VOCAÇÃO A
SERVIÇO DA COMUNIDADE:
CAMINHAR
JUNTO COMO PEREGRINOS DE ESPERANÇA
A busca pela salvação é um tema recorrente nos escritos de
Lucas. No Evangelho desse domingo Jesus fala sobre a importância de entrar pela
porta estreita, destacando que muitos tentarão entrar e não poderão. Essa
metáfora da porta estreita convoca cada um de nós a refletir sobre as escolhas
que fazemos e a vocação que seguimos. É um lembrete de que a verdadeira vida
cristã exige esforço e compromisso. A vocação à vida religiosa, aos ministérios
leigos e outras formas de serviço na comunidade nos convida a desempenhar um
papel ativo na construção do Reino de Deus.
Ao refletirmos sobre as admoestações contidas na carta aos
Hebreus percebemos que a disciplina e o amor de Deus por nós nos fortalecem na
caminhada. "Não desprezes a correção que vem do Senhor", nos adverte
o autor, sugerindo que cada provação é uma oportunidade de crescimento e
amadurecimento. Esta passagem enriquece a compreensão da vocação ao ressaltar
que, através dos desafios, somos moldados para servir melhor. Caminhar juntos,
é essencial neste contexto, pois uma comunidade unida em diversidade é capaz de
enfrentar e superar os desafios que surgem.
Cada vocação, seja no sacerdócio, na vida religiosa ou como
cristãos leigos, tem a missão de colaborar para a unidade na diversidade. A
vocação não é uma escolha isolada, mas um chamado a servir a comunidade, a
estar em sintonia com os irmãos e irmãs. O que nos une é a esperança, uma
esperança que brota da certeza de que, em cada ação e cada escolha, somos
instrumentos do amor de Deus.
Além disso, a diversidade das vocações enriquece a comunidade,
proporcionando diferentes modos de agir e refletir a presença de Cristo no
mundo. Cada um, ao exercer sua vocação, seja através da educação, do cuidado,
do acolhimento ou da promoção da justiça social, contribui para uma Igreja viva
e dinâmica. A esperança se renova na certeza de que, ao nos unirmos em torno de
um mesmo ideal, podemos não apenas entrar pela porta estreita, mas também levar
outros a essa experiência transformadora.
Em resumo, as passagens de Lucas e
Hebreus nos convidam a reconhecer que cada vocação é um chamado a servir a
comunidade, a exercer a fé com disciplina e amor. A unidade na diversidade nos
ensina que estamos juntos nessa missão, e a esperança nos inspira a continuar a
caminhada sempre abrindo portas que nos levem à plena realização. Através do
serviço mútuo e do acolhimento das diferentes vocações, podemos construir uma
comunidade mais unida e vibrante, onde todos se sintam parte do corpo de
Cristo.
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