O SENHOR É NOSSA LUZ E SALVAÇÃO
Nas
orientações que os pais dão para os filhos, em algumas correntes da pedagogia
escolar fica bastante claro o jogo de palavras entre o que é certo e errado, o
que é importante e supérfluo e assim por diante. Pois nas três leituras deste
domingo fica evidente esse jogo do contraditório entre uma situação de outra.
Na
primeira leitura o profeta Isaias apresenta uma situação difícil e de
sofrimento e que será substituída por outra muito melhor: “No tempo passado o Senhor humilhou a
terra de Zabulon e a terra de Neftali; mas recentemente cobriu de glória
o caminho do mar. O povo, que andava na escuridão, viu uma grande luz;
para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu.
Pois o jugo que oprimia o povo, - a carga sobre os ombros, o orgulho dos
fiscais tu os abateste como na jornada de Madiã”.
Em outras palavras, a luz de Deus que haverá de brilhar para
todos os povos vai colocar um fim às trevas e a todos os sinais de sofrimento,
de dor e de morte!
Muito mais tarde as pessoas entenderam que a Luz da qual falava
Isaias é a própria pessoa de Jesus que traz a mensagem e a proposta de Deus Pai
extensiva a todos os povos!
Na
carta aos Coríntios, Paulo mostra o seu desconforto com uma comunidade que
esqueceu Jesus e a sua proposta. Ele então recomenda que todos redescubram os
fundamentos da fé: “Irmãos, eu vos exorto, pelo nome do Senhor nosso,
Jesus Cristo, a que sejais todos concordes uns com os outros e
não admitais divisões entre vós. Pelo contrário, sede bem unidos e
concordes no pensar e no falar”.
Na comunidade de Corinto se
tinham criado grupos por afinidades a este ou aquele pregador e em vez de
simpatizar com os ensinamentos de Cristo a comunidade estava dando mais
importância aos pregadores correndo o risco de se assemelhar aos grandes
mestres pagãos. Paulo deixa claro que o cristianismo não é uma filosofia de
vida ou um grupo de admiradores de um mestre qualquer. O que é importante e
sempre necessário será redescobrir Cristo e sua doutrina!
No Evangelho, Mateus faz a mesma
coisa que Paulo, isso é, deixa muito claro a importância da pregação em vista
do Reino, e para isso apresenta o convite que Jesus faz aos primeiros
discípulos.
Jesus é a verdadeira luz que
está brilhando na escuridão das noites que se estendiam por longos anos.
Fazendo-se a luz de todos Jesus aponta para a única coisa importante: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo".
A maneira como Jesus apresenta a
chegada de Deus como resposta aos sinais de escuridão e de sofrimento podem ser
reconhecidos pela prática de Jesus cujo anuncio da justiça, da misericórdia, da
preocupação com os pobres, pela fecundidade e abundância. Finalmente e não por
último pela paz sem fim!
Os quatro primeiros discípulos servem
de modelo para cada cristão contemporâneo. Ouvindo o convite de Jesus eles
aceitam imediatamente e não impõe condições para isso: “Eles, imediatamente
deixaram as redes e o seguiram”.
Ontem como hoje Deus vem ao nosso encontro para nos ajudar a
perceber as dificuldades que a vida carrega, ao mesmo tempo nos convida a
compreender como os primeiros discípulos tiveram clareza de quem vinha o
convite e em que consistia o chamado! Diante disso não tiveram dificuldade para
responder e na sequência seguir a Cristo comprometendo-se com a construção do
Reino!
Como os discípulos de outrora
não tenhamos medo:
“O Senhor é minha luz e salvação.
O Senhor é
a proteção da minha vida”.