quarta-feira, 28 de setembro de 2011
HOMILIA PARA O DIA 02 DE OUTUBRO 2011
No ícone "HOMILIA" logo abaixo da nossa foto, está disponível a homilia para o domingo 02 de outubro 2011. Nossa contribuição segue na esteira do que pede a Exortação Verbum Domini: "A palavra divina ilumina a existência humana e leva as consciências a reverem em profundidade a própria vida, porque toda a história da humanidade está sob o juízo de Deus". (99).
Blog de conteúdo adulto com temas de liturgia, Teologia, Educação.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
O CONHECIMENTO SILENCIOSO
O Caminho da espiritualidade é o caminho da sutilização, porque é a via para o refinamento do conhecer e do sentir. No caminho, ou na busca por uma espiritualidade da contemplação contamos com a possibilidade de conhecer e de sentir a partir da mais completa gratuidade, sem buscar nada. Alias, porque já temos tudo.
Uma verdade não pode ser esquecida por nós. Trata-se da nossa condição de predadores, ou seja para viver necessitamos destruir outros seres, outras criaturas, vivemos como se estivéssemos num campo de caça, sempre a espreita. Mas igualmente, é verdade que podemos ser calor que transforma em luz diante do esplendor que nos rodeia.
Quando um ser viver necessitado, estruturado para viver de matar e depredar, aprende a conhecer e a sentir-se luz, dizemos que este ser se espiritualizou. Na medida em que o ser humano aprende a conhecer e a sentir gratuitamente ele é capaz de saber o que é o nada e qual a relação que tem com ele.
A oferta dos nossos mestres espirituais é totalmente alheia a essa nossa maneira de proceder. Sua oferta é para nós extremamente desconcertante e nova. Eles propõem que aprendamos a conhecer, a sentir e a perceber sem o ponto de referência das necessidades do ego. Os mestres espirituais nos propõem a possibilidade de um conhecer e de um sentir não egoísta.
Isso é espiritualizar-se. Quando aquele que olha não olha como necessitado, quebra-se a dualidade que se formava entre o ego e o mundo. Entre aquele que caça e o campo de caça. Passa-se a viver na gratuidade.
A transformação a que convidam as tradições espirituais é a passagem do depredador à testemunha desinteressada e vibrante, em lugar daquele que depreda nasce o amante. Nesse sentido acontece um conhecimento gratuito no qual toda a existência é capaz de se comover e se transformar em coração, em amor.
Nesta altura nosso corpo passa a ser reconhecido não apenas como um ser vivo, mas também como um receptor, um fino sensor desinteressado e uma testemunha capaz de se comover até suas raízes como que há, não só porque nos serve, mas simplesmente porque está aqui, porque existe, por sua novidade sem fim e pela maravilha com a qual nos fala.
O caminho para a espiritualização é o caminho do silêncio. Silenciamento de todas as construções que nossa necessidade projeta sobre o que há. Silenciamento do contínuo movimento que o desejo imprime ao nosso pensar e ao nosso sentir: para trás as recordações, para adiante os projetos.
A noção de silenciamento é uma condição sine-qua para compreender as tradições religiosas, para interpretar a mística de todas as tradições, ela é também fundamental para lidar com o legado religioso do passado em determinada situação cultural.
A partir de Jesus Cristo, o silenciamento equivale a dizer consiste em “deixar-se morrer”, em perfeito estado de alerta. E não há maior silêncio interior do que o daquele que morreu. Por isso mesmo dizemos: silêncio sepucral!
De algum modo Maomé já havia se expressado afirmando que é preciso “morrer antes de morrer”. Aproximar-se morto, mas vivo, é aproximar-se silencioso, como o sujeito sem desejos, nem recordações nem projetos.
Os místicos costumam chamar esse silenciamento de “conhecimento não conhecimento”, de “conhecimento super essencial”, de “conhecer a essência da essência, de “luz tenebrosa”, de “conhecimento que não é um saber”.
O conhecer silencioso é só dom, dom real e verdadeiro, mas é dom de nada, é dom de ninguém a ninguém. O conhecimento silencioso é a presença absoluta, a presença da realidade absoluta, embora não seja presença de nada e de ninguém. Tudo é forma do sem forma, lampejos do absoluto.
Tudo o que há e é, não é outra coisa senão o “não dois” ou seja o Deus absoluto, Ele é e pronto. Ele é experimentado no silênciamento.
O conhecimento silencioso é a única e verdadeira raiz do amor incondicional a todos os seres. Só há amor e verdadeiro interesse quando se está morto antes de morrer, quando nos deixamos plenamente morrer. De modo que o caminho do silenciamento interior é o único caminho para o amor, o resto é confusão de boa vontade.
O caminho de uma espiritualidade leiga, procedente das grandes tradições religiosas da história é o caminho do serviço aos outros e é o maior serviço que se pode prestar.
Uma ponte é uma ponte quando passamos por ela e a esquecemos. “Deus” é um símbolo útil quando nos conduz plena e totalmente a esta realidade daqui; quando nos deixamos guiar por ele para o que aponta e depois nos esquecemos como entidade, ele é uma ponte.
Uma espiritualidade que nos afaste do amor pelas realidades que nos rodeiam é uma das piores perversões humanas, porque além de edificar nossa humanidade na irrealidade, engendra o menosprezo pelo que realimente existe e, com isso, rega a dureza de coração.
O conhecimento real e verdadeiro, o autêntico conhecimento silencioso espiritual, só ocorre quando não foge da realidade que há, com imaginações apoiadas em crenças. Esta é a grande tarefa a que precisamos nos propor no final de um encontro de oração: não fugir da realidade, tal como se apresenta, mas respeitá-la e amá-la.
Concluo com as palavras que John Main que usei na abertura: “alguns quiseram estabelecer uma oposição entre oração e atividade pública, na vida de trabalho, nas lutas sociais ou nas conquistas políticas”.
Maria é o exemplo de perfeita sintonia entre tudo isso: guardava todas essas coisas e as meditava no seu coração.
Magnificat!
(Lucas 1, 46 – 55)
Blog de conteúdo adulto com temas de liturgia, Teologia, Educação.
REZAR EM SILÊNCIO
“Quando você rezar, não seja como os hipócritas. Eles gostam de orar de pé nas sinagogas e nas estradas para serem vistos pelos outros. Eu afirmo a você que isto é verdade: Eles já receberam a sua recompensa. Você quando rezar, vá para o seu quarto e feche a porta e ore ao seu Pai que não pode ser visto. E o Pai que vê o que você faz em segredo, lhe dará a recompensa. Nas suas orações não fique repetindo o que você já disse, como os pagãos. Eles pensam que Deus os ouvirá porque fazem orações compridas. Você reze assim:
Pai nosso...
Não sem razão John Main, escreveu: “A oração mais profunda, mais pessoal, mais interior, mais mística, não é aquela que usa os artifícios de uma cultura sofisticada; ela não precisa de conceitos complicados nem de linguajar enfeitado. Ela não usa métodos refinados acessíveis somente depois de longo treinamento. Muito pelo contrário ela é simples e de uma simplicidade acessível aos simples”. (Meditação Cristã John Main, 1987, p. 6).
Esta é a motivação para o início deste nosso momento de oração e reflexão. Não viemos aqui buscar sabedoria, desvendar mistérios, conhecer teologias. Viemos rezar, ler a Palavra de Deus e nos dispor diante dela como os sábios de outrora: estar abertos a Deus e o deixar falar.
“Agora é hora de silêncio interior, de deixar Cristo falar sua mensagem de amor...”
É isto que se chama de Lectio Divina: ou seja Rezar a Palavra, Deixar que a Palavra fale em mim e fale para mim. Só depois eu falo para a Palavra e finalmente o que eu posso fazer desde essa Palavra. Dito de outro modo: O que a Palavra diz, o que a Palavra me diz, o que eu digo para a Palavra e o que eu faço com a Palavra. O Papa Bento XVI, no documento pós sinodal, Verbum domini escreveu deste modo: “O que dizem as leituras proclamadas? O que dizem a mim pessoalmente? O que devo dizer à comunidade, tendo em conta a sua situação concreta?” (Verbum Domini 211)
Isto confirma uma estreita sintonia entre a oração e a vida. Ou seja, a vida é imersa na oração e vice-versa. É também de John Main a convicção que alcança cada um de nós por sua simplicidade e sabedoria:
“Alguns quiseram às vezes estabelecer uma oposição entre a oração e a atividade pública, na vida de trabalho, nas lutas sociais ou nas conquistas políticas”.
E continua:
“Jesus uniu sua atitude de oração interior total e sua longa atividade de oração com uma vida pública sem descanso. E a tradição mostrou, muito ao contrário de algumas afirmações superficiais, que a maior atividade social exige personalidades fortes, fortemente unificadas e capazes de renovarem constantemente suas energias interiores. A maior intensidade de trabalho exige uma oração permanente. Em nosso mundo secularizado, muitos dão a esse recolhimento interior o nome de oração, e o Deus que invocam no coração não recebe nenhum nome. Contudo, os verdadeiros líderes sociais capazes de permanecer realmente humanos e livres no meio da atividade pública, são homens de oração, que o digam com esse ou com outro nome” (John Main 1987, p. 7-8).
Estes são os que chamamos Mistagogos!
Algumas convicções espirituais não são repartidas pelo discurso, pela oração, pela sabedoria, são socializadas no agir cotidiano. Dentre as certezas que preenchem a vida de cada dia uma delas é que:
“Deus é nosso Criador e Pai, Jesus nosso redentor e Irmão. O Espírito Santo habita em cada um de nós, de tal modo que somos templo de santidade. Ora a meditação é simplesmente o processo pelo qual nos harmonizamos com esta verdade sobre Deus e nós mesmos, sobre nosso próximo. Pois em nossas meditações nos distanciamos de tudo o que é imediato e efêmero e nos abrimos plenamente à grandeza e à Maravilha de Deus” (Jhon Main, 1987, p. 27).
Em resumo: aqui viemos não para discutir com Deus ou sobre Deus, nem muito menos para falar de Deus. Viemos para falar com Deus e não discorrer sobre. Ou seja, viemos com o firme propósito de alcançarmos a maturidade de Cristo. (Hb. 6, 1- 3).
Blog de conteúdo adulto com temas de liturgia, Teologia, Educação.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
HOMILIA PARA O DIA 25 DE SETEMBRO 2011
"A palavra de Deus impele o homem para relações animadas pele retidão e pela justiça, confirma o valor precioso aos olhos de Deus de todas as fadigas do homem para tornar o mundo mais justo e habitável. A propria Palavra de Deus denuncia sem ambiguidade as injustiças e promove a solidariedade e a igualdade"(Verbum Domini 100).
A homilia sugerida para este domingo e disponível na página "Rezando com a Palavra de Deus", sugere uma reflexão sobre a aplicação do novo Código Florestal Brasileiro. Trata-se de uma lei que precisa ser aprovada, mas necessita igualmente tratar com igualdade aqueles que são diferentes.
A homilia sugerida para este domingo e disponível na página "Rezando com a Palavra de Deus", sugere uma reflexão sobre a aplicação do novo Código Florestal Brasileiro. Trata-se de uma lei que precisa ser aprovada, mas necessita igualmente tratar com igualdade aqueles que são diferentes.
Blog de conteúdo adulto com temas de liturgia, Teologia, Educação.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
HOMILIA PARA O DIA 18 DE SETEMBRO 2011
"Considerando a Igreja como CASA DA PALAVRA deve antes de tudo dar atenção à liturgia sagrada. Esta se constitui, efetivamente, o âmbito privilegiado onde Deus nos fala no momento presente de nossa vida: Fala hoje ao seu povo, que escuta e responde. Cada ação litúrgica está, por sua natureza, impregnada da Sagrada Escritura"(Verbum Domini 52).
Blog de conteúdo adulto com temas de liturgia, Teologia, Educação.
EFAP EM CANOINHAS
No final de semana dos dias 17 e 18 de setembro 2011, aceitamos o convite para trabalhar a questão da Liturgia desde o enfoque da Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011 - 2015.
Vamos trabalhar o texto que está publicado na página "Diocese de Caçador", com o título "Celebremos com alegria o nosso encontro". A parte específica da liturgia nos serviremos do livreto "Os Fantoches explicam a Missa" escrito pelo diácono Sérgio Ferreira de Almeida e publicado pela Editora da Arquidiocese de Curitiba.
Vamos trabalhar o texto que está publicado na página "Diocese de Caçador", com o título "Celebremos com alegria o nosso encontro". A parte específica da liturgia nos serviremos do livreto "Os Fantoches explicam a Missa" escrito pelo diácono Sérgio Ferreira de Almeida e publicado pela Editora da Arquidiocese de Curitiba.
Blog de conteúdo adulto com temas de liturgia, Teologia, Educação.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
HOMILIA PARA O DIA 11 DE SETEMBRO 2011
Está disponível, na página - Rezando com a Palavra de Deus, a homilia sugerida para o 24 domingo do tempo comum e oxala que ela cumpra o papel sugerido pelo Papa Bento XVI: "Por isso exorto os Pastores da Igreja e os agentes de pastorais a fazer com que todos os fiéis sejam educados para saborear o sentido profundo da Palavra de Deus..." (Verbum Domini, 52).
Blog de conteúdo adulto com temas de liturgia, Teologia, Educação.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
O NOVO BISPO CHEGOU....
DOM FREI SEVERINO!
Na primeira vez que D. Severino se dirigiu ao clero de Caçador, iniciou sua carta com as palavras: “Venho intensificando em minhas orações a certeza de um encontro fecundo e fraterno esperando o dia de nos conhecermos de fato”.
Poucos dias depois escrevia informando sua chegada e dizia: “Cada vez mais perto de chegar para nova missão”!
Em 23 de agosto se encontrou com o clero da Diocese e relatou pessoalmente a alegria de voltar para Santa Catarina sem, contudo, deixar de reconhecer que aprendeu ser bispo do jeito mineiro.
Dentre as palavras, que a mim soaram com profundidade recordo a insistência na oração. No encontro do dia 23 o Bispo Frei mostrou seu jeito “mineiro” reafirmando e citando exemplo: “O povo quer um padre que reza”. Para o bom entendedor, meia palavra basta!
Eis que o dia chegou. 04 de setembro 2011, o 5° bispo diocesano de Caçador inicia, neste dia, o ministério pastoral nesta diocese que mais do que nunca sabe o que significa “acolher e cuidar”.
Bem vindo Frei Severino!
Blog de conteúdo adulto com temas de liturgia, Teologia, Educação.
HOMILIA PARA O DIA 04 DE SETEMBRO 2011
“O que dizem as leituras proclamadas? O que dizem a mim pessoalmente? O que devo dizer à comunidade, tendo em conta a sua situação concreta?” (Verbum Domini 211)
Está disponível na página 'Rezando com a palava de Deus" a homilia para este domingo. Rezemos juntos pois "O amor não faz nenhum mal contra o próximo".
Blog de conteúdo adulto com temas de liturgia, Teologia, Educação.
Assinar:
Postagens (Atom)