ACREDITEM
NA RECOMPENSA DE DEUS PARA TODOS
A
expressão “Um por todos e todos por um”
cuja origem é atribuída a mais de uma fonte, foi também utilizada com diversas
interpretações em diferentes ocasiões da história em distintos países.
Independentemente de sua origem e das diversas aplicações que se deu ao longo
do tempo, uma coisa é certa: a solidariedade e a comunhão entre pessoas e
grupos costumam ter bons resultados e quase sempre as realizações coletivas trazem
maior realização para todos os envolvidos. Por outro lado, também é verdade que
quando se confia cegamente nas capacidades humanas e de organização coletiva,
não poucas vezes os grupos têm se encaminhado para resultados nem sempre animadores.
Isso significa dizer que é preciso ter bom senso em tudo o que se faz
garantindo sempre o equilíbrio entre a soma de forças e a confiança necessária
para além das capacidades humanas.
É
sobre isso que trata a Palavra de Deus deste domingo. As três leituras são um
convite a não esquecer que Deus nos amou primeiro e que é dele que vem antes de
tudo o socorro e garantia de sucesso em todos os empreendimentos humanos. O
profeta Jeremias faz uma advertência àqueles que julgam ter resposta para tudo:
“Maldito
quem confia no homem e põe na carne toda a sua esperança, afastando
o seu coração do Senhor”. E
conclui sua advertência com um convite para enxergar a presença de Deus na
vida: “Bendito quem confia no Senhor
e põe no Senhor a sua esperança. É como a árvore plantada à beira da água,
que estende as suas raízes para a corrente: nada tem a temer quando vem
o calor e a sua folhagem mantém-se sempre verde; em ano de
estiagem não se inquieta e não deixa de produzir os seus frutos”.
A mesma situação se pode perceber na carta de São Paulo aos
Coríntios: “Se a fé que temos é só para a
vida presente somos os mais miseráveis de todos os homens”. Pelo contrário
diz ele: “Mas não. Cristo
ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram”.
Aceitar essa verdade não significa desprezar todas as maravilhas deste mundo
que é obra de Deus, não significa acreditar que nada e nenhuma colaboração
neste mundo tenha importância e necessidade. É somando as forças, as qualidades
e as benesses deste mundo que se pode ver e caminhar com muito mais segurança
para a vida definitiva que Cristo nos garantiu com sua ressurreição.
E finalmente Jesus deixa mais do que claro no Evangelho: São
felizes os que constroem sua vida e procuram soluções para os desafios
cotidianos à luz dos projetos de Deus. Certamente as lutas coletivas por causas
comuns será uma coisa extraordinária quando estas tiverem um olhar para além
das capacidades e autossuficiência humana.
Bem-aventurados aqueles que põe sua esperança no Senhor e que
não confiam somente nos projetos e na força dos poderosos deste mundo. Toda a
existência humana já provou diversas vezes que confiar cegamente e somente nas
forças humanas os resultados quase sempre ficam aquém daquilo que se espera.
É neste contexto que ganha ainda mais força o canto do Salmo:
“Feliz o homem que pôs a sua esperança no
Senhor. Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios, nem se detém
no caminho dos pecadores, mas antes se compraz na lei do Senhor, e
nela medita dia e noite”.
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