JESUS CRISTO MODELO DE AMOR E DE ENTREGA
Queridos irmãos e irmãs,
Ano após ano repetimos o memorial da entrada solene de Jesus em
Jerusalém. Ao mesmo tempo entramos na Semana Santa, um convite para refletis sobre
o amor e a entrega de Jesus Cristo, nosso Senhor. Ao celebrarmos o memorial da
entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, somos chamados a contemplar não apenas
a aclamação do povo, mas também a realidade que se aproxima: a paixão, a morte
e a ressurreição.
1. Servindo com Humildade (Isaías 50,4-7)
O profeta Isaías nos apresenta um servo sofredor, cuja missão é
trazer palavras de ânimo e esperança. Ele é descrito como alguém que não se
recusa a carregar o fardo da dor e da injustiça. Ao ler essas palavras,
percebemos que Jesus encarna essa profecia. Ele, que é o Filho de Deus, assume
uma posição de humilhação e serviço. Ele não se esquiva das provações, mas as
enfrenta de cabeça erguida.
“Eu não me recusei a ser humilhado”, diz o profeta. Essa é uma
mensagem central que ressoa em nossa vida de fé: seguir a Cristo implica em um
caminho de humildade e entrega. O verdadeiro poder de Cristo se revela na
fragilidade da cruz. Precisamos nos perguntar: como vivemos esse mesmo chamado
de servir ao próximo em nossas vidas?
2. A Exaltação de Cristo (Filipenses 2,6-11)
Na carta aos Filipenses, São Paulo nos lembra que Jesus não se
apegou a sua divindade e se fez gente. Ele tornou-se obediente até a morte, e,
por isso, Deus o exaltou. Por causa dessa atitude “Todo joelho se dobrará”, diz
a passagem, apontando que toda a criação reconhecerá a soberania de Cristo. É
na cruz que Ele é verdadeiramente glorificado.
Esta exaltação não é apenas para Jesus, mas um convite para
todos nós. Ao tomarmos a nossa cruz diariamente, nos unimos a Cristo em sua
humilhação, mas também em sua glória. O convite é para reconhecer que, através
da nossa dor e sacrifício, a graça de Deus se manifesta. Respeitemos e
acolhamos esse mistério em nossas vidas: a cruz é o caminho para a verdadeira
exaltação.
3. A Paixão de Cristo (Lucas 23,1-49)
No Evangelho de Lucas, lemos o longo relato da entrega de Jesus
nas mãos dos homens, sua condenação e sua crucifixão. A narrativa revela um
contraste entre a aclamação de “Hosana” na entrada triunfal em Jerusalém e as
palavras de condenação diante de Poncio Pilatos. Cada um de nós está chamado a
confrontar nossas próprias palavras e ações. Naqueles gritos de “crucifica-o”,
vemos um reflexo das divisões e tensões de nossa sociedade.
Jesus, ao longo de sua paixão, exemplifica o amor incondicional,
perguntando ao Pai: “perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem.” Esta é uma lição
fundamental para todos nós. O perdão é a chave para a verdadeira liberdade. Em
nosso mundo cheio de animosidade e divisão, somos chamados a ser agentes de
reconciliação. Assim como Jesus, que se entregou completamente, somos
convidados a perdoar e amar, mesmo diante das adversidades.
Conclusão
Irmãos e irmãs, neste Domingo de Ramos, ao levantarmos nossos
ramos, que possamos simbolizar a disposição de acolher não apenas a glória, mas
também a cruz de Cristo. Que nossas vidas sejam um reflexo do amor e do serviço
que Jesus nos ensinou. Que possamos entrar nesta Semana Santa com o coração
aberto, prontos para ouvir e viver a mensagem da Paixão.
Peçamos a intercessão de Maria, nossa Mãe, para que, junto dela,
possamos perseverar na fé, seguir os passos do Filho e nos tornarmos, também
nós, servos do amor.
Amém!
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