SANTA MÃE
DE DEUS TEM PIEDADE DE NÓS
Começar
um novo ano é sempre vislumbrar novas perspectivas e renovar as esperanças e
utopias. No início do ano cível retomamos nossos projetos e
restabelecemos metas a serem alcançadas. O início do ano deixa para trás a
saudade, as desilusões e até as festas. Por sua vez a liturgia da Igreja nos
convida a recordar a figura de Maria como Mãe de Deus e com ela rezar pela paz
no mundo.
O Papa
Francisco na mensagem para o Dia Mundial da Paz, celebrado neste primeiro dia
do ano, faz um convite a todas as pessoas responsáveis pelas Novas Tecnologias
de Informação e comunicação a utilizar os recursos da Inteligência Artificial
para promover o desenvolvimento integral, para produzir inovações importantes
na agricultura, na instrução, na cultura, na melhoria da qualidade de vida das nações
inteiras no crescimento da fraternidade e da amizade social. Francisco é
incisivo ao tratar da Inteligência Artificial como instrumento para a
construção da paz quando afirma: “Em última análise, a forma como a utilizamos para
incluir os últimos, isto é, os irmãos e irmãs mais frágeis e necessitados, é a
medida reveladora da nossa humanidade”.
O
evangelho desta celebração narra uma cena bem familiar. Passada e euforia e o
medo com o nascimento da criança, ela agora começa a requerer cuidados
particulares. A notícia que ganhou o mundo também traz preocupações e
incertezas. No imaginário popular se diz que as mães têm um “ sétimo céu”, isso
é, as mães sabem das coisas muito antes que elas aconteçam. Pois
esse é o retrato de Maria no texto que acabamos de ler: “Maria guardava e meditava todas essas coisas no seu coração”.
São
Paulo, confirma o que já era uma certeza: Deus se faz humano, nasce num período
histórico e determinado. Da carta aos gálatas ouvimos: “quando se completou o tempo previsto, Deus
enviou seu filho nascido de uma mulher”. Este gesto de Deus não foi em vão,
pelo contrário enviou seu Filho sujeito a lei, para aqueles que estavam
sujeitos à lei, a fim de libertá-los de toda escravidão. A carta
garante que em Jesus Cristo todos recebemos a verdadeira e definitiva condição
de “filhos adotivos”.
Filhos no
filho, recebemos toda bênção completando assim o que lemos no livro dos
números: “que o Senhor os abençoe e guarde,
que o Senhor os trate com bondade e misericórdia, que o Senhor olhe para vocês
com amor e lhes dê paz”.
Na pessoa
de Jesus tudo isso é realidade de modo definitivo e esta condição tem a
participação de Maria a quem os evangelhos chamam de mãe.
De um tal
modo nossa confiança na Mãe de Deus e nossa nos põe da estrada de um novo tempo
o qual desejamos que seja de paz, de fecundidade, de bem-estar, de alegria
profunda.
Começamos
o ano nos reunindo como irmãos, ouvindo a Palavra e nos alimentado da
Eucaristia e rezamos com o salmista: Que as nações vos glorifiquem ó Senhor!