sexta-feira, 13 de julho de 2018

HOMILIA PARA O DIA 15 DE JULHO DE 2018 - 15º DO TEMPO COMUM

MISSIONÁRIOS COM DESPRENDIMENTO E CORAGEM

O Salmo escolhido para a liturgia de hoje expressa um dos maiores desejos da humanidade: A verdade e o amor se encontrarão, a justiça e a paz se abraçarão; da terra brotará a fidelidade, e a justiça olhará dos altos céus”. De fato, a sociedade contemporânea clama cada vez com mais força para que as relações humanas em todos os níveis sejam pautadas pelos valores da Verdade, do amor, da justiça, da fidelidade e estas condições todas podem ser a garantia para que a paz aconteça. Sem sombra de dúvida aqueles que tem alguma responsabilidade no governo e na condução das instituições e organizações sociais são os primeiros responsáveis por isso, mas não resta dúvida que todos em qualquer lugar onde estejam precisam estar comprometidos com os valores que promovam a paz e o bem querer entre as pessoas.
Amós foi categórico quando reafirmou sua vocação de profeta e deixou bem claro que sua função na sociedade era garantir que a Palavra e a vontade do Senhor estivessem ao alcance de todos: “Respondeu Amós a Amasias, dizendo: 'Não sou profeta nem sou filho de profeta; sou pastor de gado e cultivo figos. O Senhor chamou-me, quando eu tangia o rebanho, e o Senhor me disse: 'Vai profetizar para Israel, meu povo”.
E São Paulo escreve aos Efésios uma verdade que se aplica a todas as pessoas em todos os tempos: Ele nos fez conhecer o mistério da sua vontade, o desígnio benevolente que de antemão determinou em si mesmo, para levar à plenitude o tempo estabelecido e recapitular em Cristo, o universo inteiro: tudo o que está nos céus e tudo o que está sobre a terra”. Esta escolha e oportunidade de conhecer os mistérios de Deus não é outra coisa senão o envio para a missão que é dada como um dom do Espírito Santo.
Anunciar que a Justiça e a paz podem se encontrar e construir relações novas para uma sociedade que também precisa se renovar não é uma tarefa fácil. Jesus mesmo experimentou a incompreensão dos seus conterrâneos, não se deixou desiludir, pelo contrário, formou uma equipe e os enviou dando-lhes responsabilidade e autonomia. A missão daqueles que se declaram seguidores de Jesus é a mesma em todos os tempos. Portanto também para os cristãos do terceiro milênio pede-se a mesma coragem: “libertar as pessoas de tudo aquilo que as torna escravos e desconsolados”.
Neste sentido, ninguém que se declare cristão está excluído da atividade profética de SER MISSIONÁRIO COM DESPRENDIMENTO E CORAGEM exercendo a profecia no meio das pessoas e no seu ambiente de trabalho como “sal da terra e luz do mundo”.



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