sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

HOMILIA PARA O DIA 17 DE FEVEREIRO DE 2019 - 6º COMUM - ANO C


ACREDITEM NA RECOMPENSA DE DEUS PARA TODOS

A expressão “Um por todos e todos por um” cuja origem é atribuída a mais de uma fonte, foi também utilizada com diversas interpretações em diferentes ocasiões da história em distintos países. Independentemente de sua origem e das diversas aplicações que se deu ao longo do tempo, uma coisa é certa: a solidariedade e a comunhão entre pessoas e grupos costumam ter bons resultados e quase sempre as realizações coletivas trazem maior realização para todos os envolvidos. Por outro lado, também é verdade que quando se confia cegamente nas capacidades humanas e de organização coletiva, não poucas vezes os grupos têm se encaminhado para resultados nem sempre animadores. Isso significa dizer que é preciso ter bom senso em tudo o que se faz garantindo sempre o equilíbrio entre a soma de forças e a confiança necessária para além das capacidades humanas.
É sobre isso que trata a Palavra de Deus deste domingo. As três leituras são um convite a não esquecer que Deus nos amou primeiro e que é dele que vem antes de tudo o socorro e garantia de sucesso em todos os empreendimentos humanos. O profeta Jeremias faz uma advertência àqueles que julgam ter resposta para tudo: “Maldito quem confia no homem e põe na carne toda a sua esperança, afastando o seu coração do Senhor”. E conclui sua advertência com um convite para enxergar a presença de Deus na vida: “Bendito quem confia no Senhor e põe no Senhor a sua esperança. É como a árvore plantada à beira da água, que estende as suas raízes para a corrente: nada tem a temer quando vem o calor e a sua folhagem mantém-se sempre verde; em ano de estiagem não se inquieta e não deixa de produzir os seus frutos”.
A mesma situação se pode perceber na carta de São Paulo aos Coríntios: “Se a fé que temos é só para a vida presente somos os mais miseráveis de todos os homens”. Pelo contrário diz ele: “Mas não. Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram”. Aceitar essa verdade não significa desprezar todas as maravilhas deste mundo que é obra de Deus, não significa acreditar que nada e nenhuma colaboração neste mundo tenha importância e necessidade. É somando as forças, as qualidades e as benesses deste mundo que se pode ver e caminhar com muito mais segurança para a vida definitiva que Cristo nos garantiu com sua ressurreição.
E finalmente Jesus deixa mais do que claro no Evangelho: São felizes os que constroem sua vida e procuram soluções para os desafios cotidianos à luz dos projetos de Deus. Certamente as lutas coletivas por causas comuns será uma coisa extraordinária quando estas tiverem um olhar para além das capacidades e autossuficiência humana.
Bem-aventurados aqueles que põe sua esperança no Senhor e que não confiam somente nos projetos e na força dos poderosos deste mundo. Toda a existência humana já provou diversas vezes que confiar cegamente e somente nas forças humanas os resultados quase sempre ficam aquém daquilo que se espera.
É neste contexto que ganha ainda mais força o canto do Salmo: “Feliz o homem que pôs a sua esperança no Senhor. Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, mas antes se compraz na lei do Senhor, e nela medita dia e noite”.

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