Mostrando postagens com marcador guerra. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador guerra. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 12 de maio de 2025

HOMILIA PARA O DIA 22 DE JUNHO DE 2025 - 12º DOMINGO COMUM - ANO C

 A MINHA ALMA TEM SEDE DE DEUS

Hoje, reunidos em oração e comunidade, ouvimos as leituras que nos convidam a refletir sobre a nossa relação com Deus e sobre como essa relação é fundamental para a nossa vida espiritual.

Vamos começar pelo Salmo 62(63), que expressa uma profunda sede de Deus: “Ó Deus, meu Deus, eu te procuro; a minha alma tem sede de ti”. Neste versículo, o salmista nos mostra o desejo ardente de experimentar a presença do Senhor. Sede e desejo são temas recorrentes na vida de fé. Na medida em que buscamos a Deus, reconhecemos que Ele é o nosso sustento, a nossa fonte de vida. Em momentos de deserto, de dúvidas e de provações, é essa sede que nos impulsiona a orar, a clamar e a nos aproximar do Criador.

Na passagem do Evangelho segundo Lucas (Lc 9,18-24), Jesus faz uma pergunta crucial aos seus discípulos: “Quem dizem as multidões que eu sou?” E eles respondem: “João Batista, outros, Elias, e outros ainda, que um dos profetas ressuscitou”. Mas, em seguida, Ele pergunta diretamente aos seus discípulos: “E vocês, quem dizem que eu sou?”. Essa pergunta não é apenas uma curiosidade, mas um convite a refletirmos sobre a nossa própria fé e percepção de quem é Jesus em nossas vidas.

Pedro, ao responder que Jesus é o Cristo de Deus, revela uma compreensão profunda. Mas Cristo também os alerta sobre o caminho que está por vir: Ele fala do sofrimento, da rejeição e da morte, e, mais importante, do chamado a tomar a própria cruz. Aqui, Jesus nos ensina que a verdadeira vida com Ele requer entrega, e que a oração é a via que nos fortalece nessa missão.

A oração é, portanto, um meio essencial de saciar nossa sede de Deus. Quando oramos, não apenas elevamos nossas súplicas, mas também temos a oportunidade de aprofundar nossa relação com o Senhor. É na oração que encontramos força para enfrentar as cruzes que nos são impostas. É na oração que recebemos a graça de discernir nossa identidade como filhos e filhas de Deus e, ao mesmo tempo, perceber qual é o nosso papel neste mundo.

Muitas vezes, pode parecer que Deus está distante, mas Ele nunca nos abandona. Assim como um sedento busca água, também devemos buscar a Deus com a mesma intensidade. A nossa oração diária deve ser um diálogo sincero, onde expressamos nossos medos, ansiedades e também nossas alegrias. É nesse diálogo que vamos descobrindo quem somos e quem Deus é para nós.

Por que isso é tão importante? Porque, ao reconhecer Jesus como o Cristo, aceitamos também a sua proposta de carregarmos a nossa cruz. Ele nos ensina que não é pela força, mas pela humildade e pela entrega que encontraremos a verdadeira vida. Assim, a oração se torna um espaço de renovação, onde podemos reabastecer a fé e o amor que nos impulsionam a testemunhar o Evangelho.

Neste dia, convido todos a meditar sobre o que significa ter sede de Deus em suas vidas. Como podemos cultivar esse desejo? Como podemos fazer da oração não apenas um momento isolado, mas uma parte constante do nosso dia a dia? Que a nossa busca incessante por Deus nos faça mais solidários, mais compreensivos e mais amorosos com os que nos cercam.

Que a Eucaristia de hoje nos nutra e nos fortaleça nessa caminhada, e que, assim como o salmista, possamos sempre dizer: “A minha alma tem sede de Ti, Senhor.” Que Jesus Cristo, nosso Senhor, continue a nos guiar e a nos amadurecer na fé.

Amém.

 

HOMILIA PARA O DIA 19 DE JUNHO DE 2025 - SOLENIDADE DO CORPO E SANGUE DE CRISTO - ANO C

 TODOS SOMOS UM EM CRISTO

Hoje celebramos a Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, oportunidade para renovar a nossa fé na presença real de Jesus na Eucaristia. Neste dia, somos chamados a refletir sobre o que significa honrar a Jesus em nossas vidas e como podemos viver essa presença de maneira concreta.

O Evangelho de Lucas (Lc 9,11b-17) nos narra um episódio marcante: a multiplicação dos pães e peixes, um milagre que nos ensina muito sobre a generosidade e a compaixão do nosso Senhor. Jesus olha para a multidão e a acolhe com misericórdia, curando-os e, em seguida, se preocupa com a necessidade de alimento. A frase chave para nós é: “Dêem vocês mesmos de comer”. Aqui, Ele nos convoca a agir, a não apenas observar, mas a nos colocar em movimento, a sermos protagonistas na missão de cuidar uns dos outros.

Hoje, o ato de fazer tapetes para honrar a Eucaristia nas ruas é uma expressão maravilhosa de piedade popular. Esses tapetes, feitos com tanto carinho e dedicação, são mais do que apenas elementos decorativos. Eles simbolizam a acolhida, a festa e o cuidado com todos que caminham por essas ruas. É um gesto que convida a todos os filhos e filhas de Deus a participarem da festa do Corpo e Sangue de Cristo, mostrando que não deixamos ninguém de fora.

A tradição de confeccionar tapetes é um testemunho vivo da nossa fé e do amor que temos por Jesus Cristo. Assim como a multidão foi alimentada, nós também somos chamados a nos alimentar e a alimentar. Cada parte do tapete é um convite para que todos possam sentir-se acolhidos na presença do Senhor. Quando decoramos nossas ruas com essas obras de arte, estamos criando um espaço sagrado, um caminho que nos lembra que Jesus nos acolhe e que devemos acolher uns aos outros.

Honrar a Jesus e seguir o Seu exemplo é garantir que ninguém passe fome — não só daquela fome física, mas também da fome de amor, de esperança e de dignidade. A Eucaristia é um chamado para a partilha, para que ninguém se sinta excluído. O Corpo e Sangue de Cristo nos convocam a sermos um só corpo, a sermos a Igreja que cuida, que se importa e que se envolve nas necessidades do próximo.

Ao vivermos esta Solenidade, que possamos nos perguntar: como podemos, em nossa vida diária, colocar em prática essa generosidade? Como podemos ser “pães” para os que estão à nossa volta? O convite é para que, ao nos aproximarmos da mesa do Senhor, lembremos dos chamados a nos alimentar e, principalmente, a alimentar aqueles que vivem em nossas comunidades e ao nosso redor.

Que cada tapete confeccionado hoje nos lembre da nossa responsabilidade de amor e solidariedade, mostrando que a Eucaristia nos leva a um compromisso de transformar o mundo onde vivemos. Que possamos ir além, praticando a caridade e fazendo com que cada gesto nosso seja um reflexo do amor de Deus.

Que o Senhor nos abençoe e que, ao celebrarmos o Corpo e Sangue de Cristo, possamos renovar nossas promessas de amar e servir uns aos outros. Amém.