SENHOR, SALVAI O VOSSO POVO DO ORGULHO
Dentre os fatos que
chamam a atenção do mundo inteiro nesta semana, merece ser citada Conferência
das Nações Unidas, na qual líderes do mundo inteiro discutem sobre o futuro do
planeta e das relações internacionais e promoção da dignidade humana. É
consenso geral dos participantes e um desafio a ser perseguido por todas as
pessoas e todas as instituições: “Trabalhar
em conjunto, substituir a confrontação pela cooperação”. O Papa Francisco, embora não estando
participando da Conferência da ONU, também manifestou sua preocupação com as
relações internacionais e com a dignidade humana por meio de uma declaração nas
redes sociais: “Rezemos para que no mundo
prevaleçam os programas de desenvolvimento e não aqueles para os armamentos”.
Este sentimento que cada
vez mais ganha espaço e vai se tornando aceito até mesmo pelas mentalidades
mais radicais e algumas vezes identificadas com a violência, a intransigência e
a intolerância ajuda entender a Palavra de Deus sugerida para este domingo.
O livro dos Números que é
uma coleção de fatos e situações pelas quais passou o povo de Deus entre a
saída do Egito e seu estabelecimento na Terra Prometida, ajuda a entender como
o Espírito de Deus sopra onde quer e como quer. Deus não limita sua presença
por meio de alguns iluminados que ditam regras e normas segundo seus
interesses. Acreditar em Deus significa perceber seus gestos proféticos
acontecendo até mesmo onde muitas vezes parece impossível. Em lugar de excluir
alguns e se julgar melhores e mais perfeitos, Moisés responde: “Quem dera que todo o povo do
Senhor fosse profeta,
e que o Senhor lhe concedesse o seu espírito!” No projeto de Deus não tem lugar para fanatismo, intolerância, preconceito, condenações, julgamentos apressados. Todos são convidados a reconhecer a presença de Deus em gestos de amor, paz, justiça, solidariedade e partilha.
e que o Senhor lhe concedesse o seu espírito!” No projeto de Deus não tem lugar para fanatismo, intolerância, preconceito, condenações, julgamentos apressados. Todos são convidados a reconhecer a presença de Deus em gestos de amor, paz, justiça, solidariedade e partilha.
São Tiago na segunda leitura faz a mesma advertência com
outras palavras. Não é uma atitude cristã se achar mais importante e melhor do
que os demais. Acumular bens e posses enquanto grandes parcelas da população
vivem à miséria e vítimas da exclusão. O cristão é chamado ao respeito e a
comunhão.
No evangelho os discípulos ainda mantêm a lógica da
competição que Jesus já havia reprovado no texto do último domingo. Ainda
estavam preocupados sobre quem é o maior. Estão preocupados com seus interesses
mesquinhos e egoístas querem se sentir os donos do mundo e salvadores da
pátria: “vimos uma pessoa expulsar
demônios em teu nome, mas nós o proibimos porque não conosco”. Aceitar
Jesus e seu projeto implica em não ter atitude de fanáticos e intolerantes. A
construção de uma sociedade nova e responsável não se faz com violência em
relação aos outros, mas é preciso cortar nos próprios limites e defeitos. “Se o seu olho pecar, arranca-o.…”
Não permitamos que o período pré-eleitoral destrua amizades,
construa muros em lugar de pontes. Pelo contrário peçamos a graça de ter a vida
renovada na Eucaristia e na vida de Jesus Cristo. Aproveitemos estes dias para
aprender que é “imperativo trabalhar em conjunto”, porque separados a gente
perde e juntos a gente encontra. O momento é de substituir a confrontação pela
comunhão.
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