quarta-feira, 9 de julho de 2025

HOMILIA PARA O DIA 10 DE AGOSTO DE 2025 - DIA DOS PAIS - 19º DO TEMPO COMUM

 

A Palavra de Deus e a Paternidade

[Introdução]
🎥 CENA: Apresentador(a) em um ambiente acolhedor, sorrindo para a câmera.

🗨️ Apresentador(a): Olá, queridos irmãos e irmãs! Neste domingo, vamos falar sobre a Palavra de Deus que nos convida a refletir sobre a fé e a vocação, especialmente no papel do pai e na importância da família.


[Parte 1: A Fé]
🎥 CENA: Efeitos visuais com a citação de Hebreus 11,1.

🗨️ Apresentador(a): No trecho da Carta aos Hebreus, aprendemos que “a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem”. Isso nos leva a pensar no papel do pai.

🎥 CENA: Imagens de pais interagindo com seus filhos.

🗨️ Apresentador(a): Ser pai vai muito além da paternidade biológica; é um chamado divino, uma vocação que exige amor, responsabilidade e, acima de tudo, fé.


[Parte 2: Confiança em Deus]
🎥 CENA: Apresentador(a) com um tom reflexivo.

🗨️ Apresentador(a): Um pai caminha muitas vezes para o desconhecido, confiando em Deus e nos valores que deseja transmitir. Ele precisa acreditar no futuro, mesmo diante dos desafios.

🎥 CENA: Imagens de pais apoiando seus filhos em momentos difíceis.


[Parte 3: O Papel do Pai]
🎥 CENA: Apresentador(a) enfatizando as palavras.

🗨️ Apresentador(a): Jesus, no Evangelho, nos lembra de não ter medo, pois o Pai celestial se alegra em nos dar o Reino.

🎥 CENA: Momentos de alegria em família.

🗨️ Apresentador(a): Isso nos mostra como a paternidade está ligada à confiança em Deus, nos ajudando a construir lares seguros e amorosos, onde nossos filhos crescem em graça e conhecimento.


[Parte 4: Modelos de Fé]
🎥 CENA: Apresentador(a) com um sorriso encorajador.

🗨️ Apresentador(a): Nós, pais, devemos ser modelos de fé, não apenas em palavras, mas, principalmente, em ações.

🎥 CENA: Pais demonstrando amor e fé em atividade familiar.

🗨️ Apresentador(a): Quando cultivamos um ambiente de fé em casa, estamos preparando o solo onde as sementes do amor e da esperança serão plantadas.


[Parte 5: Vigilância e Preparação]
🎥 CENA: Apresentador(a) com uma expressão séria.

🗨️ Apresentador(a): A segunda parte do Evangelho também nos fala sobre a responsabilidade do servo fiel.

🎥 CENA: Imagens de pais ensinando seus filhos sobre responsabilidade.

🗨️ Apresentador(a): Isso nos lembra que a paternidade é um ato de vigilância e preparação. Devemos ensinar nossos filhos a discernirem entre o bem e o mal, preparando-os para a vida.


[Encerramento]
🎥 CENA: Apresentador(a) com um olhar motivacional.

🗨️ Apresentador(a): O chamado para ser pai é um convite constante à ação e ao cuidado. Que possamos, neste dia, renovar nosso compromisso com nossas famílias, buscando sempre a graça de Deus.

🎥 CENA: Apresentador(a) finalizando com um sorriso.

🗨️ Apresentador(a): Que sejamos pais que transmitem fé, amor e esperança. Vamos juntos!

🎥 CENA: Mensagem final na tela: "Ame, Cuide, Inspire"

HOMILIA PARA O DIA 03 DE AGOSTO DE 2025 - DIA DO PADRE - 18º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

A Sabedoria e a Vocação do Padre no Dia do Padre

Queridos irmãos e irmãs,

Hoje celebramos não apenas o Dia do Padre, mas também a vocação e a missão que nos unem em Cristo. As passagens que ouvimos, do Livro de Eclesiastes e do Evangelho de Lucas, nos desafiam a refletir sobre a verdadeira essência da vida, especialmente à luz do chamado de cada um de nós, e, em particular, dos padres que dedicam suas vidas ao serviço da Igreja.

No Livro de Eclesiastes, ouvimos a familiar expressão: “Vaidade de vaidades, tudo é vaidade” Esta declaração do autor sagrado ressoa em nossos corações ao considerarmos as preocupações da vida cotidiana e as armadilhas da busca incessante por bens materiais e prazeres efêmeros. Nos capítulos que lemos, o autor nos alerta para a futilidade de se acumular riquezas que não trazem satisfação duradoura e que, muitas vezes, se tornam fardos pesados em nossas vidas.

Por outro lado, no Evangelho de Lucas, nos é apresentada: a história do homem rico que, em sua busca por acumular bens, esquece-se do essencial. Jesus nos convida a refletir sobre o que significa viver de maneira sábia e significativa. O homem é repreendido por Deus, que lhe diz: "Nesta noite Deus pedirá contas da sua vida; e o que tens preparado, para quem será?" Essa pergunta nos provoca a pensar sobre o que estamos realmente fazendo com o tempo e os talentos que nos foram confiados.

Neste contexto, ao celebrarmos o Dia do Padre, somos convidados a valorizar a missão daqueles que, como São João Maria Vianney, se dedicam a guiar o povo de Deus. Ele, conhecido como o Santo Cura d’Ars, dedicou sua vida à orientação espiritual, ao perdão e à reconciliação. Sua sabedoria e compaixão nos lembram que o verdadeiro sucesso não está em acumular bens, mas em entregar-se ao serviço do próximo, de modo que possamos levar a esperança e a luz do Evangelho a todos.

Hoje tem início o projeto "Padres para a Igreja em Santa Catarina", trata-se de um que visa fortalecer a comunidade de fé, sugerindo vocações aos ministério ordenado e proporcionando aos padres novos caminhos para o ministério. Isso nos lembra que o serviço pastoral não é apenas uma função, mas uma vocação que se empenha em cuidar das almas, em promover a justiça e a paz, e em trazer conforto aos aflitos.

Neste Dia do Padre, é fundamental que nos unamos em oração por nossos padres, para que cada um deles possa viver a plenitude de sua vocação. Que possam se inspirar na vida de São João Maria Vianney e encontrar a força necessária para enfrentar os desafios do ministério, sempre lembrando que suas vidas são um instrumento de amor e de graça para a comunidade.

Que possamos, todos nós, refletir sobre o que realmente valorizamos em nossas vidas. Que ao invés de sermos como o homem rico que acumulou riquezas, possamos ser generosos em nosso amor e servir ao próximo com humildade e compaixão.

Em um momento como este, renovemos nosso compromisso de apoiar nossos padres em sua jornada e, ao mesmo tempo, que possamos discernir como ser verdadeiros discípulos de Cristo em nossas próprias vidas.

Amém.

 

terça-feira, 8 de julho de 2025

HOMILIA PARA O DIA 03 DE AGOSTO DE 2025 - DIA DO PADRE - 18º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

A Sabedoria e a Vocação do Padre 

no Dia do Padre

Queridos irmãos e irmãs,

Hoje celebramos não apenas o Dia do Padre, mas também a vocação e a missão que nos unem em Cristo. As passagens que ouvimos, do Livro de Eclesiastes e do Evangelho de Lucas, nos desafiam a refletir sobre a verdadeira essência da vida, especialmente à luz do chamado de cada um de nós, e, em particular, dos padres que dedicam suas vidas ao serviço da Igreja.

No Livro de Eclesiastes, ouvimos a familiar expressão: “Vaidade de vaidades, tudo é vaidade” Esta declaração do autor sagrado ressoa em nossos corações ao considerarmos as preocupações da vida cotidiana e as armadilhas da busca incessante por bens materiais e prazeres efêmeros. Nos capítulos que lemos, o autor nos alerta para a futilidade de se acumular riquezas que não trazem satisfação duradoura e que, muitas vezes, se tornam fardos pesados em nossas vidas.

Por outro lado, no Evangelho de Lucas, nos é apresentada: a história do homem rico que, em sua busca por acumular bens, esquece-se do essencial. Jesus nos convida a refletir sobre o que significa viver de maneira sábia e significativa. O homem é repreendido por Deus, que lhe diz: "Nesta noite Deus pedirá contas da sua vida; e o que tens preparado, para quem será?" Essa pergunta nos provoca a pensar sobre o que estamos realmente fazendo com o tempo e os talentos que nos foram confiados.

Neste contexto, ao celebrarmos o Dia do Padre, somos convidados a valorizar a missão daqueles que, como São João Maria Vianney, se dedicam a guiar o povo de Deus. Ele, conhecido como o Santo Cura d’Ars, dedicou sua vida à orientação espiritual, ao perdão e à reconciliação. Sua sabedoria e compaixão nos lembram que o verdadeiro sucesso não está em acumular bens, mas em entregar-se ao serviço do próximo, de modo que possamos levar a esperança e a luz do Evangelho a todos.

Através da abertura do projeto "Padres para a Igreja em Santa Catarina", vemos um movimento inspirador que visa fortalecer a comunidade de fé, sugerindo vocações aos ministério ordenado e proporcionando aos padres novos caminhos para o ministério. Isso nos lembra que o serviço pastoral não é apenas uma função, mas uma vocação que se empenha em cuidar das almas, em promover a justiça e a paz, e em trazer conforto aos aflitos.

Neste Dia do Padre, é fundamental que nos unamos em oração por nossos padres, para que cada um deles possa viver a plenitude de sua vocação. Que possam se inspirar na vida de São João Maria Vianney e encontrar a força necessária para enfrentar os desafios do ministério, sempre lembrando que suas vidas são um instrumento de amor e de graça para a comunidade.

Que possamos, todos nós, refletir sobre o que realmente valorizamos em nossas vidas. Que ao invés de sermos como o homem rico que acumulou riquezas, possamos ser generosos em nosso amor e servir ao próximo com humildade e compaixão.

Em um momento como este, renovemos nosso compromisso de apoiar nossos padres em sua jornada e, ao mesmo tempo, que possamos discernir como ser verdadeiros discípulos de Cristo em nossas próprias vidas.

Amém.

 

HOMILIA PARA O DIA 27 DE JULHO DE 2025 - 17º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

A Oração e o Perdão no Ano Santo da Redenção

Queridos irmãos e irmãs,

A liturgia da Palavra deste domingo nos põe como ponto de partida o texto do livro do Gênesis, onde Abraão intercede por Sodoma e Gomorra, e o Evangelho de Lucas, que nos ensina sobre a oração e o amor do pai que concede o que pedimos. Ambas as leituras nos conduzem a uma reflexão sobre o perdão, especialmente em um tempo tão especial como o Ano Santo da Redenção.

Na passagem de Gênesis (18,20-32), vemos Abraão ousando dialogar com Deus. Ele intercede pela cidade de Sodoma, onde a maldade havia se espalhado. Com um coração cheio de compaixão, ele pergunta: “E se houver cinquenta justos na cidade? Você ainda destruirá e não poupará o lugar por causa dos cinquenta justos?” Abraão não só se preocupa com os justos, mas também mostra a sua capacidade de interceder por aqueles que estão em pecado. Esse exercício de diálogo íntimo com Deus nos ensina sobre a importância da oração, especialmente quando se trata de pedir perdão e clemência.

Já no Evangelho de Lucas (11,1-13), Jesus nos ensina o Pai Nosso. Ele nos mostra que Deus é um Pai amoroso que nunca nos negará o que pedimos, assim como um pai terreno dá ao filho o que é bom. A relação entre o ser humano e Deus é fortalecida pela confiança e pela compreensão de que o perdão é um ato de amor. Quando pedimos perdão, reconhecemos nossas fraquezas e, ao mesmo tempo, nos abrimos à graça divina.

Neste Ano Santo da Redenção, somos convidados a aprofundar nossa vivência do perdão. O caminho da redenção é um percurso onde a oração se torna fundamental. Na intercessão de Abraão, vemos a importância de estar atento ao sofrimento do outro. Assim como Abraão não se cansa de perguntar, também somos chamados a não desistir de pedir perdão e de oferecer perdão, pedir a Deus e também oferecer o perdão uns aos outros.

Em um mundo marcado pelas divisões e mágoas, a celebração deste Ano Santo nos recorda que a verdadeira redenção começa em nosso coração. O convite é para que olhemos para aqueles que nos feriram e façamos um esforço consciente para perdoar. O perdão é libertador; ele nos ajuda a romper as correntes do rancor e a abrir espaço para a paz e a reconciliação.

Queridos irmãos e irmãs, neste dia, somos convidados a ser fiéis na oração, como Abraão, e a confiar na bondade do nosso Pai celestial, que nos oferece o perdão. Que possamos, com corações humildes, buscar a misericórdia de Deus e nos tornar instrumentos de perdão em nossa comunidade.

Ao vivenciarmos este Ano Santo da Redenção, que nossas orações sejam sempre acompanhadas de ações concretas de amor e perdão. Que possamos sair daqui renovados em nosso compromisso com Deus, uns com os outros e com a proposta de um mundo mais justo e cheio de amor.

Amém.

 

HOMILIA PARA O DIA 20 DE JULHO DE 2025 - IGREJA EM SINODALIDADE E PEREGRINA DE ESPERANÇA

 

IGREJA EM SINODALIDADE E PEREGRINOS DE ESPERANÇA

Queridos irmãos e irmãs,

Hoje, somos chamados a refletir sobre dois textos que, à primeira vista, podem parecer distintos, mas que em sua essência se entrelaçam de maneira profunda: a Carta de São Paulo aos Colossenses e o Evangelho de Lucas.

Na primeira leitura, Paulo nos fala da sua alegria em sofrer por Cristo. Ele diz: "Completo na minha carne o que falta às aflições de Cristo por seu corpo, que é a Igreja" (Col 1,24). O texto ajuda a entender que nossas lutas não são em vão; elas se tornam parte de uma missão maior. Quando participamos ativamente da vida da Igreja, ao lado de nossos irmãos e irmãs, estamos não apenas compartilhando nossas alegrias, mas também nossos sofrimentos. Esse é um verdadeiro sinal de sinodalidade: estarmos juntos, em comunhão, como peregrinos em busca de esperança.

O apóstolo enfatiza que sua missão é anunciar a Palavra de Deus, o mistério que foi revelado: Cristo em nós, a esperança da glória (Col 1,27). Essa esperança é o que nos move, é o que nos une como Igreja. Somos chamados a não apenas receber essa mensagem, mas a compartilhá-la, tornando-nos agentes de transformação em nosso mundo.

Por outro lado, no Evangelho, encontramos a passagem de Marta e Maria. Enquanto Marta se preocupa com os afazeres da casa, Maria se coloca aos pés de Jesus, ouvindo suas palavras. Jesus diz a Marta que "Maria escolheu a melhor parte" (Lc 10,42). Essa cena nos convida a refletir sobre as prioridades em nossas vidas e em nossa caminhada sinodal.

Marta representa muitas vezes a nossa vida cotidiana, cheia de responsabilidades e obrigações, que, se não forem cuidadas, podem nos distanciar do que realmente importa: a presença de Cristo entre nós. Maria, ao contrário, nos mostra que ouvir a Palavra de Deus e estar em comunhão com Ele deve ser nossa prioridade. Assim, em um processo sinodal, somos convidados a equilibrar o fazer e o ser, a ação e a contemplação.

Ao unirmos esses dois textos, percebemos que a sinodalidade nos pede, primeiro, um coração aberto ao sofrimento dos irmãos, como Paulo nos exorta, e, segundo, um espaço em nossa vida para a escuta da Palavra de Deus, como Maria fez. Em uma Igreja que caminha junta, somos convidados a olhar para as necessidades do outro, ao mesmo tempo em que buscamos estar em sintonia com a voz de Deus.

Nesse contexto, ser "peregrinos de esperança" significa que, ao olharmos para as dificuldades e desafios que enfrentamos, sabemos que não estamos sozinhos. Caminhamos juntos, apoiando-nos uns aos outros, e carregamos dentro de nós a certeza de que Cristo está conosco, oferecendo-nos força e encorajamento.

Queridos irmãos e irmãs, ao nos reunirmos como Igreja, devemos nos perguntar: como podemos, em conjunto, tornar-nos verdadeiros testemunhos da esperança que é Cristo? Como podemos equilibrar o nosso servir e o nosso acolher a palavra divina? Que possamos ser peregrinos que, ao mesmo tempo em que enfrentam desafios, levam em seu coração a esperança viva que é oferecida a todos.

Que Nossa Senhora, modelo de escuta e serviço, nos guie nesta jornada. E que, juntos, possamos caminhar em sinodalidade, sempre iluminados pela luz de Cristo, transformando o mundo com o amor que brota de nossa vivência comunitária.

segunda-feira, 30 de junho de 2025

HOMILIA PARA O DIA 13 DE JULHO - 15º DOMINGO DO TEMPO COMUM.

 

Peregrinos de Esperança: A Misericórdia que Transforma

Queridos irmãos e irmãs em Cristo,

A Palavra de Deus deste domingo nos põe diante das ricas verdades contidas nas leituras de Colossenses e Lucas, que nos convidam a refletir sobre a nossa identidade como "peregrinos de esperança" em meio a um mundo repleto de desafios e necessidades.

Na carta aos Colossenses, São Paulo nos apresenta uma bela descrição de Cristo, o "Primogênito de toda a criação". Ele nos revela que em Cristo tudo foi criado e que Nele reside a plenitude. Ao ouvir essas palavras, somos lembrados de que nossa esperança não vem de nós mesmos, mas daquele que é a própria essência da misericórdia e da redenção. Aliás, Paulo nos diz que “todo o universo foi criado por meio dele e para ele” (Cl 1,16). Essa afirmação nos convida a reconhecer que, como peregrinos, somos chamados a refletir o amor e a luz de Cristo em cada passo que dermos.

No Evangelho de Lucas, encontramos a parábola do Bom Samaritano. Aqui, Jesus nos ensina sobre a verdadeira essência da misericórdia e do amor ao próximo. O que seria daquela pessoa se o Samaritano não tivesse agido em compaixão? Este apelo à ação nos desafia, irmãos e irmãs. Jesus pergunta: “Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores?” (Lc 10,36). É a responsabilidade de cada um de nós agir como o Samaritano, indo além das aparências e dos preconceitos.

Neste sentido, nossa peregrinação não é apenas uma jornada física, mas uma missão espiritual. Como peregrinos de esperança, somos desafiados a olhar para aqueles ao nosso redor, especialmente os que se encontram caídos e necessitados. É em nossas mãos que se coloca a centelha de Cristo, a capacidade de curar feridas, de acolher e de amar sem limites. Ser cristão é ser um praticante da misericórdia, assim como o Samaritano que não hesitou em se ocupar com o cuidado daquele que estava caído.

Ser peregrino de esperança significa também aceitar que, como discípulos de Cristo, somos chamados a viver a união com Ele e com os outros. Ao reconhecer que Cristo é a nossa esperança, somos motivados a ser agentes de transformação. Paulo nos confirma que “ele reconcilia consigo mesmo tudo o que existe, tanto no céu como na terra, fazendo a paz pelo sangue da sua cruz” (Cl 1,20). Esta é a essência do nosso chamado: ser portadores da paz e da reconciliação em um mundo dividido.

Irmãos, neste ano em que somos convidados a vivenciar a esperança da redenção, lembremos sempre que nossa jornada não é solitária. Estamos juntos, como comunidade, promovendo o amor e a solidariedade. Ao nos tornarmos verdadeiros peregrinos, olhemos para o próximo com o coração aberto, dispostos a agir com compaixão e a semear esperança onde há desespero.

Em cada ato de bondade, em cada gesto de amor, a vida de Cristo se torna visível e palpável. Que possamos ser, então, agentes dessa transformação, iluminando o caminho uns dos outros com a luz que recebemos do Senhor.

Ao final, que cada um de nós saia hoje determinado a viver como verdadeiros representantes da misericórdia de Deus, da esperança que Ele nos oferece. Que, ao lado de Nossa Senhora e de todos os santos, possamos caminhar como peregrinos de esperança, levando amor e cura ao mundo.

Amém.

HOMILIA PARA O DIA 06 DE JULHO DE 2025

 

Queridos irmãos e irmãs,

Hoje, reuni-nos em torno da Palavra de Deus, que ilumina o nosso caminho neste ano santo da redenção. As leituras que ouvimos nos apresentam um convite à reflexão sobre a missão que recebemos como discípulos de Cristo e a esperança que brota em nossos corações.

Na carta aos Gálatas, São Paulo nos lembra que “o que importa é ser uma nova criatura” (Gl 6,15). Todos somos chamados a ser renovados em Cristo, a deixar para trás as velhas amarras do pecado e a abraçar a liberdade e a transformação que vem do encontro com o Senhor. Essa nova criação não é apenas uma chamada pessoal, mas uma convocação à comunidade, a um testemunho coletivo da fé que vivemos e professamos. Nesse sentido, somos peregrinos de esperança, guiados pela luz de Cristo para sermos canais de sua paz e amor por onde passamos.

No Evangelho Jesus envia os discípulos em missão: “Curai os doentes que nela houver e dizei-lhes: O Reino de Deus está próximo de vós” (Lc 10,9). Esta missão é um eco do que recebemos no batismo. Cada um de nós é enviado a anunciar a Boa Nova, a ser portador da esperança em um mundo muitas vezes envolto em escuridão. Em nossa peregrinação, somos chamados a viver a realidade do Reino, a trazer cura e consolo aos que sofrem, e a ser a presença de Cristo na vida dos outros.

A conexão entre essas duas leituras é clara: a transformação que vivemos em Cristo nos envia para a missão. E assim, como peregrinos de esperança, reconhecemos que, mesmo em tempos difíceis, temos a certeza da presença do Senhor caminhando conosco. Ele não somente nos envia, mas também nos dá a autoridade necessária para enfrentar os desafios, conforme escutamos nos versículos finais da missão dos setenta e dois: “Eis que vos dou autoridade sobre todos os poderes do inimigo” (Lc 10,19). Isso nos lembra que a nossa força não provém de nós mesmos, mas do próprio Deus que nos sustenta.

Neste ano santo da redenção, somos convidados a aprofundar nossa relação com Cristo. Que possamos refletir sobre como vivemos nossa missão e como somos testemunhas autênticas desse Reino que se aproxima. Que nossas ações, nossas palavras e nossa vida cotidiana sejam sinais de esperança para todos que encontramos.

Ao caminharmos juntos, como Igreja em peregrinação, recordemos que cada um de nós tem um papel a desempenhar na construção do Reino de Deus. Que possamos ser fontes de esperança e luz para aqueles que ainda caminham nas sombras. E, ao fazermos isso, nos unimos em oração, pedindo a intercessão de Nossa Senhora e todos os santos, para que nos ajudem a ser discípulos fiéis.

Confiamos neste momento a nossa peregrinação ao Senhor. Que Ele nos guie, nos proteja e nos fortaleça nessa caminhada, para que, ao final, possamos todos celebrar a glória de sua redenção.

 

segunda-feira, 12 de maio de 2025

HOMIMLIA PARA O DIA 15 DE JUNHO 2025- DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE - ANO C

 SANTÍSSIMA TRINDADE, SINODALIDADE E COMUNHÃO

Hoje, celebramos A Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Este é um momento para refletirmos sobre a comunhão, a unidade e a sinodalidade que são fundamentais na vida cristã. As leituras de hoje nos oferecem insights sobre como essas ideias se manifestam em nossas vidas.

Começando pela carta de São Paulo aos Romanos (Rm 5,1-5), somos lembrados de que, através da fé, temos paz com Deus. A paz que recebemos não é apenas um estado emocional, mas a paz que brota da comunhão com Deus. Esta paz nos une em um único corpo, a Igreja. Paulo continua afirmando que, em momentos de tribulação, devemos exultar, pois é por meio das dificuldades que a perseverança é cultivada. Esta perseverança nos traz uma esperança que nunca nos decepciona, porque o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo.

Na passagem do Evangelho segundo João (Jo 16,12-15), Jesus nos afirma que ainda muita coisa teria para nos dizer, mas que não poderíamos suportar naquele momento. Ele, porém, promete o Espírito da Verdade, que nos guiará em toda a verdade. Aqui podemos vislumbrar o aspecto dinâmico da sinodalidade – o caminhar juntos. O Espírito Santo não só nos revela a verdade, mas nos une de maneira a buscá-la juntos.

A sinodalidade nos convida a ser uma Igreja que escuta, que dialoga e que se une em propósito. É através da escuta atenta do outro, do respeito às diversidades e do desejo genuíno de caminhar juntos como comunidade de fé. Isso significa abrir mão de algumas de nossas próprias certezas para acolher a verdade que é revelada no diálogo. Uma Igreja sinodal é uma Igreja que vive em comunhão, seguindo o exemplo da Trindade.

Assim, a Trindade não é apenas um conceito teológico distante, mas um modelo de vida comunitária para ser imitado em nossas paróquias, famílias e relacionamentos. Somos chamados a viver a unidade, não como algo imposto, mas como uma escolha livre em benefício do amor. O amor que flui entre o Pai, o Filho e o Espírito é o mesmo amor que nos é oferecido para vivermos em nossas comunidades.

Ao celebrar a Santíssima Trindade, peçamos ao Pai que nos ajude a viver esta comunhão profunda, que possamos abrir nossos corações para o Espírito Santo e que juntos, como comunidade, possamos testemunhar o amor de Deus em nosso meio. Que possamos ser um espelho dessa Trindade, revelando ao mundo a beleza da unidade em diversidade.

Que Nossa Senhora, Mãe da Unidade, interceda por nós e nos ajude a caminhar em sinodalidade. Amém.

 

 

HOMILIA PARA O DIA 29 DE JUNHO DE 2025 - SÃO PEDRO E SÃO PAULO - ANO C

 

ÓH SÃO PEDRO, PEDRA FORTE

Hoje, celebramos com alegria e gratidão o dia de São Pedro e São Paulo, pilares da Igreja e grandes missionários da fé cristã. As leituras de hoje nos convidam a refletir sobre a missão desses santos e o papel essencial do Papa, sucessor de Pedro, na condução do povo de Deus.

Comecemos pela passagem dos Atos dos Apóstolos (At 12,1-11), onde vemos Pedro preso, sob a condenação de Herodes. É um momento de grande aflição: Pedro está cercado, sem esperança à vista. Contudo, o que acontece? Deus age de forma poderosa e envia um anjo para libertá-lo. Essa cena nos lembra que, mesmo nos momentos mais sombrios, Deus não nos abandona. Ele é a nossa luz e, como diz o Salmo 33, "o Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado”. Essa proximidade divina é uma constante em nossa vida, especialmente quando enfrentamos dificuldades.

Pedro, após sua libertação, não hesita em voltar à comunidade e compartilhar sua experiência. Ele é um símbolo de fé e coragem, lembrando-nos que a verdadeira liberdade vem de Deus. É dessa mesma fé que brota a missão da Igreja, que se une sob a liderança do Papa, sucessor de Pedro. O Papa, como vigário de Cristo, é chamado a guiar a Igreja com firmeza e amor, assim como Pedro fez em seus tempos.

Em seguida, escutamos a carta de São Paulo a Timóteo (2Tm 4,6-8.17-18). Paulo, que dedicou sua vida a anunciar o Evangelho, fala do fim de sua missão. Ele se apresenta não apenas como um lutador, mas como um vencedor. A sua expressão de que "combati o bom combate" é um convite a todos nós a vivermos a nossa fé com a mesma intensidade e paixão. Ele confia na justiça de Deus, que o libertará e o receberá na eternidade. Assim como Pedro, Paulo também nos ensina que a nossa missão não termina aqui; estamos em um caminho que nos conduz à vida eterna.

Neste dia, convidamos todos a refletir sobre a importância da nossa própria missão. Cada um de nós é chamado a viver a fé com coragem, seguindo o exemplo de São Pedro e São Paulo. O respeito à figura do Papa não é apenas um ato de devoção, mas uma reconhecida missão de manter a unidade e a verdade dentro da Igreja. O Papa representa a continuidade da fé que foi transmitida através dos séculos e que nos une em um só corpo.

Portanto, ao celebrarmos hoje São Pedro e São Paulo, que possamos nos inspirar em suas vidas e em suas missões. Que a nossa oração e nosso compromisso com a Igreja sejam constantes, e que possamos sempre buscar a luz de Cristo, mesmo em meio às tribulações da vida. Assim como Pedro e Paulo, sejamos corajosos em nossa fé e firmes na missão que nos foi confiada.

Que Nossa Senhora, Rainha dos Apóstolos, interceda por nós e nos ajude a viver cada dia como verdadeiros seguidores de Cristo.

Amém.

 

HOMILIA PARA O DIA 22 DE JUNHO DE 2025 - 12º DOMINGO COMUM - ANO C

 A MINHA ALMA TEM SEDE DE DEUS

Hoje, reunidos em oração e comunidade, ouvimos as leituras que nos convidam a refletir sobre a nossa relação com Deus e sobre como essa relação é fundamental para a nossa vida espiritual.

Vamos começar pelo Salmo 62(63), que expressa uma profunda sede de Deus: “Ó Deus, meu Deus, eu te procuro; a minha alma tem sede de ti”. Neste versículo, o salmista nos mostra o desejo ardente de experimentar a presença do Senhor. Sede e desejo são temas recorrentes na vida de fé. Na medida em que buscamos a Deus, reconhecemos que Ele é o nosso sustento, a nossa fonte de vida. Em momentos de deserto, de dúvidas e de provações, é essa sede que nos impulsiona a orar, a clamar e a nos aproximar do Criador.

Na passagem do Evangelho segundo Lucas (Lc 9,18-24), Jesus faz uma pergunta crucial aos seus discípulos: “Quem dizem as multidões que eu sou?” E eles respondem: “João Batista, outros, Elias, e outros ainda, que um dos profetas ressuscitou”. Mas, em seguida, Ele pergunta diretamente aos seus discípulos: “E vocês, quem dizem que eu sou?”. Essa pergunta não é apenas uma curiosidade, mas um convite a refletirmos sobre a nossa própria fé e percepção de quem é Jesus em nossas vidas.

Pedro, ao responder que Jesus é o Cristo de Deus, revela uma compreensão profunda. Mas Cristo também os alerta sobre o caminho que está por vir: Ele fala do sofrimento, da rejeição e da morte, e, mais importante, do chamado a tomar a própria cruz. Aqui, Jesus nos ensina que a verdadeira vida com Ele requer entrega, e que a oração é a via que nos fortalece nessa missão.

A oração é, portanto, um meio essencial de saciar nossa sede de Deus. Quando oramos, não apenas elevamos nossas súplicas, mas também temos a oportunidade de aprofundar nossa relação com o Senhor. É na oração que encontramos força para enfrentar as cruzes que nos são impostas. É na oração que recebemos a graça de discernir nossa identidade como filhos e filhas de Deus e, ao mesmo tempo, perceber qual é o nosso papel neste mundo.

Muitas vezes, pode parecer que Deus está distante, mas Ele nunca nos abandona. Assim como um sedento busca água, também devemos buscar a Deus com a mesma intensidade. A nossa oração diária deve ser um diálogo sincero, onde expressamos nossos medos, ansiedades e também nossas alegrias. É nesse diálogo que vamos descobrindo quem somos e quem Deus é para nós.

Por que isso é tão importante? Porque, ao reconhecer Jesus como o Cristo, aceitamos também a sua proposta de carregarmos a nossa cruz. Ele nos ensina que não é pela força, mas pela humildade e pela entrega que encontraremos a verdadeira vida. Assim, a oração se torna um espaço de renovação, onde podemos reabastecer a fé e o amor que nos impulsionam a testemunhar o Evangelho.

Neste dia, convido todos a meditar sobre o que significa ter sede de Deus em suas vidas. Como podemos cultivar esse desejo? Como podemos fazer da oração não apenas um momento isolado, mas uma parte constante do nosso dia a dia? Que a nossa busca incessante por Deus nos faça mais solidários, mais compreensivos e mais amorosos com os que nos cercam.

Que a Eucaristia de hoje nos nutra e nos fortaleça nessa caminhada, e que, assim como o salmista, possamos sempre dizer: “A minha alma tem sede de Ti, Senhor.” Que Jesus Cristo, nosso Senhor, continue a nos guiar e a nos amadurecer na fé.

Amém.

 

HOMILIA PARA O DIA 19 DE JUNHO DE 2025 - SOLENIDADE DO CORPO E SANGUE DE CRISTO - ANO C

 TODOS SOMOS UM EM CRISTO

Hoje celebramos a Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, oportunidade para renovar a nossa fé na presença real de Jesus na Eucaristia. Neste dia, somos chamados a refletir sobre o que significa honrar a Jesus em nossas vidas e como podemos viver essa presença de maneira concreta.

O Evangelho de Lucas (Lc 9,11b-17) nos narra um episódio marcante: a multiplicação dos pães e peixes, um milagre que nos ensina muito sobre a generosidade e a compaixão do nosso Senhor. Jesus olha para a multidão e a acolhe com misericórdia, curando-os e, em seguida, se preocupa com a necessidade de alimento. A frase chave para nós é: “Dêem vocês mesmos de comer”. Aqui, Ele nos convoca a agir, a não apenas observar, mas a nos colocar em movimento, a sermos protagonistas na missão de cuidar uns dos outros.

Hoje, o ato de fazer tapetes para honrar a Eucaristia nas ruas é uma expressão maravilhosa de piedade popular. Esses tapetes, feitos com tanto carinho e dedicação, são mais do que apenas elementos decorativos. Eles simbolizam a acolhida, a festa e o cuidado com todos que caminham por essas ruas. É um gesto que convida a todos os filhos e filhas de Deus a participarem da festa do Corpo e Sangue de Cristo, mostrando que não deixamos ninguém de fora.

A tradição de confeccionar tapetes é um testemunho vivo da nossa fé e do amor que temos por Jesus Cristo. Assim como a multidão foi alimentada, nós também somos chamados a nos alimentar e a alimentar. Cada parte do tapete é um convite para que todos possam sentir-se acolhidos na presença do Senhor. Quando decoramos nossas ruas com essas obras de arte, estamos criando um espaço sagrado, um caminho que nos lembra que Jesus nos acolhe e que devemos acolher uns aos outros.

Honrar a Jesus e seguir o Seu exemplo é garantir que ninguém passe fome — não só daquela fome física, mas também da fome de amor, de esperança e de dignidade. A Eucaristia é um chamado para a partilha, para que ninguém se sinta excluído. O Corpo e Sangue de Cristo nos convocam a sermos um só corpo, a sermos a Igreja que cuida, que se importa e que se envolve nas necessidades do próximo.

Ao vivermos esta Solenidade, que possamos nos perguntar: como podemos, em nossa vida diária, colocar em prática essa generosidade? Como podemos ser “pães” para os que estão à nossa volta? O convite é para que, ao nos aproximarmos da mesa do Senhor, lembremos dos chamados a nos alimentar e, principalmente, a alimentar aqueles que vivem em nossas comunidades e ao nosso redor.

Que cada tapete confeccionado hoje nos lembre da nossa responsabilidade de amor e solidariedade, mostrando que a Eucaristia nos leva a um compromisso de transformar o mundo onde vivemos. Que possamos ir além, praticando a caridade e fazendo com que cada gesto nosso seja um reflexo do amor de Deus.

Que o Senhor nos abençoe e que, ao celebrarmos o Corpo e Sangue de Cristo, possamos renovar nossas promessas de amar e servir uns aos outros. Amém.

 

HOMILIA PARA O DIA 08 DE JUNHO DE 2025 - SOLENIDADE DE PENTECOSTES - ANOS C

 

VEM ESPÍRITO SANTO, VEM!

Hoje celebramos o Domingo de Pentecostes, as leituras de hoje nos convidam a refletir sobre a presença do Espírito Santo em nossas vidas e a importância de sua ação na Igreja, especialmente neste momento em que somos chamados a viver um novo Pentecostes sob a liderança do Papa Leão XIV.

Comecemos com a leitura de Atos dos Apóstolos (At 2,1-11). O cenário é impressionante: os discípulos, reunidos em um só lugar, são surpreendidos por um som do céu, como um vento impetuoso, e por línguas de fogo que se pousam sobre cada um deles. É uma manifestação extraordinária! O Espírito Santo desce não apenas para aquecer os corações, mas também para unir cada um dos apóstolos em uma missão comum: proclamar as maravilhas de Deus. Essa união é fundamental porque, ao transmitir a mensagem de Cristo, os apóstolos falam em diversas línguas, alcançando pessoas de todas as nações.

Essa diversidade não é barreira, mas uma força que enfatiza como a mensagem de Jesus é universal. O Pentecostes é, portanto, um chamado à unidade na diversidade. Em nosso tempo, o Papa Leão XIV nos convida a experimentar um novo Pentecostes, um momento de renovação e reavivamento da nossa fé e da nossa missão. Assim como os apóstolos, devemos abrir nossos corações para a ação do Espírito e nos deixar guiar por Ele.

Na leitura do Evangelho de João (Jo 20,19-23), encontramos Jesus, já ressuscitado, aparecendo aos seus discípulos. Ele os cumprimenta com a paz e lhes diz para receberem o Espírito Santo. Aqui, vemos que a missão da Igreja não depende apenas de nossos esforços, mas é sustentada por esta ação divina. Ao dizer: “A quem perdoarem os pecados, eles serão perdoados”, Jesus nos confere um poder extraordinário, que é a capacidade de trazer renovação e esperança ao mundo.

É esse Espírito que nos chama, hoje, a testemunhar e agir em nome de Cristo. Em meio a um mundo que enfrenta tantos desafios — conflitos, divisões e angústias — somos convidados a ser instrumentos da paz, a caridade e a alegria que o Espírito Santo nos proporciona. O novo Pentecostes que vivemos não é apenas um evento do passado, mas uma realidade que se renova a cada dia em nossas vidas.

Convido a todos a refletirem: Como podemos, pessoalmente e como comunidade, vivenciar esse novo Pentecostes? Como podemos abrir nossos corações ao Espírito Santo para que Ele nos transforme e nos inspire a ser agentes de mudança? A resposta está em nossa disposição de ouvir e acolher o Espírito que nos guia. Quando fazemos isso, nos tornamos verdadeiramente continuadores da missão de Cristo, levando luz e esperança a todos ao nosso redor.

Neste Pentecostes, vamos acolher o Espírito Santo em nossa vida, pedindo que Ele nos dê a força e a coragem para sermos símbolos de união e paz. Que possamos nos deixar guiar e inspirar pela Sua ação, transformando nosso ambiente, nossa Igreja e nosso mundo.

Que Deus abençoe a todos nós nesta celebração. Amém.

 

HOMILIA PARA O DIA 01 DE JUNHO DE 2025 - DOMINGO DA ASCENSÃO DO SENHOR - ANO C

 

CONTINUADORES DA MISSÃO

Hoje celebramos o Domingo da Ascensão do Senhor. As leituras dos Atos dos Apóstolos, da Carta aos Efésios e do Evangelho de Lucas — nos convidam a refletir sobre a missão que nos é confiada após a ascensão de Cristo.

No texto de Atos dos Apóstolos (At 1,1-11), vemos Jesus se despedindo de Seus discípulos. Ele é elevado ao céu, e os apóstolos ficam olhando para o céu, maravilhados e talvez perdidos em pensamentos. Então, dois homens lhes aparecem e perguntam: “Por que vocês estão olhando para o céu?” Essa pergunta ecoa em nossos corações e nos desafia a não ficarmos passivos, esperando que as coisas mudem enquanto nos limitamos a olhar para o alto.

Esse convite à ação é fundamental. A ascensão de Jesus não é um adeus, mas uma nova etapa de nossa caminhada de fé. Ele nos envia, através do Espírito Santo, para estarmos em missão, levando Sua mensagem ao mundo. Precisamos, portanto, deixar de lado a tendência de nos perdermos em contemplações estéreis e, em vez disso, nos voltarmos para a realidade e as necessidades que nos rodeiam.

Na carta aos Efésios (Ef 1,17-23), Paulo nos fala sobre a importância de conhecermos mais profundamente a presença de Cristo em nossas vidas. Ele ora para que possamos ter sabedoria, para que nossos olhos sejam abertos à grandeza do amor de Deus e à imensidão de Sua graça. A Igreja, corpo de Cristo, é chamada a ser a extensão dessa presença no mundo. Quando olhamos para nossa missão, somos desafiados a construir uma comunidade que reflita esse amor e essa unidade.

No Evangelho de Lucas (Lc 24,46-53), Ele nos lembra que a sua paixão e ressurreição aconteceram para que a mensagem de arrependimento e perdão fosse proclamada a todas as nações. A ascensão, portanto, não marca o fim, mas o início de uma nova fase na missão da Igreja.

Temos um papel ativo a desempenhar. Não podemos nos dar ao luxo de ficar apenas olhando para o céu na expectativa de que Deus intervirá por nós. Ele já nos deu o que precisamos — o Espírito Santo. Agora, é a hora de agir, de ser a luz em meio à escuridão, de se mobilizar pela justiça, pela paz, e pela inclusão.

Ao olharmos ao nosso redor, o que vemos? Um mundo que clama por esperança, amor e solidariedade. Mulheres e homens, jovens e crianças, todos aguardam que a mensagem de Cristo chegue até eles. O desafio está em nossas mãos: não podemos ficar parados; é tempo de nos movimentarmos.

Neste domingo da Ascensão, somos convidados a assumir nossa missão com coragem e determinação. Vamos permitir que o Espírito Santo nos guie e nos fortaleça enquanto nos dirigimos ao mundo para levar a boa nova de Jesus.

Que tenhamos a graça de viver a nossa fé ativamente, olhando para o mundo ao nosso redor e respondendo ao chamado que nos foi confiado. Afinal, a ascensão de Cristo nos recorda que somos coparticipantes de Sua obra redentora.

Que Deus nos abençoe e que possamos sempre ser instrumentos de Seu amor. Amém.