domingo, 23 de maio de 2010

HOMILIA PARA O DIA 23 DE MAIO 2010

DOMINGO DE PENTECOSTES


Leituras: Atos dos Apóstolos 2, 1-11; Salmo Responsorial 103(104;
1Cor 12,3b-7.12-13; João 20, 19-23.


Imagino que para quase todos no momento em que entramos no chamado mundo virtual, por meio da rede mundial de computadores, tenha sido um momento importante. Por certo tivemos a sensação de poder falar com o mundo. De fato os avanços tecnológicos e científicos parecem estar em nossas mãos. Em resumo temos a impressão de alcançar respostas para quase tudo. Compreender e ser compreendido.
Excluindo-se todos os limites desta comparação ela pode ser um modo de compreender a celebração de Pentecostes. Celebramos hoje o dom do Espírito Santo, isto é, a abertura da Igreja para todas as nações. Por meio deste presente inefável Deus fez com que a Palavra do Filho alcançasse todos os povos outrora conhecidos.
Na Igreja hoje também pedimos que o mesmo Espírito abra nossos corações para a unidade e a diversidade, rezamos a fim de que o mesmo Espírito nos modifique e modifique o mundo. Que, uma vez mais, por sua graça, aconteçam a solidariedade, a justiça e todo bem.
Nas palavras do Evangelho o espírito de Deus é comparado ao sopro dado por Jesus sobre os apóstolos que por meio deste sinal são incumbidos de levar a todos o perdão e a vida nova. No texto da primeira leitura se pode fazer um paralelo com o povo de Israel acampado no Sinai. Lá, porém, a incapacidade de compreender os caminhos de Deus levou os homens a se ocupar no projeto da torre de Babel cujo resultado é a confusão total de línguas e nações. Aqui, com o Pentecostes, gente de todas as raças e línguas se entendem: nasce a Igreja aberta para o mundo e ecumênica.
Já são Paulo na segunda leitura confirma a promessa que havia sido feita por Jesus: O Espírito Santo é o advogado, o que faz reconhecer a presença de Jesus no meio do mundo. Presença que não é necessariamente física, mas é real por meio da sua palavra e, sobretudo, da vivência de tudo aquilo que havia dito e ensinado.
É bastante comum em nossas assembleias um canto litúrgico onde se reza as seguintes palavras: “No povo renasce a confiança ó Espírito Santo de Deus.” De fato desde o dia do Pentecostes, e com muito pouco espaço de tempo todo o mundo outrora conhecido já havia ouvido falar no nome de Jesus e tomava ciência dos seus ensinamentos.
Como irmãos reunidos, peçamos também que o feito extraordinário de pentecostes se repita hoje em nossa sociedade. Que por nossa voz, pelo testemunho de nossa vida aconteça em todos os lugares verdadeira comunhão. Que a unidade da Eucaristia e da Palavra se realize em nossas Igrejas, em nossas famílias, nas sociedades e na relação com toda a obra criada.
Que o Espírito Santo nos faça promotores de condições de vida cada vez mais humanas e com melhor qualidade para todos em todos os lugares. Este nosso pedido se repete em diferentes momentos de nossas celebrações. Recordo de modo particular na oração Eucarística quando o padre diz: “comungando o corpo e o sangue do Vosso Filho sejamos repletos do Espírito Santo e nos tornemos um só corpo e um só Espírito.”

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