sexta-feira, 1 de julho de 2011

HOMILIA PARA O DIA 03 DE JULHO DE 2011


“O que dizem as leituras proclamadas? O que dizem a mim pessoalmente? O que devo dizer à comunidade, tendo em conta a sua situação concreta?” (Verbum  Domini 211)

SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO

Leituras: Atos dos Apóstolos  12,1-11; Salmo 33(34),2-3.4-5.6-7.8-9 (R. 5);
2Timóteo 4,6-8.17-18; Mateus 16,13-19.

À medida que se observa a história das nações, das sociedades públicas e privadas, dos regimes de governo e de autoridade, pode-se ver com relativa frequência a maneira como se superestruturam e se protegem para garantir a continuidade da sua existência e da sua influência sobre as pessoas e sobre aqueles que de algum modo garantem que tal condição permaneça.
Isso está narrado na leitura dos Atos dos Apóstolos, na carta de Paulo a Timóteo e no texto do Evangelho que se proclama neste domingo, todavia o que se vê nestes textos não é o exercício de autoridade e do poder para garantir a subsistência, mas experiência de comunhão e de oração.
No texto da primeira leitura se vê Herodes, tomando todas as medidas que “agradam” ao povo, e o faz servindo-se de sua autoridade não se importando com as consequências e com a legitimidade das ações que ordena. Manda prender e matar todos os que não concordam com seu estilo de governo e com a forma como exerce o poder. Entretanto, há uma realidade, que é invisível, que não precisa do uso da força. Trata-se do poder da oração e da comunidade como se lê: “A Igreja rezava continuamente a Deus”.  O resultado de tal atitude não poderia ser outro, depois de libertado, Pedro reconhece e proclama: Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava!”.
A mesma situação se repete com Paulo, convencido de ter feito tudo o que devia fazer conclui: “Combati o bom combate, terminei minha carreira, guardei a fé”.  E tem certeza que tudo foi possível porque “O Senhor esteve a meu lado e me deu forças; ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente, e ouvida por todas as nações; e eu fui libertado da boca do leão”.
Tal situação foi anunciada por Jesus, mediante a confissão de Pedro. Enquanto este o reconhece como Messias, enviado de Deus, aquele confirma: “Feliz és tu porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas meu Pai que está nos céus”.  E lhe dá uma atribuição extraordinária. Ou seja, a partir desta convicção Pedro é chamado para Edificar a Igreja.
Em resumo, não há outro nome, não há outra condição, que não seja acreditar na pessoa de Jesus Cristo  para que os projetos e instituições alcancem seus objetivos.
Eis que a Igreja convida a celebrar, neste domingo, a Solenidade de São Pedro e São Paulo e à sombra deles rezar pelo Papa e pelos pastores da Igreja a fim de que sejam, na mesma proporção,  testemunhas da Boa Notícia de Jesus no meio do mundo.
Obviamente, que de algum modo, tal incumbência é extensiva a todos os cristãos, e é por isso que também se reza no salmo: Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!”. E a missa se conclui com esta oração: “Concedei-nos viver de tal modo na vossa Igreja que, perseverando na fração do pão e na doutrina dos apóstolos, sejamos um só coração e uma só alma”.

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