PARA VIVER NO AMOR
RECÍPROCO
6º DOMINGO DA
PÁSCOA
ANO A
Atos, 8, 5-8.14-17; Salmo 65; 1Pedro 3,15-18; João
14,15-21
O
Papa Francisco em sua recente viagem ao Egito, teve um encontro com o Patriarca
da Igreja Católica do Egito, também chamado de Papa de Alexandria. Do encontro
resultou uma Declaração Comum entre as duas Igrejas. Dentre as diversas afirmações
sobre a unidade se lê no documento: “Deixemo-nos guiar pelos ensinamentos e o exemplo do
apóstolo Paulo, que escreve: «[Esforçai-vos] por manter a unidade do Espírito,
mediante o vínculo da paz. Intensifiquemos a nossa oração incessante por
todos os cristãos no Egito e em todo o mundo, especialmente no Médio Oriente.
Alguns acontecimentos trágicos e o sangue derramado pelos nossos fiéis,
perseguidos e mortos unicamente pelo motivo de ser cristãos, recordam-nos ainda
mais que o ecumenismo dos mártires nos une e encoraja no caminho da paz e da
reconciliação. Pois, como escreve São Paulo, «se um membro sofre, com ele
sofrem todos os membros”
A realidade de sofrimento, provações, corrupção e martírio
que se espalha pelo mundo hoje, também fez parte da vida dos cristãos em todos
os tempos. Apesar disso os discípulos nunca esmoreceram na missão de anunciar
Cristo e a sua boa noticia ao mundo. Na primeira leitura vemos Felipe que foi a
uma cidade da Samaria, anunciou o Evangelho que trouxe grande alegria a todos.
A carta de São Pedro, que é a segunda leitura deste domingo,
está inserida no contexto das perseguições que os cristãos sofriam no final do
primeiro século. Apesar disso ele insiste: “Santificai em vossos corações o
Senhor Jesus Cristo, e estai sempre Prontos a dar razão da vossa esperança a
todo aquele que vo-la pedir. Fazei-o, porém, com
mansidão e respeito e com boa consciência”.
O pedido de Pedro, não é
outra coisa senão a confirmação das palavras de Jesus no Evangelho: “Se me amais,
guardareis os meus mandamentos, e eu rogarei ao Pai,
e ele vos dará um outro Defensor, para que
permaneça sempre convosco: o Espírito da Verdade,
Não vos deixarei órfãos. Eu virei a vós”.
Esta certeza que animou os primeiros cristãos fez com que
cantassem o salmo: “Bendito
seja o Senhor Deus que me escutou, não rejeitou minha oração e meu clamor, nem
afastou longe de mim o seu amor”.
Que as pessoas e sociedades
de hoje, marcadas por “Acontecimentos
trágicos e o sangue derramado pelos nossos fiéis” pelo grave momento nacional, como dizem nossos bispos: “O que está acontecendo com o Brasil? Um País
perplexo diante de agentes públicos e privados que ignoram a ética e abrem mão
dos princípios morais, base indispensável de uma nação que se queira justa e
fraterna”(Nota Oficial da CNBB na 55ª AG), não percam a confiança que o
Espírito Santo de Deus ajudará o “povo
brasileiro ter coragem, fé e esperança. Está em suas mãos defender a dignidade
e a liberdade, promover uma cultura de paz para todos, lutar pela justiça e
pela causa dos oprimidos e fazer do Brasil uma nação respeitada”.
Amemo-nos uns aos outros, porque o Amor vem de Deus!