quinta-feira, 5 de julho de 2018

HOMILIA PARA O DIA 08 DE JULHO DE 2018 - 14º DOMINGO COMUM


NAS DIFICULDADES RECONHECER 
A FORÇA QUE ESTÁ EM DEUS

À medida que a Copa do Mundo vai caminhando para a reta final, os comentaristas esportivos vão apontando como aumenta o grau de dificuldade para cada uma das equipes classificadas para a fase seguinte. Nesta semana também ocupou espaço no noticiário internacional o resgate dos jovens tailandeses presos na caverna e também para este caso não faltaram opiniões sobre as perspectivas e os desafios de resgate e da garantia de vida de todos os envolvidos no episódio. Neste sábado, dia 07, o Papa Francisco teve um encontro com diversos líderes religioso, na cidade Bari no sul da Itália cujo centro das conversas é a preocupação com a paz no Oriente Médio e o doloroso martírio de muitos cristãos naquela região.
Todas estas situações podem ser entendidas como um “caminhar com Jesus” com todas as vantagens e desafios que esta jornada apresenta. Compreendendo todas as dificuldades da vida é possível repetir como São Paulo: “É na fraqueza que a força de Deus se manifesta, pois, quando sou fraco então é que sou forte”.  Deus que se manifestou ao longo da história não mostrou seu poder e sua força no enfrentamento e no desafio, mas na humilhação cujo ponto culminante se deu na crucificação do próprio Filho.
O profeta Ezequiel não teve medo e ousou falar a dura verdade que precisava ser dita ao povo de Israel: “Filhos de cabeça dura e coração de pedra”. E São Paulo faz uma afirmação extraordinária: “Basta-te a minha graça. Pois é na fraqueza que a força se manifesta'. Por isso, de bom grado, eu me gloriarei das minhas fraquezas, para que a força de Cristo habite em mim”. E qual é a força de Cristo se não a sabedoria que recebeu do Pai e que confundia os sábios do seu tempo.
Ontem como hoje, declarar-se seguidor de Jesus Cristo implica compreender que ser cristão é aceitar e estar sujeito a todas as fraquezas e dificuldades do mundo contemporâneo sem fraquejar ou perder a vibração e o entusiasmo. Caminhar com Jesus implica ir removendo as pedras de cada “caverna”, por meio do diálogo honesto construir jogadas confiantes que “tudo é possível naquele que é a única força” para onde se dirige o olhar confiante e se reza como no salmo de hoje: “Eu levanto os meus olhos para vós, que habitais nos altos céus. Como os olhos dos escravos estão fitos nas mãos do seu senhor”.


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