TODO
JUNTOS EXALTEMOS O SEU NOME!
A
pedagogia e as técnicas de relações interpessoais na atualidade consideram de
grande valor chamar uma pessoa pelo nome. Alguns dizem que chamar pelo nome
significa mais do que oferecer valiosos presentes. O nome significa “você é
único”! É comum entre nós que muito antes do nascimento os pais já decidirem
que nome vão dar a criança e ala começa a ser chamada ainda no ventre materno
com sua identificação que a acompanhará por toda a vida. Muitas vezes o nome
acaba sendo associado com a ocupação ou profissão que vai desenvolver ao longo do
tempo e daí também decorre muitas das relações de amizade e corresponsabilidade,
parceria e até de negócio entre as pessoas.
Pois
a liturgia desse domingo nos apresenta as figuras de Pedro e Paulo suas
responsabilidades e tarefas decorrem da estreita relação com Jesus e da sua
coragem e determinação em reconhece-lo na sua origem e missão.
O
diálogo que Jesus estabeleceu com os discípulos e a resposta dada por Pedro, em
nome de todos os demais, continua sendo uma pergunta inquietante e não pode nos
deixar alheios aos compromissos de quem reconhece Jesus com o Filho de Deus.
Na
mesma medida e com a mesma coragem dos apóstolos Pedro e Paulo todos os
cristãos tem, de alguma maneira condições de acessar o Reino e de facilitar o
acesso para outras pessoas. Não bastam palavras bonitas e longas orações será
sempre necessário provar nossa adesão ao projeto pelo compromisso e coerência
de vida.
Não
bastam bonitas respostas e opiniões genéricas sobre Jesus e sua missão é
preciso a coragem de Pedro que não se resumiu a dizer: “Tu és o messias, o Filho de Deus vivo” e a determinação de
Paulo: “Combati o bom
combate, completei
a corrida, guardei a fé”.
Fica
claro também que a resposta de Pedro e a coragem de Paulo não são decorrentes
apenas da sua vontade, elas são o resultado de um encontro pessoal com Jesus, o
qual todos nós somos convidados a fazer e cujas possibilidades nos são dadas
desde o dia do nosso batismo como dom e graça da parte de Deus.
A
primeira leitura mostra uma das ocasiões em que Pedro testemunha com sua vida o
que significa acreditar na pessoa e na doutrina de Jesus, por sua vez os atos
dos apóstolos deixam claro também que não só Pedro, mas também toda a
comunidade estava solidária e comprometida com tarefa dada ao apóstolo e
preocupada com o êxito da tarefa: “Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus por ele”.
Essa atitude da comunidade não fica sem resposta da parte de Deus: “Eis que apareceu o anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela.
Então
Pedro caiu em si e disse: "Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me
libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava!"
A segunda leitura é uma espécie
de “testamento” ele faz um balanço da sua vida e das suas atividades missionárias
e mesmo angustiado com a falta de solidariedade e de compreensão por parte de
algumas pessoas e grupos: “Quanto a mim, eu já estou para ser derramado em
sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida. Combati o bom combate, completei
a corrida, guardei a fé. Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que
o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a
todos que esperam com amor a sua manifestação gloriosa”.
Estas palavras finais de Paulo são também para nós
um convite e uma desafio a percorrer nosso caminho com Jesus com determinação,
entusiasmo e generosidade. Tal como Paulo e tantos homens e mulheres na história
podemos ter a mesma firmeza de Paulo: “O
Senhor esteve a meu lado e me deu forças. O Senhor me
libertará de todo mal e me salvará para o seu Reino
celeste. A ele a glória, pelos séculos dos séculos! Amém”.
Por isso podemos rezar serenamente com o salmista:
“De todos os temores me livrou o
Senhor Deus”.