SER
MISSIONÁRIO NAS PERIFERIAS DO MUNDO
Que São Paulo foi o
missionário por excelência no início do cristianismo ninguém dúvida. Suas
viagens para levar a boa notícia de Jesus fundando comunidades e depois
sustentando-as por meio de cartas e deixando algum responsável para continuar a
obra que ele havia começado garantiu o crescimento da Igreja nascente.
O texto deste domingo se
aplica para os desafios da atualidade e em muito se parece com o nosso
cotidiano: “Irmãos: Como tendes tudo em abundância - fé, eloquência, ciência, zelo para
tudo, e a caridade de que vos demos o exemplo - assim também procurai ser
abundantes nesta obra de generosidade. Na verdade, conheceis a generosidade de nosso Senhor Jesus Cristo: de rico
que era, tornou-se pobre por causa de vós, para que vos torneis ricos, por sua
pobreza. Não se trata de vos
colocar numa situação aflitiva para aliviar os outros; o que se deseja é que haja igualdade”.
Estas palavras de Paulo têm tudo a
ver com a insistência do Papa Francisco para que nós também sejamos uma Igreja
em saída, capaz de ir ao encontro das periferias do mundo levando daquilo que
temos e nos fazendo semelhantes em tudo. Essa inspiração não é outra coisa
senão agir do jeito de Jesus, como se vê nos dois casos do Evangelho.
Jesus estava cercado por uma
multidão, aproveitava a ocasião para transmitir seu ensinamento, poderia bem
ter continuado ali: “Jesus atravessou de
novo, numa barca, para a outra margem. Uma
numerosa multidão se reuniu junto dele, e Jesus ficou na praia”.
Entretanto interpelado pelo pedido de Jairo e enquanto caminhava pela mulher
que lhe tocou o manto tomou atitudes decisivas e corajosas contrariando as expectativas
da multidão e sendo até ridicularizado por alguns que não acreditavam na força
da sua palavra: “Ele estava ainda falando, quando chegaram alguns da casa do chefe da
sinagoga, e disseram a Jairo: 'Tua filha morreu. Por que ainda incomodar o
mestre?' Jesus ouviu a notícia e disse ao chefe da
sinagoga: 'Não tenhas medo. Basta ter fé!' Quando chegaram à
casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a confusão e
como estavam chorando e gritando. Então, ele entrou
e disse: 'Por que essa confusão e esse choro? A
criança não morreu, mas está dormindo'. Começaram
então a caçoar dele. Mas, ele mandou que todos
saíssem, menos o pai e a mãe da menina, e os três discípulos que o acompanhavam.
Depois entraram no quarto onde estava a criança. Jesus
pegou na mão da menina e disse: 'Talitá cum' - que
quer dizer: 'Menina, levanta-te!”
A ação de Jesus confirma a sabedoria
da primeira leitura: “Deus não fez a morte, nem tem prazer com a destruição dos
vivos. Ele criou todas as
coisas para existirem, e as criaturas do mundo são saudáveis: nelas não há nenhum veneno de
morte, nem é a morte que reina sobre a terra: pois a justiça é imortal. Deus criou o homem para a imortalidade
e o fez à imagem de sua própria
natureza”.
Ontem como hoje, Jesus continua nos
convidando a segui-lo indo ao encontro de todos os que não tem coragem de ficar
de pé, ou excluídos sem coragem de se expor ou identificar-se, tomando-os pela
mão e lhes dando de comer. Como a comunidade de Corinto nós também podemos ter
a certeza que: “Assim haverá igualdade,
como está escrito: Quem recolheu muito
não teve de sobra e quem recolheu pouco
não teve falta”.
Esta
convicção nos faz rezar com o salmista:
R. Eu vos
exalto, ó Senhor, pois me livrastes
e preservastes minha vida da morte.!
2Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes,*
e não deixastes rir de mim meus inimigos!
4Vós tirastes minha alma dos abismos*
e me salvastes, quando estava já morrendo!
5Cantai salmos ao Senhor, povo fiel,*
dai-lhe graças e invocai seu santo nome!
6Pois sua ira dura apenas um momento,*
mas sua bondade permanece a vida inteira;
se à tarde vem o pranto visitar-nos,*
de manhã vem saudar-nos a alegria.
11Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade!*
Sede, Senhor, o meu abrigo protetor!
12Transformastes o meu pranto em uma festa,*
13Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos!
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