IGUAIS EM DIGNIDADE
Diversos fatos ajudam
melhor entender a Palavra de Deus proclamada na liturgia deste domingo em que a
Igreja recorda São Pedro e São Paulo. Uma das situações diz respeito a
intolerância religiosa e ao martírio de muitos, sobretudo, no oriente médio.
Sobre a situação daqueles que são mortos por intolerância religiosa perseguidos
por grupos extremistas o Papa Francisco chama “Martírio com luvas Brancas”.
No
Brasil, diante da crise ética e política que o país está enfrentando também é
possível perceber como a incapacidade para aceitar as diferenças tem levado
pessoas e grupos a intolerância e incapacidade para o diálogo. Sobre isso o
secretário geral da CNBB afirmou em recente entrevista: “Aceitar quem pensa diferente, nos leva
a uma maturação maior. Sem isso nós não cresceremos, não teremos um Brasil
melhor"
No tempo de Pedro e Paulo situações desta natureza também
existiam. A história conta como Pedro e Paulo foram torturados e martirizados exatamente
porque pensavam diferentes e com seu modo de vida testemunhavam outra forma de
ver e compreender o mundo e as pessoas. Na segunda leitura Paulo, diante da
eminência da sua execução compara a sua vida como uma maratona: “Combati o bom combate terminei a minha corrida,
guardei a fé, só me resta a coroa da Justiça que o Senhor me dará, não somente
a mim, mas também a todos os que esperam com amor a sua manifestação gloriosa”.
Eis
que as comunidades se reúnem para celebrar a misericórdia de Deus e pedem que o
Espírito Santo ajude a todos a viver de maneira que o ensinamento dos
apóstolos, a fração do pão, o amor dos primeiros cristãos, faça de todos um só
coração e uma só alma.
Que
cada cristão seja no seu ambiente de trabalho e de vida um exemplo de coragem,
de compreensão e diálogo superando medos e preconceitos.