sexta-feira, 30 de setembro de 2022

HOMILIA PARA O DIA 02 DE OUTUBRO DE 2022 - 27º COMUM - ANO C

 

FÉ AMOR E CORAGEM

É bastante frequente nas rodas de conversas tratar assuntos sobre as relações interpessoais, e nessas ocasiões vem imediatamente à mente o comportamento de algumas pessoas que procuram levar vantagem em tudo. Sobre esse tipo de atitude costuma-se dizer: “Aquela pessoa dá nó até em pingo d’água”, ou “fulano não dá ponto sem nó” e ainda “A esperteza quando é demais engole o dono”.

Estes e outros provérbios tem a ver com dinamismo, coragem, ousadia, porém valores usados de modo inadequado e sempre em benefício próprio. O Evangelho desse domingo nos convida a usar a esperteza e a coragem para fazer o bem, amar e testemunhar a nossa fé.

É certo que toda a astúcia desse mundo não teria valor algum se não fosse aplicada no cotidiano da vida e com a finalidade de nos fazer experimentar o céu já aqui na terra. É no sentido de usar a sabedoria do mundo que o Papa Francisco insiste na vivência do Evangelho e nas doutrinas para que tenham a força de tocar as mãos, o coração e a cabeça das pessoas.

Para essas situações se aplica a frase do Evangelho desse domingo: “Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria”

Essa dimensão de fé foi o que motivou os discípulos de Jesus à medida que fizeram a experiência do encontro com Ele experimentarem a vida como ela é, mas também vivenciarem a dimensão do mistério que ultrapassa todas as outras realidades.

O Evangelho nos convida partir das realidades cotidianas e nos comprometer com o Reino, sem cálculos, sem exigências, antes com gratidão aderir com coragem e radicalidade na convicção que somos todos instrumentos de Deus no meio do mundo para facilitar o conhecimento dos mistérios.

Para isso é importante não agir com a esperteza própria desse mundo, mas “como servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer’”.

Que o Senhor nos abençoe e nos coloque sempre nos caminhos da sua Palavra e da sua sabedoria que em tudo superam a astucia desse mundo.

 

 

 

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

HOMILIA PARA O DIA 25 DE SETEMBRO DE 2022 - 26º COMUM - ANO C

 

O QUE FAZER COM OS POBRES?

Nestes dias que antecedem as eleições o problema dos pobres e da pobreza salta aos olhos com muito mais intensidade, sobretudo porque a solução parece estar ao alcance da mão de todos e a pouco mais de uma semana para ser implementada. Entretanto é de longa data conhecida a desigualdade social no Brasil cujos dados confirmam que as seis pessoas mais ricas acumulam mais riquezas do que os cem milhões mais pobres.

A Palavra de Deus proclamada nesse domingo trata não precisamente de ter ou não ter riquezas, mas do uso que dela se faz e do abismo que se estabelece entre aqueles que tem e aqueles que não tem. As três leituras nos sugerem ver os bens deste mundo a partir do uso que fazemos deles, ou seja, por mais que tenhamos adquirido bens com honestidade e trabalho justo eles devem ser vistos sempre como dons de Deus colocados em nossas mãos para que façamos uso com gratuidade e partilha. Convenhamos que os Lázaros de hoje incomodam tanto quanto os de outrora.

A distância entre pobres e ricos que é o tema claro do Evangelho já tinha sido condenada pelo profeta Amós que viveu em Israel cerca de 700 anos antes de Jesus. O profeta faz uma crítica severa àqueles que vivem no luxo à custa da exploração dos pobres e que não se importam com o sofrimento dos últimos: “Assim diz o Senhor todo-poderoso: Ai dos que vivem despreocupadamente em Sião, os que se sentem seguros nas alturas de Samaria! Os que dormem em camas de marfim, deitam-se em almofadas, comendo cordeiros do rebanho e novilhos do seu gado as palavras do profeta deixam claro que Deus não concorda com essa situação.

Nossa primeira tentação é culpar os políticos e meia dúzia de pessoas que julgamos ser os responsáveis por essa situação. Sem tirar a culpa da parte que lhes cabe é importante que nos perguntemos se também nós não cultivamos os mesmos vícios denunciados pelo Profeta? Não gastamos de forma descontrolada para sustentar nossos vicíos e pequenos prazeres supérfluos?

No evangelho Jesus conta uma parábola aos fariseus amigos do dinheiro. O cerne da história reside na diferença entre a maneira como vive aquele que tem e outro que não tem: “Jesus disse aos fariseus: Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias. Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão, à porta do rico. Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas”.

O que está em jogo não é a posse dos bens propriamente, mas o amor exgerado ao dinheiro que cega e desfigura as pessoas. Toda a riqueza tem uma função social e todos somos chamados a colaborar para derrubar os muros que separam ricos e pobres e no seu lugar construir pontes. Este é também o convite do Papa Francisco ao convocar os jovens para o evento chamado a “Economia de Francisco”.

A conclusão dessa história pode até não ter um desfecho visível ao nosso curto tempo da existência terrena, mas é certo que um dia seremos responsabilizados pela maneira como fizemos uso dos bens deste mundo: Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado. Então gritou: Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas”.

O abismo que existia entre a boa vida de um e a desgraça do outro apenas se aprofundou: Filho, lembra-te que tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado.E, além disso, há um grande abismo entre nós; por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós”. De modo que está muito claro o que determina a diferença dos destinos é o modo como usamos os bens deste mundo. Em síntese essa é a doutrina da Igreja: “De resto, todos têm o direito de ter uma parte de bens suficientes para si e suas famílias” (Gaudium et Spes, 69).

O evangelho nos interpela a responder sobre o uso que fazemos dos bens que administramos e em que medida a riqueza ou a pobreza nos fazer ter um coração egoísta e prepotente incapaz de partilhar e se solidarizar com os necessitados da nossa porta.

Na carta de São Paulo que é a segunda leitura está descrito o perfil da pessoa que agrada ao coração de Deus: “Tu, que és um homem de Deus, foge das coisas perversas, procura a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza, a mansidão. Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e pela qual fizeste tua nobre profissão de fé diante de muitas testemunhas”.
Em resumo todo o nosso futuro depende do nosso presente e o resultado implica em viver o amor para com os irmãos!

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

HOMILIA PARA O DIA 18 DE SETEMBRO DE 2022 - 25º COMUM - ANO C

  

 

HUMANIZAR E CUIDAR

Não há quem não tenha se divertido com a letra de um pagode do nosso tempo: “Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão... Você me chamou para esse pagode, e me avisou: "Aqui não tem pobre!" Até me pediu pra pisar de mansinho, porque sou da cor, eu sou escurinho... Aqui realmente está toda a nata: doutores, senhores, até magnata Com a bebedeira e a discussão, tirei a minha conclusão: Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão”

Na contramão dessa realidade que não precisamos fazer muito esforço para perceber está o Papa Francisco convidando o mundo para um evento que se chama “A economia de Francisco”.

Francisco, o Papa, se inspira em Francisco, o Santo e justifica a sua preocupação com a seguinte afirmação: “Francisco vai, repara a minha casa que, como vês, está em ruínas”. Estas foram as palavras que moveram o jovem Francisco, tornando-se um apelo especial a cada um de nós”.

 O movimento se chama Economia de Francisco e Clara pois, como ambos os santos, o objetivo é ser ponte entre os que têm muito e os que têm pouco; caminhar lado a lado, masculino e feminino, em igualdade e, com isso, transformar os conceitos existentes. Francisco está chamando os jovens para repensar a economia existente propondo humanizar as relações econômicas de modo a tornar a economia mais justa, sustentável e viável para todos a começar pelos excluídos.

Esta preocupação do Papa pode ser melhor entendida quando lemos a primeira leitura desse domingo: “Ouçam, vocês que pisam em pobres e arruínam os necessitados da terra, dizendo: "Quando acabará a lua nova para que vendamos o cereal? E, quando terminará o sábado, para que comercializemos o trigo, diminuindo a medida, aumentando o preço, enganando com balanças desonestas. Jamais esquecerei coisa alguma do que eles fizeram"

A denúncia que o profeta faz não é uma simples recordação dos fatos ocorridos num passado distante, antes, trata-se de uma realidade que também os pobres do nosso tempo conhecem bem.

O Evangelho sugere-nos, hoje, uma reflexão sobre o lugar que o dinheiro e os outros bens materiais devem assumir na nossa vida. De acordo com a Palavra de Deus que nos é proposta, os discípulos de Jesus devem evitar que a ganância ou o desejo imoderado do lucro manipulem as suas vidas e condicionem as suas opções; em contrapartida, são convidados a procurar os valores do “Reino”.

E eu vos digo: usai o dinheiro injusto para fazer amigos, pois, quando acabar, eles vos receberão nas moradas eternas. Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes. Por isso, se vós não sois fiéis no uso do dinheiro injusto, quem vos confiará o verdadeiro bem? E se não sois fiéis no que é dos outros, quem vos dará aquilo que é vosso? Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro”.

Tenhamos bem claro o elogio de Jesus, não se trata de valorizar a desonestidade do administrador, mas a esperteza em usar o que o dinheiro sujo para praticar o bem. Aprendamos nós também a colocar as pessoas e suas necessidades acima do capital e da economia.

Paulo convida na segunda leitura que os cristãos tenham a sensibilidade e a capacidade de colocar nas suas orações as preocupações e as angústias de todos. Nossa oração deve ser carregada de esperança de maneira que as alegrias e tristezas, das pessoas do nosso tempo, sejam as mesmas dos discípulos de Cristo. A leitura começa pedindo para rezar por todas as pessoas e termina com a mesma preocupação: “Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens; Quero, pois, que os homens orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira e sem discussões”. 

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

HOMILIA PARA O DIA 11 DE SETEMBRO DE 2022 - 24º DOMINGO COMUM - ANO C

 

CRIAI EM TODOS UM CORAÇÃO QUE SEJA PURO!

Ao ler a narrativa da criação encontramos a expressão “E Deus viu que tudo era bom”, quando lemos a criação da pessoa, encontramos as palavras: “E Deus viu que era muito bom”! Essa afirmação deixa muito clara a compreensão que Deus tem da criatura humana, o que não significa que a pessoa tenha a plenitude da perfeição e esteja livre dos erros e dos pecados que a condição humana está sujeita. Entretanto, apesar de toda fragilidade, Deus sempre trata a pessoa com bondade e sua medida é a misericórdia!

A Palavra de Deus que ouvimos nesse domingo confirma o que se passa no coração de Deus, Ele ama a pessoa de modo incondicional e nem o pecado impede a dimensão do amor.

O texto do Êxodo, na primeira leitura, mostra como o povo de Israel não percebe a mão de Deus que o acompanha na sua fragilidade. Apesar da infidelidade do povo, Deus ouve o pedido de Moisés e coloca em prática a sua compaixão que vai se repetir diversas outras vezes ao longo da história: “Lembra-te de teus servos Abraão, Isaac e Israel, com os quais te comprometeste, por juramento, dizendo: ‘Tornarei os vossos descendentes tão numerosos como as estrelas do céu; e toda esta terra de que vos falei, eu a darei aos vossos descendentes como herança para sempreE o Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer ao seu povo”. O perdão não é resultado dos méritos do povo, mas o amor e a lealdade de Deus para com as suas criaturas.

Na carta a Timóteo, Paulo deixa claro seu espanto e admiração pela dimensão do amor de Deus manifestado em Jesus Cristo. Ele mesmo é um exemplo da lógica de Deus: “Caríssimo: Agradeço àquele que me deu força, Cristo Jesus, nosso Senhor, pela confiança que teve em mim, ao designar-me para o seu serviço, a mim, que antes blasfemava, perseguia e insultava. Mas encontrei misericórdia, porque agia com a ignorância de quem não tem fé”. No exemplo de Paulo todos somos convidados a tomar consciência do amor que Deus oferece a todos, independente das suas fraquezas: “Transbordou a graça de nosso Senhor com a fé e o amor que há em Cristo Jesus. Segura e digna de ser acolhida por todos é esta palavra: Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores. E eu sou o primeiro deles”.

Que todos somos pecadores é uma constatação nada difícil de fazer, diante dessa certeza as três parábolas no evangelho desse domingo questionam todas as atitudes de hipocrisia e arrogância de quem se considera melhor que os outros. Deus não compactua com o pecado, com o erro e com fraqueza humana, por isso mesmo está sempre à procura daqueles que se afastam do caminho do bem e da justiça.

A certeza de que a criatura humana é “muito boa” mostra que Deus não está contando os erros e infidelidades, pelo contrário está sempre à procura daqueles que Ele ama.

Nas três parábolas a alegria do reencontro é infinitamente superior aos pecados, tal como Deus também os cristãos são chamados a contagiar e irradiar a alegria do perdão que damos e que recebemos sempre que a compaixão e a acolhida forem as marcas das nossas relações.

No coração de Deus triunfa sempre o amor, aconteça o que acontecer, Deus não compactua e nem pede que concordemos com o pecado, pelo contrário abomina o erro e o pecado e toda a condição de humilhação e exclusão. Ele perdoa e acolhe não para deixar as pessoas no erro, mas para mostrar seu fascinante amor para com todos os que estão conscientes da sua fraqueza e do seu pecado.

Nós como testemunhas da misericórdia e do amor de Deus somos desafiados a combater tudo o que é mau e que gera ódio, injustiça, vingança, mentira, sofrimento e agir como Deus amando o pecador e o acolhendo como um irmão e filho muito querido: Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado”’.

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

HOMILIA PARA O DIA 04 DE SETEMBRO DE 2022 - 23º COMUM - ANO C

 

ENSINAI-NOS A CONTAR OS NOSSOS DIAS...

Expressões do tipo: “Tudo fogo de palha”; “Maria vai com as outras”, “Firme como palanque no brejo”, “Sempre em cima do muro”. São muitas vezes usadas para conceituar uma pessoa indecisa, e de fato essas atitudes não encontram respaldo na Palavra de Deus que ouvimos nesse domingo.

O autor da primeira leitura parte da certeza que nossos dias na face da terra são contados e que por nós mesmos somos incapazes de compreender o verdadeiro sentido da vida, e que a única maneira de alcançar os objetivos da vida é colocar nossa confiança em Deus: “Qual é o homem que pode conhecer os desígnios de Deus? Mal podemos conhecer o que há na terra, e com muito custo compreendemos o que está ao alcance de nossas mãos; quem, portanto, investigará o que há nos céus? Acaso alguém teria conhecido o teu desígnio, sem que lhe desses Sabedoria e do alto lhe enviasses teu santo espírito? Só assim se tornaram retos os caminhos dos que estão na terra, e os homens aprenderam o que te agrada, e pela Sabedoria foram salvos”.

Por isso nós rezamos no Salmo: “Ensinai-nos a contar os nossos dias,/ e dai ao nosso coração sabedoria, pois mil anos para vós são como ontem,/ qual vigília de uma noite que passou. Eles passam como o sono da manhã,/ são iguais à erva verde pelos campos:/ De manhã ela floresce vicejante,/ mas à tarde é cortada e logo seca”.

E Jesus no Evangelho esclarece que não vale o “fogo de palha do momento”, nem tão pouco “ser uma espécie de Maria vai com as outras”, trata-se de decidir com maturidade.

Para facilitar as decisões humanas, Jesus aponta três condições:

1)                 Total liberdade de escolha, mesmo que isso implique renunciar aos afetos mais queridos: “Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo”

2)                 Disponibilidade para caminhar com Ele e aprender com Ele:  Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo”

3)                 Renuncia a tudo o que uma pessoa julga ser importante, e que de fato é, mas que na perspectiva da partilha, fraternidade e comunhão precisa ser colocado em segundo plano: Qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!

As condições que Jesus apresenta não são propostas fáceis, tipo “fogo de palha” com o objetivo de convencer multidões, mas um convite exigente para pessoas capazes de fazer escolhas conscientes que “não ficam em cima do muro”. Trata-se de quem compreende que precisa sempre da ajuda de Deus: Que a bondade do Senhor e nosso Deus/ repouse sobre nós e nos conduza! / Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho”.

Esta escolha e o cumprimento destas condições se tornam muito mais fáceis quando colocamos as pessoas, independente da sua perfeição, como o centro das nossas preocupações e atenção. Tal ensinamento nos vem da carta de São Paulo a Filemon: “Eu, Paulo, velho como estou e agora também prisioneiro de Cristo Jesus, faço-te um pedido em favor do meu filho, que fiz nascer para Cristo na prisão, Onésimo. Eu o estou mandando de volta para ti. Ele é como se fosse o meu próprio coração”

Como gente que quer ser discípulo de Jesus é importante que nos perguntemos: Quais são as condições que nós e nossa Igreja impõe para acolher as pessoas? Como tratamos os diferentes e aqueles que julgamos terem cometido alguma falta? Peçamos a graça de levar a sério a nossa condição de seguidores de Jesus e não ter medo de aceitar o pedido de Paulo: “acolhe cada pessoa recebendo-a e tratatando-a como se fosse outro discípulo e um irmão muito querido”.