segunda-feira, 7 de abril de 2025

HOMILIA PARA O DIA 13 DE ABRIL - DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR - ANO C

 JESUS CRISTO MODELO DE AMOR E DE ENTREGA

Queridos irmãos e irmãs,

Ano após ano repetimos o memorial da entrada solene de Jesus em Jerusalém. Ao mesmo tempo entramos na Semana Santa, um convite para refletis sobre o amor e a entrega de Jesus Cristo, nosso Senhor. Ao celebrarmos o memorial da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, somos chamados a contemplar não apenas a aclamação do povo, mas também a realidade que se aproxima: a paixão, a morte e a ressurreição.

1. Servindo com Humildade (Isaías 50,4-7)

O profeta Isaías nos apresenta um servo sofredor, cuja missão é trazer palavras de ânimo e esperança. Ele é descrito como alguém que não se recusa a carregar o fardo da dor e da injustiça. Ao ler essas palavras, percebemos que Jesus encarna essa profecia. Ele, que é o Filho de Deus, assume uma posição de humilhação e serviço. Ele não se esquiva das provações, mas as enfrenta de cabeça erguida.

“Eu não me recusei a ser humilhado”, diz o profeta. Essa é uma mensagem central que ressoa em nossa vida de fé: seguir a Cristo implica em um caminho de humildade e entrega. O verdadeiro poder de Cristo se revela na fragilidade da cruz. Precisamos nos perguntar: como vivemos esse mesmo chamado de servir ao próximo em nossas vidas?

2. A Exaltação de Cristo (Filipenses 2,6-11)

Na carta aos Filipenses, São Paulo nos lembra que Jesus não se apegou a sua divindade e se fez gente. Ele tornou-se obediente até a morte, e, por isso, Deus o exaltou. Por causa dessa atitude “Todo joelho se dobrará”, diz a passagem, apontando que toda a criação reconhecerá a soberania de Cristo. É na cruz que Ele é verdadeiramente glorificado.

Esta exaltação não é apenas para Jesus, mas um convite para todos nós. Ao tomarmos a nossa cruz diariamente, nos unimos a Cristo em sua humilhação, mas também em sua glória. O convite é para reconhecer que, através da nossa dor e sacrifício, a graça de Deus se manifesta. Respeitemos e acolhamos esse mistério em nossas vidas: a cruz é o caminho para a verdadeira exaltação.

3. A Paixão de Cristo (Lucas 23,1-49)

No Evangelho de Lucas, lemos o longo relato da entrega de Jesus nas mãos dos homens, sua condenação e sua crucifixão. A narrativa revela um contraste entre a aclamação de “Hosana” na entrada triunfal em Jerusalém e as palavras de condenação diante de Poncio Pilatos. Cada um de nós está chamado a confrontar nossas próprias palavras e ações. Naqueles gritos de “crucifica-o”, vemos um reflexo das divisões e tensões de nossa sociedade.

Jesus, ao longo de sua paixão, exemplifica o amor incondicional, perguntando ao Pai: “perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem.” Esta é uma lição fundamental para todos nós. O perdão é a chave para a verdadeira liberdade. Em nosso mundo cheio de animosidade e divisão, somos chamados a ser agentes de reconciliação. Assim como Jesus, que se entregou completamente, somos convidados a perdoar e amar, mesmo diante das adversidades.

Conclusão

Irmãos e irmãs, neste Domingo de Ramos, ao levantarmos nossos ramos, que possamos simbolizar a disposição de acolher não apenas a glória, mas também a cruz de Cristo. Que nossas vidas sejam um reflexo do amor e do serviço que Jesus nos ensinou. Que possamos entrar nesta Semana Santa com o coração aberto, prontos para ouvir e viver a mensagem da Paixão.

Peçamos a intercessão de Maria, nossa Mãe, para que, junto dela, possamos perseverar na fé, seguir os passos do Filho e nos tornarmos, também nós, servos do amor.

Amém!

 

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