sexta-feira, 27 de novembro de 2015
HOMILIA PARA O PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO - 2015
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sábado, 21 de novembro de 2015
HOMILIA PARA O DOMINGO DE CRISTO REI DO UNIVERSO - 2015
ELE
NOS LIBERTOU DOS NOSSOS PECADOS...
Em
qualquer roda de conversa alguns assuntos são muito frequentes. Dentre eles se
pode recordar futebol, e sobre isso quase todo brasileiro tem uma opinião;
política, e neste ponto os ânimos costumam se exaltar; previsão do tempo, e todos
têm alguma expectativa e finalmente conversa fiada, esta quase sempre depois
que todos os outros assuntos já se esgotaram. Mas no fundo, o cerne de todas as
preocupações é sobre a qualidade de vida, em outras palavras: “Como viver
melhor”!
Neste
domingo, celebrado com um olhar para o título que se dá a Jesus como o “Cristo
Rei do Universo”, os cristãos renovam suas esperanças no único que pode
modificar todas as coisas e garantir que os desejos de todos se realizem.
O
profeta Daniel, escreve num tempo em que muitos foram mortos, outros
perseguidos por causa da fé no Deus único a qual sustentavam com o preço de
suas vidas. Neste contexto o profeta narra uma visão de futuro: “eis que, entre as nuvens do céu, vinha um como filho
de homem, aproximando-se do Ancião de muitos dias, e foi conduzido à sua
presença. Foram-lhe
dados poder, glória e realeza”.
A situação que o povo vivia na época do profeta Daniel, cerca
de 500 anos antes do nascimento de Jesus, não foi muito diferente, cerca de 100
anos depois de Cristo, quando se tem as narrativas do Apocalipse, cujo texto é
lido como segunda leitura deste domingo. No texto do Apocalipse, que foi
escrito para reacender a esperança das comunidades perseguidas, hoje se lê o
texto que diz: “A
vós graça e paz
da parte de Jesus Cristo, a testemunha fiel, o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, o soberano dos reis da terra”.
da parte de Jesus Cristo, a testemunha fiel, o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, o soberano dos reis da terra”.
Eis que ele vem não confundindo,
nem tampouco limitando o seu reinado aos poderes deste mundo. Quando
interrogado por Pilatos sobre sua condição de Rei, Jesus responde: “'O meu reino não é deste mundo”.
Neste rei, cujo poder não se iguala aos poderes deste mundo os cristãos são confiados a depositar suas
esperanças em um tempo novo e em mais qualidade de vida. É claro que isto não virá
do acaso e sem qualquer esforço pessoal. Acreditar no reinado de Jesus e
perceber que o mundo pode ser melhor por causa desta verdade implica fazer
ressoar em todos os cantos da terra a força do amor.
Cada pessoa é convidada
a ser profeta da esperança, anunciar com a vida e com a palavra que o mundo e
as relações no mundo podem ser diferentes e muito melhores.
Com o salmo deste
domingo todos podem rezar em uma só voz: “Verdadeiros
são os vossos testemunhos, refulge
a santidade em vossa casa, pelos séculos dos séculos, Senhor”.
Nas Igrejas, na sociedade, nas
relações políticas e econômicas leigos e leigas provam sempre mais que para
muito além das meias verdades que se apresentam como absolutas o valor do
Evangelho é muito maior.
Que a oração de todos ajude a cada
um!
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sábado, 14 de novembro de 2015
HOMILIA PARA O DIA 15 DE NOVEMBRO DE 2015
COM
MEU POVO, CELEBRAR A ALVORADA...
Catástrofes
naturais e ambientais pelo Brasil e pelo mundo são mais frequentes do que se imagina.
No Brasil tem se registro desde 1928 desse tipo de acidente e que somadas as
vítimas chegam a mais de 3500 mortos. Nestes dias a mídia se ocupa com a “Lama
de Mariana”. Da mesma forma não são novidades os atentados terroristas os mais
antigos que se tem notícia datam do início do cristianismo, sendo possível
descrever pelo menos 25 atentados de grandes proporções, com ameaça à qualidade
de vida e a dignidade dos povos em todo o mundo. Neste final de semana o mundo
está em alerta por conta do terror que assolou Paris com mais de uma centena de
mortos.
O
profeta Daniel, no texto que se lê hoje fala destas coisas com uma linguagem
simbólica: Muitos são os mortos e oprimidos, tem se a impressão que o fim do
mundo está chegando, mas o profeta aponta para uma chama de esperança: “Naquele tempo se levantará o grande
príncipe defensor dos filhos do teu povo... os que forem sábios brilharão como
estrelas no firmamento...” Tal afirmação implica compreender que Deus
conhece os seus filhos e suas necessidades e não os deixará perecer! A leitura
é um convite para alimentar a esperança.
Com
a mesma simbologia Jesus se apresenta no Evangelho e narra a chegada do Filho
do Homem. Sinais extraordinários estarão acontecendo. Nem o sol e nem a lua
irão brilhar mais, e neste clima de insegurança o Filho do Homem vai aparecer
entre as nuvens. Mas de novo Jesus conclui sua mensagem com uma palavra de
coragem: Aprendam da figueira – ano após ano – os ramos ficam verdes, e vocês
sabem que o verão está chegando. Então não se preocupem com o fim quanto a este
dia, nem os anjos, nem o Filho, mas somente o Pai sabe quando será. Então por
hora, o compromisso e a certeza que permanece para todos é viver a plenitude da
graça, é ser testemunha e presença, fazendo ressoar em todos os cantos da terra
a força do amor. Assim ensinou o poeta: “Peregrinos
na estrada de um mundo desigual... já não sei por onde andar, na esperança eu
me apego ao mutirão. c Quero entoar um canto novo de alegria ao raiar daquele
dia de chegada em nosso chão, com meu povo celebrar a alvorada, minha gente
libertada, lutar não foi em vão”.
O
Reino de Deus, aquele que Cristo garantiu por sua morte e ressurreição já está
presente no mundo, apesar das barbaridades que se costuma ver em todas as
partes, porém cada pessoa é convidada a trabalhar cada dia, vigiar e perseverar,
como se reza no salmo: “Ó
Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos! Tenho sempre o Senhor ante meus
olhos, pois
se o tenho a meu lado não vacilo”.
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sábado, 7 de novembro de 2015
HOMILIA PARA O DIA 08 DE NOVEMBRO DE 2015
DEUS
E SENHOR NA PLENITUDE DOS TEMPOS
As tempestades por excesso
de chuva, vento e outras calamidades que tem se repetido nos últimos tempos
fizeram sofrer muita gente ao mesmo tempo que fizeram crescer o espírito de solidariedade
e a indignação com aqueles que deveriam tomar alguma atitude para que as
calamidades tivessem menor impacto diminuindo o número de vítimas e o volume
dos sofrimentos.
As leituras deste
domingo ajudam a compreender também essa situação que de uma forma diferente,
mas era também causa de sofrimento quando foram escritas de acordo com os fatos
como são contados nos textos.
O encontro do profeta
Elias com a viúva de Sarepta se dá num tempo em que povo experimentava um longo
período de seca e que a vida estava ameaçada para todos. Enquanto os responsáveis não apresentavam
solução para o problema as pessoas viviam a calamidade esperando a morte. O
Profeta provoca a viúva para uma ação extraordinária: repartir o único pedaço
de pão que lhe permitiria viver ainda uns poucos dias. A confiança na palavra
do Enviado de Deus muda completamente a situação: “A mulher foi e fez
como Elias lhe tenha dito. E comeram, ele e ela e sua casa, durante muito tempo. A farinha da vasilha não acabou nem diminuiu o óleo da jarra, conforme
o que o Senhor tinha dito por intermédio de Elias”.
Com total confiança em Deus e na palavra do profeta a mulher experimentou
um novo tempo em sua vida. Situações como esta eram frequentes entre o povo de
Israel e sem medo todos puderam cantar: “Bendize
minha alma ao Senhor, O Senhor é fiel para sempre, faz
justiça aos que são oprimidos; ele dá alimento aos famintos, é o Senhor quem
liberta os cativos”.
A segunda leitura fala de Jesus como aquele que é Palavra
viva do Pai, o Filho que morreu uma única vez e que por sua ressurreição
garantiu que a morte não tem a última palavra Este foi o Jesus que se indignou
com os fariseus do Templo, se indispôs várias vezes e por diferentes razões com
eles.
Na condição de doutores da lei, os fariseus interpretavam e
faziam a lei acontecer segundo sua vontade e conveniência. Os pobres e
desprotegidos continuavam sendo obrigados a carregar pesados fardos cuja
finalidade era sustentar uns poucos que se mantinham à custa do sofrimento
alheio.
Fazendo perceber aquilo que ninguém observava, ou seja, a
oferta da pobre viúva, Jesus dá uma catequese sobre como as pessoas podem se
fazer úteis nas necessidades mesmo repartindo o pouco daquilo que nada dispõe.
Ao mesmo tempo faz uma dura crítica a quem se beneficia dos
sofrimentos. O ensinamento das leituras serve para todos também hoje. Cada
pessoa e cada comunidade é desfiada a ajudar os demais a deixar para trás
situações menos humanas e alcançar condições mais humanas. Religião verdadeira
não se conforma só com orações, socorre também os sofredores sem se deixar
contaminar pelos pecados do mundo.
A Eucaristia que se celebra é um ensinamento de como Jesus
soube entregar-se para salvar a todos e é um convite para a doação e o amor
incondicional a todas pessoas.
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