sábado, 17 de novembro de 2018

HOMILIA PARA O DIA 18 DE NOVEMBRO DE 2018 - 33º COMUM - ANO B- DIA DO POBRE


GUARDAI-ME, Ó DEUS, PORQUE EM VÓS ME REFUGIO!
A liturgia da missa, tem entre suas aclamações de fé, uma delas que diz assim: “Anunciamos Senhor a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição, Vinde Senhor Jesus”.  Esta manifestação reúne, em poucas palavras, todo o “Mistério da fé” em Jesus Cristo.
Esta manifestação precisa ser sempre mais bem entendida à luz de toda a Sagrada Escritura. O profeta Daniel, na primeira leitura, faz uma afirmação extraordinária que em tudo tem a ver com a aclamação que se faz na missa. “Naquele tempo, se levantará o grande príncipe, defensor dos filhos de teu povo; muitos dos que dormem no pó da terra, despertarão. Os que tiverem sido sábios, brilharão como o firmamento; e os que tiverem ensinado a muitos homens os caminhos da virtude, brilharão como as estrelas, por toda a eternidade”.
O verdadeiro sábio e o que ensina o caminho da vida é aquele que a comunidade cristã proclama a ressurreição e que a carta aos Hebreus afirma ser o “Cristo que depois de ter oferecido um sacrifício único pelos pecados, sentou-se para sempre à direita de Deus”. E que Marcos no Evangelho declara que tudo passará: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai”.
Tanto a aclamação da fé, que se faz na missa, como as leituras deste domingo se resumem em três verbos: “Clamar, responder e libertar”. É por isso que o Papa Francisco convida todos os cristãos para que tenham a mesma atitude de Deus. Ou seja, diante daqueles que Clamam, responder e libertar. É neste contexto que se situa a celebração do “Dia do Pobre”, estes infelizes que clamam a Deus e que somente nele encontram seu refúgio. Na sua mensagem para este dia o Francisco faz um desafio e afirma: Num Dia como este, somos chamados a fazer um sério exame de consciência para compreender se somos verdadeiramente capazes de escutar os pobres. O Dia Mundial dos Pobres pretende ser uma pequena resposta, dirigida pela Igreja inteira dispersa por todo o mundo, aos pobres de todo o género e de todo o lugar a fim de não pensarem que o seu clamor caíra em saco sem fundo. Provavelmente, é como uma gota de água no deserto da pobreza; e, contudo, pode ser um sinal de solidariedade para quantos passam necessidade a fim de sentirem a presença ativa dum irmão ou duma irmã”.
Convido os irmãos bispos, os sacerdotes e de modo particular os diáconos, a quem foram impostas as mãos para o serviço dos pobres (cf. At 6, 1-7), juntamente com as pessoas consagradas e tantos leigos e leigas que, nas paróquias, associações e movimentos, tornam palpável a resposta da Igreja ao clamor dos pobres, a viver este Dia Mundial como um momento privilegiado de nova evangelização. Os pobres evangelizam-nos, ajudando-nos a descobrir cada dia a beleza do Evangelho. Não deixemos cair em saco sem fundo esta oportunidade de graça. Neste dia, sintamo-nos todos devedores para com eles, a fim de que, estendendo reciprocamente as mãos uns para os outros, se realize o encontro salvífico que sustenta a fé, torna concreta a caridade e habilita a esperança a prosseguir segura no caminho rumo ao Senhor que vem.





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