FELIZES
AQUELES QUE ACREDITAM
Na
oração inicial deste domingo o padre nos convida a rezar com as seguintes
palavras: “Aumentai a graça que nos
destes, para que todos compreendam melhor o batismo que nos lavou, o Espírito
que nos deu vida nova e o sangue que nos resgatou”.
Esta
afirmação tem por objetivo nos ajudar a perceber que os cinquenta dias depois
do domingo da páscoa é a oportunidade para fundamentar tudo o que acreditamos
colocando Jesus como centro de nossas vidas. A páscoa é um convite para
construir valores de comunhão, de fraternidade, de sinodalidade. O tempo é para
relativizar os caprichos e vontades pessoais e seguindo o exemplo dos
discípulos moldar nossas vidas na vida de Jesus.
Os
desafios contemporâneos não são menores que aqueles vivido pelas comunidades
primitivas. Mas todos somos desafiados a incluir e construir a paz, a diminuir
as desigualdades e fazer triunfar a justiça.
A
páscoa nos ensina a esperança e alegria de quem reconhece no testemunho da
tantos homens e mulheres que ao longo do tempo compreenderam e viveram a fé que
depositavam na pessoa de Jesus Cristo.
O texto
dos Atos dos Apóstolos, escrito cerca de 50 anos depois da morte de Jesus, já
encontrava comunidade desanimadas e pouco afeitas ao estilo de vida daqueles
que conviveram com Jesus. Nesse contexto o autor do livro dos Atos dos
apóstolos recorda um modelo de comunidade do início do cristianismo e conclui: “e não havia necessitados entre eles”. Em
resumo a proposta de Jesus não foi para os primeiros cristãos uma “conversa de buteco”, mas a instalação de
novo estilo de vida comprometendo uns com os outros um amor que partilha e que
é solidário.
A carta
de João afirma que aquele ama a Deus e aceita Jesus Cristo faz de sua vida um
serviço de comunhão e fraternidade afinal todos somos irmãos.
No
Evangelho mais uma vez Jesus aparece como o centro da comunidade e somente quem
o reconhece, ainda que não o tenha visto fisicamente, tem coragem para
enfrentar todas as dificuldades que a vida lhe apresenta. E não há outra forma
de ver Jesus se não na prática de caminhar juntos.
De toda
forma a proposta do Evangelho é para os que estão na comunidade e para os que
estão fora. Todos chamados a inclusão e acolhida. Uns e outros são desafiados e
acreditar no testemunho e na palavra: “Felizes
os que creram sem ter visto”!
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