quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

HOMILIA PARA O DIA 02 DE FEVEREIRO DE 2025 - APRESENTAÇÃO DO SENHOR - ANO C

 COMPARTILHAR OS SONHOS DE DEUS 

COM A EXISTÊNCIA HUMANA

Queridos irmãos e irmãs, hoje somos convidados a refletir sobre a sinodalidade à luz das leituras que proclamadas. A palavra sinodalidade nos remete a um caminho compartilhado, onde a comunidade de fé se reúne para ouvir o Espírito Santo e discernir os desígnios de Deus para cada para cada pessoa na relação com todos.

No livro de Malaquias (Ml 3,1-4), Deus promete enviar um mensageiro que preparará o caminho diante d’Ele. Este mensageiro é uma preparação não apenas para um encontro pessoal com Deus, mas para um relacionamento comunitário. A presença de Deus entre nós exige que nos purifiquemos e nos preparemos para acolher a Sua graça. Aqui encontramos um chamado à transformação e à necessidade de nos voltarmos uns para os outros: somos convidados a ser mensageiros do amor e da justiça de Deus na comunidade.

O Salmo 23 (24), que nos convida a abrir as portas para o Rei da Glória, ressoa com a ideia de sinodalidade. Este salmo celebra a grandeza de Deus e Sua presença em nosso meio. Quando abrimos os nossos corações e as portas de nossas comunidades, permitimos que a riqueza da diversidade humana e das experiências de fé se entrelaçam, enriquecendo nosso caminho sinodal. Que possamos acolher uns aos outros, reconhecendo as várias faces da presença de Cristo em nossas vidas.

Na carta aos Hebreus (Hb 2,22-32), somos lembrados que Jesus, além de ser nosso Salvador, se fez um de nós. Ele se uniu à nossa humanidade, compartilhou nossas dores e alegrias. Isso nos ensina sobre a verdadeira solidariedade em nosso caminhar juntos. A sinodalidade exige que caminhemos lado a lado, aprendendo uns com os outros, compartilhando nossas histórias e juntando nossas vozes na construção do Reino de Deus.

Finalmente, no Evangelho de Lucas (Lc 2,22-40), encontramos a cena da apresentação de Jesus no templo. Simeão e Ana, pessoas de fé que aguardavam o Messias, representam a espera comunitária e a esperança. Eles nos mostram que a fé não é uma jornada solitária, mas um caminho que deve ser partilhado. A sinodalidade nos inspira a estar atentos e disponíveis para reconhecer a ação de Deus nos outros, para que juntos possamos vivenciar a alegria da presença do Senhor em nossa comunidade.

Assim, ao refletirmos sobre essas leituras, somos chamados a vivenciar a sinodalidade no nosso dia a dia, a nos permitir ser canal de amor e comunhão, a abrir não apenas as portas de nossos lares, mas também os nossos corações. Que possamos sempre nos questionar: como podemos caminhar juntos? Como podemos acolher a presença de Deus em cada um de nós e em nossos irmãos e irmãs?

Que o Senhor nos conceda a graça de uma caminhada sinodal, onde a união e o amor sejam a nossa eterna meta. Amém.

 

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