sexta-feira, 10 de setembro de 2010

HOMILIA PARA O DIA 12 DE SETEMBRO 2010

24° DOMINGO DO TEMPO COMUM

Leituras: êxodo, 32,7-11.13-14; Salmo 50(51);
1Timóteo 1,12-17; Lucas 15,1-32

Não é raro que tenhamos surpresas agradáveis no relacionamento com as pessoas, com as instituições, conosco mesmo e porque não com Deus! Incontáveis vezes nos deparamos com situações que parecem sem solução. Não somos capazes de descobrir alternativas e quando menos esperamos surge alguém, ou algum fato novo que mostra luz no fim do túnel. Então compreendemos o que significa agradecer e ser agradecidos. A resposta para o problema ou dificuldade que tínhamos como insolúvel se apresenta muito mais fácil e próxima do que se podia imaginar.
Pois é esta a reflexão que a Palavra de Deus nos convida a fazer neste domingo. A narrativa do Êxodo apresenta Moisés diante de uma situação de difícil solução. O povo que havia sido tirado da escravidão esqueceu os benefícios recebidos. Foi ingrato para com aquele que lhe estendeu a mão e está prestes a receber o castigo por isso. Moisés tem duas alternativas permitir que sejam castigados e retomar todo o seu trabalho de outro modo, ou pleitear o perdão e propor um novo modo de vida para os ingratos e maus. Moisés escolhe a segunda alternativa, pede clemência a Deus que estava disposto ao castigo e recebe muito mais do que esperava. Deus se mostra, uma vez mais, generoso e pronto para o perdão.
Na carta a Timóteo é Paulo quem se reconhece pecador e indigno da missão que lhe fora confiada. Mas admite com toda a convicção: “Transbordou a graça de Nosso Senhor com a fé e o amor que há em Jesus Cristo”.
Nas Parábolas do Evangelho Jesus mesmo mostra por meio de exemplos do cotidiano o alcance do amor de Deus. A ovelha perdida e reencontrada, o Filho tido como morto e recuperado. Nos dois casos a solução para o problema se apresenta muito maior e mais facilitada do que se podia imaginar. Em ambas as situações Jesus declara que se equiparam à misericórdia de Deus que não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva.
Pois é neste sentido que cada um de nós é convidado a ver o próprio pecado as limitações e fraquezas, percebendo nelas como Deus age em nosso favor, nos consola e nos aponta por onde devemos andar. De novo Deus nos dá muito mais do que merecemos, as alternativas são muito mais fáceis do que imaginamos. Apenas precisamos de uma atitude reconhecer o pecado e procurar o perdão.
Nossa reunião festiva neste domingo é sinal do desejo que temos em alcançar a perfeição: Vou agora levantar-me e volto à casa de meu Pai! As palavras do Evangelho perdoam os nossos pecados e a comunhão que repartimos nos sustenta nessa nova estrada, bem longe da intransigência do Filho mais velho, porque tudo o que é do Pai está também ao alcance dos seus filhos e filhas!

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