O SENHOR AMA AQUELE QUE
É JUSTO
Nesta semana dois fatos chamaram a atenção do mundo. A
Conferência das Nações Unidas e mais uma vez os discursos do Papa do Francisco.
Na abertura da Conferência da ONU a presidente do Brasil mostrou sua indignação
com a atitude dos países mais poderosos que tratam os demais com desrespeito querendo
impor à força as suas vontades, usando para isso de todos os meios legais e
ilegais.
O Papa Francisco no discurso que fez à multidão na quarta
feira pela manhã em Roma afirmou que o cristão precisa antes de falar mal de
alguém “morder a própria língua”, neste
sábado falando para o pessoal que trabalha dentro do Vaticano fez as mesmas
observações pedindo que todos se ocupem exatamente com a sua função e não se
deixem levar pelas fofocas, maledicências e intrigas que facilmente são
cultivadas entre as pessoas.
Nos dois casos a lição que se pode tirar está na direção da
responsabilidade consigo e com os demais. Antes de ficar se preocupando com o
modo como ser melhor, maior, mais importante, é necessário garantir que as
coisas no mundo estejam a serviço do ser humano para que este possa viver bem
como criatura de Deus.
A Igreja se reúne em assembleia de oração e neste domingo,
mais uma vez, reza unida a fim de aprender como cuidar dos outros e da vida para
que ela seja boa e feliz para todos.
A Palavra de Deus proclamada nas leituras deste domingo faz
lembrar exatamente isso. O profeta Amós faz uma ameaça a todos aqueles que se
preocupam com seu bem viver, esquecendo-se do sofrimento alheio: “Ai dos que vivem despreocupadamente, e se perfumam com os
mais finos unguentos e não se preocupam com a ruína de José”. São Paulo escreve a Timóteo e lhe
recomenda: “Tu que és um homem de Deus, foge
das coisas perversas, procura a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza, a
mansidão.
Combate o bom combate da fé”.
Combate o bom combate da fé”.
Por sua vez, na longa história do rico avarento e do pobre Lázaro
Jesus faz perceber que nenhuma riqueza é
importante se as pessoas que estão próximas são tratadas com desprezo. Nenhum outro
consolo irá substituir a capacidade de viver bem com aqueles que convivem no
seu dia a dia. O rico dava banquetes finos, nunca viu o sofrimento do outro que
mendigava à sua porta. Mais tarde é ele mesmo quem pede clemência e Abraão
responde: “Eles têm Moisés e
os Profetas, que os escutem!”. Tal
afirmação pode ser interpretada para os dias de hoje a partir da compreensão que
o mundo está repleto de sinais e convites para respeitar as pessoas e a vida.
Quem não reconhece estes sinais vai aos poucos construindo a sua própria
condenação.
Que a
oração da Igreja reunida faça acontecer o que se reza na missa: “abra para nós a fonte de toda a benção... e
renove a vida do cristão a fim de que ele seja herdeiro das promessas de Deus”.