Meus irmãos e irmãs, a paz de Cristo esteja convosco!
Neste terceiro domingo da Páscoa, as leituras nos convidam a refletir sobre o testemunho e a missão que nos são confiados, especialmente através da figura de Pedro, um dos pilares da nossa fé. Em Atos dos Apóstolos (At 5,27b-32.40b-41), testemunhamos a coragem de Pedro diante das autoridades religiosas. Ele e os apóstolos são interrogados e reprimidos por pregarem sobre Jesus, mas não se intimidam. Pedro afirma: “É necessário obedecer a Deus antes que aos homens.” Esse simples, mas poderoso testemunho nos ensina que a nossa fidelidade a Cristo deve sempre prevalecer, mesmo diante de dificuldades.
Pedro não apenas fala de sua fé, mas vive-a em sua totalidade. Como testemunha da ressurreição, ele se tornou uma voz firme em um tempo de incertezas. Ele sabia que o impacto de sua mensagem não se limitava a suas palavras, mas se estendia a todo ato de sua vida. Esse testemunho ressoava não só em sua pregação, mas também em sua disposição para sofrer. A Escritura nos lembra que eles saíram do Sinédrio “alegres por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas pelo nome de Jesus”. Como isso nos inspira? Estamos prontos para enfrentar adversidades por nossa fé?
Passando para o Evangelho de João (Jo 21,1-19), encontramos uma cena impactante em que Jesus aparece novamente a Pedro e os outros discípulos à beira do mar de Tiberíades. Esta aparição é fundamental, pois não apenas oferece conforto e paz, mas também reafirma a missão de Pedro. Ao perguntar a Pedro “Você me ama?”, Jesus o comissiona a pastorear suas ovelhas. Aqui, vemos a restauração de Pedro após sua negação. O amor de Jesus é incondicional, transcendendo nossos erros e fraquezas.
A pergunta “Você me ama?” nos toca profundamente. Qual é a nossa resposta a essa pergunta? O amor autêntico a Cristo nos impede de sermos indiferentes diante das necessidades do nosso próximo. Assim como Pedro foi chamado a alimentar as ovelhas, somos convocados a cuidar uns dos outros, a ser luz no mundo e a testemunhar a esperança da ressurreição.
Enquanto contemplamos esses textos, somos desafiados a viver um testemunho cristão firme em nosso cotidiano. Nos momentos de dificuldade, que possamos lembrar das palavras de Pedro em Atos: devemos obedecer a Deus antes que aos homens. E, assim como Pedro, que possamos sentir a renovação em nosso coração, sabendo que somos chamados a amar e a servir.
Neste domingo, que cada um de nós possa renovar sua fé e compromisso com Jesus. Que nossa vida seja um testemunho vibrante da presença do Ressuscitado em nosso meio. Ao sairmos hoje, que possamos levar esta mensagem de esperança, coragem e amor a todos ao nosso redor, lembrando sempre que, em Cristo, somos chamados a ser pescadores de homens.
Que Deus nos abençoe e nos guie em nossa missão. Amém.