MISSIONÁRIOS COM DESPRENDIMENTO E CORAGEM
O
Salmo escolhido para a liturgia de hoje expressa um dos maiores desejos da
humanidade: “A verdade e o amor se encontrarão, a justiça e a paz se abraçarão; da terra brotará a fidelidade, e a justiça olhará dos altos
céus”.
De fato, a sociedade contemporânea clama cada vez com mais força para que as
relações humanas em todos os níveis sejam pautadas pelos valores da Verdade, do
amor, da justiça, da fidelidade e estas condições todas podem ser a garantia
para que a paz aconteça. Sem sombra de dúvida aqueles que tem alguma
responsabilidade no governo e na condução das instituições e organizações
sociais são os primeiros responsáveis por isso, mas não resta dúvida que todos
em qualquer lugar onde estejam precisam estar comprometidos com os valores que
promovam a paz e o bem querer entre as pessoas.
Amós foi categórico
quando reafirmou sua vocação de profeta e deixou bem claro que sua função na
sociedade era garantir que a Palavra e a vontade do Senhor estivessem ao
alcance de todos: “Respondeu Amós a Amasias, dizendo: 'Não
sou profeta nem sou filho de profeta; sou pastor de gado e cultivo figos. O
Senhor chamou-me, quando eu tangia o rebanho, e
o Senhor me disse: 'Vai profetizar para Israel, meu povo”.
E São Paulo escreve aos
Efésios uma verdade que se aplica a todas as pessoas em todos os tempos: “Ele nos fez conhecer
o mistério da sua vontade, o desígnio
benevolente que de antemão determinou em si mesmo, para
levar à plenitude o tempo estabelecido e recapitular em
Cristo, o universo inteiro: tudo o que está nos céus e tudo o que está sobre a
terra”. Esta
escolha e oportunidade de conhecer os mistérios de Deus não é outra coisa senão
o envio para a missão que é dada como um dom do Espírito Santo.
Anunciar que a Justiça e
a paz podem se encontrar e construir relações novas para uma sociedade que
também precisa se renovar não é uma tarefa fácil. Jesus mesmo experimentou a
incompreensão dos seus conterrâneos, não se deixou desiludir, pelo contrário,
formou uma equipe e os enviou dando-lhes responsabilidade e autonomia. A missão
daqueles que se declaram seguidores de Jesus é a mesma em todos os tempos.
Portanto também para os cristãos do terceiro milênio pede-se a mesma coragem: “libertar as pessoas de tudo aquilo que as torna
escravos e desconsolados”.
Neste sentido, ninguém que
se declare cristão está excluído da atividade profética de SER
MISSIONÁRIO COM DESPRENDIMENTO E CORAGEM exercendo a profecia no meio das
pessoas e no seu ambiente de trabalho como “sal da terra e luz do mundo”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário