É NECESSÁRIO SER RICO...
Muitas coisas estão acontecendo
no Brasil nos últimos dias. De todas é possível tirar algumas lições e aprender
a viver cada dia melhor. Simultâneo às manifestações que tomaram conta das ruas
em diversas cidades brasileiras estavam infiltradas pessoas cuja intenção era
criar polêmica, fazer baderna e denegrir a imagem das pessoas de bem que lá
estavam. A alegria vivida em diversos
momentos na copa das confederações dispensa comentários sobre a paixão do
brasileiro por futebol. Os equívocos cometidos na segurança durante a visita da
Papa fizeram mais rir do que chorar. E neste particular é hora de reconhecer
que o Papa Francisco mostrou que é necessário ser rico! Foi possível
testemunhar a riqueza do Papa quando, desceu do avião e viu o aparato de segurança que lhe havia sido
preparado, exclamou: “tudo isso é para mim”. No dia que saiu
do local onde estava hospedado indo para Aparecida, fez parar o carro para
abraçar uma criança, carregou a sua “malinha
preta” e desfez a curiosidade dos repórteres quando lhe perguntaram o que
carregava com tanto esmero: “Eu sempre levei eu mesmo minha maleta. É
normal. Nós temos que ser normais. E dentro o que tem? Um barbeador, um
breviário (livro de liturgia), uma agenda, tinha um livro para ler, sobre Santa
Terezinha”. Mas ele se mostrou rico de fraternidade, de calor humano,
quanto perguntado sobre sua segurança e suas idas ao encontro do povo disse
dispensando o carro blindado disse: “Eu não poderia vir ver este povo, que tem um
coração tão grande, detrás de uma caixa de vidro”. Então eis que ele mostra com sua vida que é
preciso ser rico, mas rico de calor humano.
A propósito, hoje a Igreja celebra o dia do Padre, e coloca como modelo
de padre O Santo Cura de Ars, que viveu no final do século XIX, na França, viveu
pobre, sem grandes confortos, mas era rico de Deus e sabia transmitir a misericórdia,
a aldeia onde trabalhava se tornou lugar de peregrinação. Para lá acorriam
pessoas de toda a França e também da Europa e ia para buscar conforto e perdão.
Ele também era rico! Neste sentido também falou o Papa Francisco aos padres: “Penso que temos que dar testemunho de certa
simplicidade – eu diria, inclusive, de pobreza. O povo sente seu coração
magoado quando nós, as pessoas consagradas, são apegadas a dinheiro.”.
Estas lições todas estão expressas na Palavra de
Deus proclamada neste domingo. No livro
do Eclesiástico o autor qualifica as vantagens deste mundo com as palavras: “Vaidade
das vaidades”. E São Paulo pede aos Colossenses: “Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está
Cristo, sentado à direita de Deus; 2aspirai às coisas celestes e não
às coisas terrestres. Portanto, fazei morrer o
que em vós pertence a terra: imoralidade,
impureza, paixão, maus desejos e a cobiça, que é idolatria”.
E finalmente Jesus no
Evangelho conta a parábola do homem rico e conclui: “Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem
ficará o que tu acumulaste?' Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus”.
Ora, neste domingo, de novo
a comunidade dos cristãos se reúne para fazer memória dos ensinamentos e para
se alimentar a Eucaristia e da Palavra de Deus. Todos são convidados a abrir-se
para o mundo, buscar as coisas de Deus que estão presente no meio de todos,
onde também “mora de Deus”. E assim que ganha maior sentido o que se reza no
salmo: “Ensinai-nos a contar os
nossos dias, e dai ao
nosso coração sabedoria! Saciai-nos de manhã com vosso amor, e exultaremos de alegria todo o dia! Que a bondade do Senhor e nosso Deus repousem sobre nós e nos conduza! Tornai fecundos, ó
Senhor, nosso trabalho”
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