TODAS AS VERDADES DESSE MUNDO PASSAM
Embora tenhamos consciência da finitude de todos
os nossos projetos e da nossa própria vida, frequentemente no comportamos como
se fôssemos eternos. A Palavra de Deus que ouvimos neste domingo procura
mostrar atitudes mais adequadas para alguém que reconhece as próprias
limitações e fragilidades.
Jonas enviado para anunciar uma mensagem de
conversão aos habitantes da cidade de Nínive deixa claro que Deus ama todos e
que espera sempre atitudes de arrependimento e de conversão. Jonas, chamado,
enviado e supostamente entendendo os planos de Deus não havia compreendido a
lógica da misericórdia e do perdão. Deus ama sempre a todos, embora não
concorde com o pecado espera a conversão do pecador. A vida se torna mais fácil
quando compreendemos a lógica de Deus: independente dos nossos fracassos, Deus
nunca nos considera descartáveis.
São Paulo recorda aos cristãos de Corinto que as
preocupações com as realidades terrenas precisam ser consideradas como de fato
elas são: passageiras, efêmeras, transitórias e breves. Precisamos sim, nos
preocupar com tudo o que diz respeito ao cotidiano dessa vida, mas não
absolutizar: “Eu digo, irmãos: o tempo está abreviado. Pois a figura deste
mundo passa”. O convite que Paulo faz aos seus conterrâneos é extensivo a
todos na atualidade a nossa marcha pela história deve apontar para os valores
eternos. Em outro texto Paulo deixa claro: “Se
vivemos é para o Senhor que Vivemos, se morremos é para o Senhor que morremos. Porque
a figura deste mundo passa”. Então a primeira preocupação é com a brevidade
da nossa existência e com as escolhas que fazemos neste tempo.
O texto do Evangelho deste domingo relata o
início da pregação de Jesus. Quando João Batista é silenciado a força, Jesus
ocupa o seu lugar e começa fazendo uma afirmação que confirma a brevidade da
existência humana: “O tempo já se
completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede
no Evangelho”. O tempo a que Jesus se refere resume a esperança da comunidade
de outrora como também os anseios contemporâneos. Todos almejamos um mundo novo
onde as coisas boas sejam maiores e mais evidentes do que o sofrimento a dor e
a própria morte. E para que esse tempo aconteça também a nós Jesus faz a mesma
interpelação: “convertam-se e acreditem
no Evangelho”. Acreditar não significa compreender um conjunto de leis e
verdades, antes, implica aceitar a acolher no coração a proposta de Jesus. O
modelo de pessoas que aceitam a proposta é a comunidade formada pelos primeiros
discípulos: “Simão e André, deixando
imediatamente as redes, seguiram a Jesus. Tiago e João, deixaram
seu pai Zebedeu na barca com os empregados, e partiram, seguindo Jesus”.
A missão que Jesus confiou aos discípulos continua mais atual do que nunca à
margem das águas revoltas da vida estão muitas pessoas mergulhadas em infinitas
formas de sofrimento e dor e Jesus conta conosco para aliviar suas dores e lhes
levar esperança humanizando suas vidas.
O convite que Jesus nos faz fundamente as
recomendações de Paulo e que o Papa Francisco nos recorda com outras palavras: “A mensagem de
Jesus convida-nos a ter uma atitude equilibrada com relação aos bens terrenos;
a sermos acolhedores e humildes para com todos; a conhecer-nos e a realizar-nos
no encontro e no serviço aos outros. O tempo em que podemos acolher a redenção
é breve: é a duração de nossa vida neste mundo. É breve!”
Que a oração de todos nos acorde
para ver, sentir, ter compaixão e cuidar!
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