SOMOS UM POVO PEREGRINOS DE ESPERANÇA
Neste terceiro domingo do Tempo Comum, somos mais uma vez convidados a
nos aprofundar na Palavra de Deus que nos apresenta um forte chamado à
esperança e à ação. As leituras de hoje nos oferecem um panorama sobre a
importância da escuta da Palavra, a necessidade de unidade no Corpo de Cristo e
a vocação que temos como peregrinos de esperança.
Iniciando com a leitura de Neemias (Ne 8,2-4a.5-6.8-10), encontramos o
povo de Israel reunido para ouvir a lei de Deus. É um momento de renovação e
redescoberta da identidade, onde a Palavra é lida e explicada, levando o povo a
chorar, mas também a se alegrar, pois a palavra de Deus é viva e ativa. Neemias
diz: "A alegria do Senhor é a nossa força." Isso nos mostra que,
quando nos voltamos para Deus e sua Palavra, encontramos a verdadeira fonte de
esperança e renovação.
O Salmo 18 (19) nos lembra que as leis do Senhor são perfeitas e
alegres. Em um mundo cheio de incertezas, é fundamental que busquemos na
Palavra de Deus orientação e sabedoria. A escuta atenta da Palavra e a nossa
disposição em vivê-la são elementos cruciais para que possamos ser verdadeiros
peregrinos de esperança, levando a luz de Cristo a todos ao nosso redor.
Na epístola de Paulo aos Coríntios (1Cor 12,12-30), vemos a imagem
poderosa do Corpo de Cristo. Paulo explica que, assim como o corpo é um, embora
tenha muitas partes, assim também somos nós como Igreja. Cada um de nós é parte
desse corpo, e todos têm uma função única no plano de Deus. Em um mundo que
muitas vezes promove a divisão, somos chamados a viver em união, reconhecendo e
valorizando a diversidade de dons que Deus nos deu. É na unidade que
encontramos força e esperança para enfrentar os desafios que surgem em nosso
caminho.
O Evangelho de Lucas (Lc 1,1-4; 4,14-21), apresenta Jesus, que lê nas
sinagogas e anuncia a boa nova. Ele se apresenta como o cumprimento das
promessas de Deus, trazendo libertação e cura. A sua mensagem é radicalmente
inclusiva, e isso nos convida a refletir: como estamos nós como comunidade
cristã acolhendo os que nos rodeiam? Como podemos nos tornar instrumentos de
esperança para aqueles que estão à margem, para os que sofrem?
Hoje, ao refletirmos sobre a Palavra, somos chamados a nos perguntar:
**Como podemos, em nossa vida cotidiana, ser peregrinos de esperança?** Isso
pode ser feito através do nosso compromisso com a justiça, da promoção da paz e
da solidariedade com os marginalizados.
Que, neste domingo, possamos nos dispor a ouvir a Palavra de Deus com um
coração aberto, a viver em unidade como Igreja e a ser sinais de esperança em
nosso mundo. Que a alegria do Senhor nos fortaleça e que cada um de nós, em sua
particularidade, possa contribuir para a construção de um mundo mais justo e
fraterno.
Que Deus nos abençoe e nos guie em
nossa jornada como peregrinos de esperança. Amém.
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