futuro e a sua aceitação a Deus e ao seu projeto. “E vocês, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: 'Tu és o Messias”. Reconhecendo que Jesus não é mais um dos grandes pregadores do seu tempo Pedro só não percebe a relação da pessoa dele com as palavras dos profetas. Jesus aceita a confissão de fé de Pedro e dos seus companheiros, mas lhe diz com outras palavras o que o profeta tinha anunciado: “Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei; devia ser morto, e ressuscitar depois de três dias”.
As palavras de Jesus não são outra coisa senão a atualização da primeira leitura: “Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba: não desviei o rosto de bofetões e cusparadas.   Mas, o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado”.
Logo se uma pessoa aceita que Jesus é o Messias, aceita também o desfecho desta condição e se propõe a segui-lo com todas as suas forças e com toda as suas exigências e consequências: Meus irmãos, que adianta alguém dizer que tem fé, quando não a põe em prática? A fé seria então capaz de salvá-lo? Imaginai que um irmão ou uma irmã não têm o que vestir e que lhes falta a comida de cada dia; se então alguém de vós lhes disser: 'Ide em paz, aquecei-vos', e: 'Comei à vontade', sem lhes dar o necessário para o corpo, que adiantará isso? Assim também a fé: se não se traduz em obras, por si só está morta”.
Resumindo, declarar que Jesus é o Messias implica aceitar a cruz que essa missão traz consigo. O mesmo se pode aplicar em relação ao cotidiano de cada pessoa, trata-se de aceitar a cruz e os sofrimentos comprometendo-se com a qualidade da vida.
Rezar com os irmãos como viemos fazer aqui implica compreender as palavras que se canta: 
Bem-vindos à mesa do Pai, onde o Filho se faz fraternal refeição / 
É Cristo a forte comida, o Pão que dá vida com amor-comunhão. 
Vinde, ó irmãos, adorar, vinde adorar o Senhor / 
A Eucaristia nos faz Igreja, comunidade de amor. 
No longo caminho que temos, o Pão que comemos nos sustentará /
 É Cristo o Pão repartido, que o povo sofrido vem alimentar. 
Há gente morrendo de fome, sofrendo e sem nome, sem terra e sem lar / 
Não é a vontade de Deus, pois Jesus, Filho seu, quis por nós se doar”. 

Então, Que a nossa fé seja sustentada por nossas obras e que a afirmação que Jesus é 
Messias coloque todos no caminho de aceitar a cruz e comprometer-se com todas as pessoas.  

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