Leituras: Deuteronômio 4, 1-2.6-8; Salmo 14 (15);
Tiago 1,17-18.21b-22.27; Marcos 7,1-8.14-15.21-23.
No repertório das canções litúrgicas bastante populares, uma
delas que é muito querida nas nossas comunidades, e cujo conteúdo é realmente
fascinante, costuma ser identificada com o titulo: “Senhor Quem entrará?”.
A letra é uma variação melódica do salmo 14 que se proclama
na liturgia deste domingo:
Senhor,
quem morará em vossa casa
e
no vosso monte santo, habitará?
É
aquele que caminha sem pecado
e
pratica a justiça fielmente;
que
pensa a verdade no seu íntimo
e
não solta em calúnias sua língua
Que em nada prejudica o seu irmão
nem
cobre de insultos seu vizinho;
que
não dá valor algum ao homem ímpio,
mas
honra os que respeitam o Senhor.
não empresta o seu dinheiro com usura,
nem
se deixa subornar contra o inocente.
Jamais
vacilará quem vive assim!
Rezar este salmo no contexto das
leituras que se ouve neste domingo na liturgia facilita a cada pessoa e a comunidade inteira a se colocar diante de algumas perguntas intrigantes e
necessárias. Ou seja: Em que medida o dia a dia das pessoas está pautado pela
lei, pela norma, pelas proibições e permissões acima da convicção do coração.
O que São Tiago recomenda na segunda
leitura, não é senão, uma confirmação do ensinamento dado por Jesus aos
Fariseus de Jerusalém: “sejam praticantes
da Palavra e não meros ouvintes”.
No Brasil, se está vivendo o tempo intenso de campanha
eleitoral. Seja por meio da propaganda gratuita nos meios de comunicação, seja
por outras fontes, todos estão sendo bombardeados por informações, intenções, e
promessas daqueles que se colocam na condição de candidatos para as funções de
prefeito e vereador.
Para os candidatos e para os eleitores certamente pode ser aplicado
o que se reza no salmo:
“quem tem ficha limpa
e o coração puro,
Quem pensa e age com
verdade,
Quem não se deixa
subornar”.
Rezando na assembleia reunida é bom valorizar a prece a fim
de que sejam reforçados os laços que unem a todos com Deus, que alimente o que
é bom e guarde com cuidado aquilo que é justo.