domingo, 5 de agosto de 2012

REFLETINDO A PALAVRA DE DEUS


18º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 05 DE AGOSTO DE 2012 – ANO B

Leituras: Êxodo 16, 2-4.12-15; Salmo 77 (78)
Efésios 4, 17.20-24; João 6, 24 -35.

“Quem não reconhece as mudanças, vai julgar o presente pelo passado e vai ter medo que é uma reação diante do desconhecido”.  Este pensamento que faz parte da biografia de um importante cidadão brasileiro  pode ser aplicado e  ajuda compreender a Palavra de Deus que a liturgia da Igreja apresenta para este domingo.
No texto do livro do Êxodo são os concidadãos de Moisés que não conseguem perceber a mudança que esta se processando na sociedade e na vida deles. Não percebem que a mão de Deus, por meio de Moisés, está lhes conduzindo para um novo estilo de vida. De modo indelicado e grosseiro levantam a voz contra tudo e contra todos. E Deus lhes dá a conhecer, no sinal do Maná e das Codornizes, a mudança que está se processando na história. Só muito mais tarde isso foi reconhecido quando o salmista proclama a ação divina fazendo o povo rezar: “O Senhor deu a comer o pão do céu e os conduziu para a terra prometida”.
A mesma situação experimentam os conterrâneos de Jesus. A palavra e o jeito de ser do mestre é diferente de como  podiam imaginar, no entanto, não conseguem compreendê-lo como o enviado de Deus e aquele que lhes alimenta para um estilo de vida diferenciado.
Admiram, vão ao seu encontro, buscam por milagres e sinais extraordinários, mas não percebem o que está escondido em tudo isso. É preciso que Jesus chame a atenção e fale sem meias palavras: “Vocês me procuram não por causa dos sinais, querem apenas saciar sua fome de pão”.  Depois de lhes fazer mais esta advertência Jesus lhes mostra uma alternativa: “Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo”.  E conclui o seu ensinamento dando-se a conhecer: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.
Ontem como hoje, os cristãos e porque não dizer a sociedade inteira precisa ouvir de novo e readequar esta palavra ao seu estilo de viver e organizar o mundo e a convivência entre as pessoas.  Para isso bem se aplicam as palavras de São Paulo na segunda leitura deste domingo:
“Eis pois o que eu digo e atesto no Senhor: não continueis a viver como vivem os pagãos,
cuja inteligência os leva para o nada”.
  E para que isso aconteça é adequada recomendação final do texto: “Revesti o homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade”.
Neste sentido a oração da Igreja reunida na assembleia de domingo, a correta interpretação da Palavra ouvida e a Eucaristia que os cristãos partilham é de uma importância indiscutível.

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