quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

HOMILIA PARA O DIA 23 DE DEZEMBRO DE 2018 - 4º DOMINGO DO ADVENTO - ANO C


FAZER A VONTADE DO PAI

Miquéias 5,1-4ª; Salmo 79 (80); Hebreus 10,5-10; Lucas 1,39-47
4º DOMINGO DO ADVENTO

As festividades do Natal sugerem encontros, presentes, confraternizações. Em resumo é tempo de alegria e de esperança. Esse sentimento que toma conta das pessoas apesar das dificuldades do cotidiano tem muita semelhança com a história do Povo de Deus retratada na Palavra que ouvimos na celebração deste domingo.
O profeta Miqueias exerceu seu ministério em Judá, por volta do século VII antes de Cristo. Nasceu numa região onde imperava o roubo, a violência, o trabalho forçado. Profetizando no meio de pequenos agricultores ele percebeu como os violentos consideravam que Deus estava do seu lado e justificavam todas as formas de opressão que adotavam. Neste contexto ele anuncia que Deus não se esqueceu do seu povo que enviará um pastor verdadeiro que trará para todos uma proposta de paz “Tu, Belém de Éfrata, pequenina entre os mil povoados de Judá, de ti há de sair aquele que dominará em Israel; sua origem vem de tempos remotos, desde os dias da eternidade.  Ele não recuará, apascentará com a força do Senhor e com a majestade do nome do Senhor seu Deus; os homens viverão em paz, pois ele agora estenderá o poder até aos confins da terra, e ele mesmo será a Paz”.
A carta aos Hebreus sugere que Jesus veio para reaproximar as pessoas de Deus e recomenda que todos acolham com prontidão essa proposta. O autor da carta coloca na boca de Jesus estas palavras: “Eis que eu venho. No livro está escrito a meu respeito: Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade. É graças a esta vontade que somos santificados”. O encontro com Jesus que leva a aproximação com Deus Pai não se dá por meio de rituais externos, mas por meio de gestos concretos de amor entre as pessoas.
A atitude de Maria colocando-se a serviço da prima Isabel, mostra como o projeto de Deus tem um rosto. Também neste texto fica evidente que Jesus veio como o sinal do encontro entre Deus e a humanidade. Aqueles que normalmente são excluídos e não encontram lugar com dignidade merecem ser socorridos, acolhidos e ajudados.
A atitude de Maria é um exemplo a ser seguido por todos os que se declaram cristãos. Como Maria caminhemos “às pressas” ao encontro dos necessitados. Vamos colaborar para que a vida de todos vibre de alegria com o anuncio da nossa presença que deve ser portadora de Jesus e do seu projeto. E que este serviço mereça o reconhecimento que também Maria ouviu: “Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu”.

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