sábado, 3 de julho de 2010

HOMILIA PARA O DIA 04 DE JULHO


SOLENIDADE DE SÃO PEDRO
E SÃO PAULO





Leituras: Atos dos Apóstolos 12, 1-11; Salmo 33(34);
2ª.Timóteo 4,6 -8.17-18; Mateus 16,13-19.




Pronto. A copa terminou. O hexa foi adiado de novo. Talvez seja 2014 a nossa vez. Mas a responsabilidade por essa frustração recai sobre as costas do treinador, ou será por conta da expulsão do Filipe Melo. Quem sabe não foram os erros dos juízes. Bom, as possibilidades, explicações e justificativas são tantas que certamente nem vale a pena gastar tempo procurando explicações ou culpados. O fato é que nossa seleção foi pra África com a intenção, o apoio e a garra para fazer jus ao título de seleção favorita.
Quem sabe poderíamos aplicar as Palavras de São Paulo aos jogadores da nossa seleção e de todas as que se despediram da África antes mesmo do que esperavam: “Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé”.
Esta afirmação de Paulo na segunda leitura de hoje ele faz já na prisão pouco antes de ser executado. Estava convencido que tudo aquilo que havia feito teve um único objetivo: Manifestar a convicção que tinha nas palavras e na pessoa de Jesus de quem ele se fez apóstolo. Tal como Paulo é possível dizer que também a nossa condição de cristãos se compara a uma copa do mundo. Jogamos num time não por causa de nós mesmos e de nossos interesses, jogamos por causa do Reinado de Deus. Entramos em campo no dia do nosso Batismo. Naquela ocasião nossos pais falaram por nós tal como Pedro proclamou no evangelho de hoje: “Eu creio que tu és messias o Filho de Deus vivo”. De lá para cá viemos nos esforçando para aperfeiçoar em nossas vidas as certezas que nossos pais nos transmitiram.
Jogar na seleção de Jesus Cristo, certamente impõe pra todos muitos desafios, maiores até do que as forças parecem suportar. Eis que se apresenta o testemunho de Pedro, que ouvimos na primeira leitura: “Agora sei que o Senhor enviou seu anjo para me livrar”.
A esta altura da competição não basta ficar procurando quem são os culpados pelas derrotas do nosso cotidiano, nem muito menos centrar atenção em nossas fragilidades ou nas fraquezas alheias, nem muito menos nos pecados da nossa Igreja. Certamente será importante reconhecê-las sim, mas não perder tempo com elas.
Pedro e Paulo superaram diversas dificuldades e isso só foi possível graças ao amor que tinham por Cristo e a determinação do seu testemunho. Nossa Igreja é santa e pecadora, dela e de todas as suas virtudes e fracassos somos participantes. Nós, os membros ordenados, que desempenham tarefas e serviços na Igreja entre eles, e de modo especial, a pessoa do Papa Bento XVI. O momento e a condição não é a de atirar pedras e encontrar culpados é procurar saídas e pedir que Deus mesmo continue nos ajudando a viver de tal modo que perseveremos no ensinamento dos apóstolos e sejamos um só coração e uma só alma.
Que esta Eucaristia nos torne cada vez mais disponíveis para Deus e para nossos irmãos.

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