Ele foi ferido por causa de nossos pecados.
O Cuidado com a “casa do comum” se apresenta na atualidade
uma das maiores exigências para todos. Em 2016, a celebração da sexta feira da
paixão está inserida no contexto da defesa e do cuidado com a vida em todas as
formas. As preocupações com a saúde e com as doenças transmitidas por conta do
descaso com o ambiente em que se vive. As denúncias de corrupção que envolvem
toda a nação brasileira e algumas centenas de pessoas e instituições. Questões
relativas a solidariedade e o respeito para com a pessoa humana. São todos
sinais de que a cruz de Cristo continua presente no meio do mundo.
Porém, Jesus Misericordioso, servo sofredor na
interpretação do profeta Isaías continua sendo para todos na atualidade fonte
de alegria, de serenidade e de paz.
A longa narrativa da paixão, neste ano, proclamada
segundo João, faz entender que o Rei morto na cruz não é um fato do passado, ao
mesmo tempo que sua ressurreição não ficou na história.
A cruz carregada por Jesus até o limite da morte se
assemelha às cruzes da sociedade contemporânea. Celebrar esta verdade permite
aos cristãos compreender que os sofrimentos existem, que são reais na vida do
povo, mas que não tem em si mesmo a última palavra.
É Deus quem se une com a humanidade, fortalece o
coração dos que acreditam renova-os na esperança e não considera o pecado, mas
a coragem para superar as cruzes de cada dia e construir solidariamente uma
comunidade muito melhor.
Rezar como irmãos na assembleia reunida é uma
maneira de crescer na solidariedade e no compromisso com a ressurreição
responsabilizando-se pela qualidade da vida de todos em todos os lugares.