quinta-feira, 8 de novembro de 2018

HOMILIA PARA O DIA 11 DE NOVEMBRO DE 2018 - 32º COMUM - ANO B


O SENHOR AMA AQUELE QUE É JUSTO

Dentre as coisas que deixam qualquer pessoa enraivecida é a prática da injustiça. E não são poucas as vezes que a sociedade se depara com situações escandalosas nas quais a justiça foi injusta e parcial e não garantiu o equilíbrio de forças e o bem-estar de todos.
Num nível diferente da justiça humana está a justiça de Deus e podemos perceber com clareza nas leituras deste domingo. No tempo do profeta, como também no tempo de Jesus as viúvas eram uma categoria de povo desprotegida, extorquida e desrespeitada na sua dignidade.
O profeta Elias pede socorro a uma dessas viúvas que já não tinha mais nenhuma esperança, a não ser aguardar a morte. Disse o profeta: “'Por favor, traze-me um pouco de água numa vasilha para eu beber' Por favor, traze-me também um pedaço de pão em tua mão’. Ao mesmo tempo que ela reconheceu na pessoa do profeta um pedido do próprio Deus, a quem ela não conhecia, mas atendeu ao pedido e o resultado foi surpreendente: “A mulher foi e fez como Elias lhe tenha dito. E comeram, ele e ela e sua casa, durante muito tempo. A farinha da vasilha não acabou nem diminuiu o óleo da jarra, conforme o que o Senhor tinha dito por intermédio de Elias”.
No evangelho Jesus, mais uma vez, apresenta como modelo uma figura inusitada e não reconhecida pela sociedade perfeita da sua época: “chegou uma pobre viúva que deu duas pequenas moedas, que não valiam quase nada. Jesus chamou os discípulos e disse: 'Em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas. Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”.
O gesto generoso da pobre viúva é uma pista para reflexão também aos cristãos contemporâneos. Quantas vezes se espetaculariza gestos, ações, palavras para tornar os fatos mais grandiosos e extraordinários. Jesus mostra no evangelho como essas coisas não são importantes, pelo contrário, como “viúvas pobres” a Igreja e todos os seus membros são convidado a dar da sua pobreza para que o mundo e as pessoas e toda as formas de vida sejam respeitadas e promovidas fazendo crescer em todos a esperança, a fé e a caridade.

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