FELIZ É QUEM SABE
AMAR...
A crise política e econômica que
está atormentando todos os brasileiros mais uma vez mostra a fragilidade das
leis e das estruturas de poder e da organização social do nosso país. Não
faltam leis, normas, regras, instituições responsáveis, nem dinheiro falta.
Falta seriedade na condução da coisa pública e falta responsabilidade por parte
daqueles que foram escolhidos ou indicados para dar conta de determinadas
funções e tarefas. Ora o que tem isso a ver com a Palavra de Deus prevista para
esse domingo, quando se celebra também o dia da paz e se pede pela paz no
mundo, nas famílias, com o meio ambiente e em todas as relações pessoais e
sociais?
A narrativa da origem da pessoa
humana, que se lê no livro do Gênesis, deixa claro o papel do homem e da mulher
na história da humanidade. Os dois foram feitos um para o outro e ambos para
que o mundo seja cuidado e continue sendo sempre melhor: ambos deixarão pai e
mãe, isto é, o conforto e as seguranças já conquistadas para continuar
construindo novas formas de relação humana entre si, com as outras pessoas, com
a natureza e obviamente com o criador de todas elas.
A comunidade que se reúne para
celebrar reza também com a mesma intenção: “Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos, do trabalho de tuas
mãos hás de viver e tudo ira bem”. A carta aos Hebreus apresenta a pessoa
de Jesus como o santificador, aquele que teve origem na primeira criatura
humana, mas que a completou com o sofrimento, as provações e a própria morte.
No Evangelho, quando os fariseus
provocam Jesus sobre as permissões e proibições da lei, Ele vai muito além do
que isso e faz um ensinamento extraordinário que incluí o perdão, a cobiça e ambição.
Superando a legislação de Moisés Jesus pede que os fariseus observem antes qual
o sentido da vida da pessoa humana. Ou seja, compreendam que um nasceu para o
outro e que ambos existem para construírem juntos a felicidade.
E para que as pessoas sejam
felizes Ele recomenda, dar um basta na dureza de coração e na prática de
relações humanas só pautadas pela lei. Antes, diz Jesus, a pessoa precisa viver
o amor o aponta isso na unidade entre o homem e a mulher que se completa pela
acolhida das crianças e pelo respeito da individualidade de cada pessoa humana.
Eis o que pode sobrar para os
cristãos do terceiro milênio e para os cidadãos brasileiros. Acima de toda lei,
de todas as instituições e de todo poder será necessário aprofundar a
capacidade de amar e o respeito de todos para aquilo que pertence a todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário