sábado, 25 de agosto de 2012

21º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO B - 2012


REFLETINDO A PALAVRA DE DEUS
Leituras:  Josué 24, 1-.15-17.18b; Salmo 33(34);
Efésios 5,2132; João 6, 60-69.

Nesta semana, com o início da propaganda eleitoral gratuita, se intensificaram os apelos em relação às opções político-partidárias e a escolha dos candidatos que deverão dirigir os destinos dos municípios brasileiros para os próximos anos. A nova composição do executivo e do legislativo municipal por todo o país é uma espécie de antecipação dos rumos que terá o país nos próximos anos. Em resumo, todos estão sendo desfiados a fazer escolhas e o resultado delas serão também as consequências para a vida de todos.
Na História da Igreja o tema das escolhas sempre foi muito querido e sobre elas tratou a teologia e a doutrina ao longo dos tempos. De acordo com suas escolhas, homens e mulheres são lembrados, venerados e admirados. Dentre as recordações bonitas que a Igreja coloca como modelo lembra-se a figura de Santo Agostinho, cuja memória se faz no próximo dia 28. Santo Agostinho falava aos cristãos sobre a Eucaristia e dizia: “Escolham ser aquele de quem vocês se alimentam e sejam o corpo daquele que vocês se alimentam”.
É sobre escolhas que fala também a Palavra de Deus proclamada neste domingo. O texto da primeira leitura  é o discurso de Josúe diante da assembleia que deveria fazer escolhas. Ele faz uma provocação dizendo: “Eu e minha família serviremos ao Senhor!”. Quanto a Vocês podem decidir por onde andar. A mesma coisa, porém em outro contexto e com outras palavras São Paulo fala aos cristãos de Éfeso. Dirigindo-se aos casais numa sociedade em que as questões de gênero, tão em voga na atualidade, de longe tinham qualquer importância, Paulo faz uma série de recomendações  sobre como maridos e mulheres deveriam se comportar. Terminado as recomendações ele coloca um observação extraordinária:  façam como Cristo que escolheu amar a Igreja e se entregar por ela. Ele quis assim torná-la santa”.
Na mesma situação delicada estavam os discípulos de Jesus. Tinham consciência da escolha que queriam, mas sabiam também das consequências das suas opções. Entretanto, Pedro assume os riscos e fala em nome de todos: A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”.
Ontem como hoje, a Igreja se reúne, para rezar uns com os outros. Como irmãos na mesma fé pedir discernimento e capacidade para fazer as escolhas certas que vão determinar o rumo que a vida precisa tomar.
Dentro das celebrações do mês de agosto, recorda-se hoje o dia do catequista, pessoas que escolheram dedicar suas vidas a serviço do Evangelho a fim que mais gente reconheça o que se reza no salmo deste domingo: Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!”.
Que seja está também a prece da Igreja reunida neste domingo.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

MINHA ALMA DÁ GLÓRIAS AO SENHOR

Reflexões a partir da Solenidade a 
Assunção de Nossa Senhora - 2012

As contradições do cotidiano são extraordinárias e despertam perplexidade, medo, curiosidade ao mesmo tempo alegria e esperança. No Brasil vive-se o tempo das eleições municipais com propostas e perspectivas de grandes novidades a partir de 2013. Ao mesmo tempo o Brasil aparece como o país do pleno emprego. Nesta semana Santa Catarina foi apresentada como destaque no país inteiro com a publicação dos altos índices de desenvolvimento e melhora da qualidade da educação báscia no estado. 
Ao mesmo tempo a violência, a corrupção, a impunidade são marcas registradas e repetidas em quase  todos os lugares e relações.
Neste contexto se celebra a Assunção de Maria ao céu. Vitoriosa, a Mãe do Senhor, é reconhecida como interecessora e capaz de servir como exemplo para todos os que vivenciando o cotidiano contraditório quer ao mesmo tempo ser fiel a Deus e a seu projeto de vida.
A primeira leitura prevista para a liturgia do domingo da Assunção de Maria traz a intrigante narrativa da mulher do Apocalipse. Com todas as contradições narrativas a Mulher é vencedora e merecedora da Graça e da escolha de Deus.
Desde muito cedo a Igreja interpretou a figura do Apocalipse associada à pessoa de Maria, cuja vitória foi também sentida e experimentada por ela e por toda a comundiade que conviveu com o Filho Jesus. 
Não sem razão o Evangelho conta o econtro de Maria com a Izabel e a fantástica proclamação da crença que a Mãe do Senhor confirma como ação de Deus em sua vida.
Os sinais do Reino, descritos na carta aos Coríntios podem ser equiparados ao que se vive na atualidade e de uma coisa é possível ter certeza: "Se atentos às coisas do alto será possível a todos participar da Glória dos que já vivem junto de Deus".

domingo, 5 de agosto de 2012

REFLETINDO A PALAVRA DE DEUS


18º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 05 DE AGOSTO DE 2012 – ANO B

Leituras: Êxodo 16, 2-4.12-15; Salmo 77 (78)
Efésios 4, 17.20-24; João 6, 24 -35.

“Quem não reconhece as mudanças, vai julgar o presente pelo passado e vai ter medo que é uma reação diante do desconhecido”.  Este pensamento que faz parte da biografia de um importante cidadão brasileiro  pode ser aplicado e  ajuda compreender a Palavra de Deus que a liturgia da Igreja apresenta para este domingo.
No texto do livro do Êxodo são os concidadãos de Moisés que não conseguem perceber a mudança que esta se processando na sociedade e na vida deles. Não percebem que a mão de Deus, por meio de Moisés, está lhes conduzindo para um novo estilo de vida. De modo indelicado e grosseiro levantam a voz contra tudo e contra todos. E Deus lhes dá a conhecer, no sinal do Maná e das Codornizes, a mudança que está se processando na história. Só muito mais tarde isso foi reconhecido quando o salmista proclama a ação divina fazendo o povo rezar: “O Senhor deu a comer o pão do céu e os conduziu para a terra prometida”.
A mesma situação experimentam os conterrâneos de Jesus. A palavra e o jeito de ser do mestre é diferente de como  podiam imaginar, no entanto, não conseguem compreendê-lo como o enviado de Deus e aquele que lhes alimenta para um estilo de vida diferenciado.
Admiram, vão ao seu encontro, buscam por milagres e sinais extraordinários, mas não percebem o que está escondido em tudo isso. É preciso que Jesus chame a atenção e fale sem meias palavras: “Vocês me procuram não por causa dos sinais, querem apenas saciar sua fome de pão”.  Depois de lhes fazer mais esta advertência Jesus lhes mostra uma alternativa: “Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo”.  E conclui o seu ensinamento dando-se a conhecer: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.
Ontem como hoje, os cristãos e porque não dizer a sociedade inteira precisa ouvir de novo e readequar esta palavra ao seu estilo de viver e organizar o mundo e a convivência entre as pessoas.  Para isso bem se aplicam as palavras de São Paulo na segunda leitura deste domingo:
“Eis pois o que eu digo e atesto no Senhor: não continueis a viver como vivem os pagãos,
cuja inteligência os leva para o nada”.
  E para que isso aconteça é adequada recomendação final do texto: “Revesti o homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade”.
Neste sentido a oração da Igreja reunida na assembleia de domingo, a correta interpretação da Palavra ouvida e a Eucaristia que os cristãos partilham é de uma importância indiscutível.