sábado, 9 de fevereiro de 2019

HOMILIA PARA O DIA 10 DE FEVEREIRO DE 2019 - 5º DOMINGO COMUM - ANO C


ENTRAR NO BARCO COM JESUS

Na histórica visita do Papa aos Emirados Árabes, durante a missa com milhares de pessoas Francisco fez um pedido que é ao mesmo tempo um desafio para os cristãos daquele país: “Sejam felizes construtores da paz”. Recordando São Francisco, reiterou o Papa: “O Cristão parte armado apenas com sua fé humilde e seu amor concreto”.  Estas palavras são, de alguma maneira a atualização das leituras proclamadas na liturgia deste domingo.
O profeta Isaias se apresenta de uma forma simples e questionadora, como o modelo de um homem que é sensível aos apelos de Deus e que tem a coragem de aceitar ser enviado. Ele tem consciência que a sua vocação é obra de Deus e que aceitar essa missão é a maneira mais correta de ser disponível ao projeto que o criador tem para a humanidade: “Tocou-me com ele na boca e disse-me: Isto tocou os teus lábios: desapareceu o teu pecado, foi perdoada a tua culpa. Ouvi então a voz do Senhor, que dizia: Quem enviarei? Quem irá por nós? Eu respondi: Eis-me aqui: podeis enviar-me.
São Paulo convida os cristãos de Corinto e discernir o que significa acreditar na ressurreição e quais as implicações para o cristão que aceita esta verdade. Ou seja, compreender como Jesus enfrentou os desafios do seu tempo implica também para o cristão contemporâneo dar testemunho da ressurreição de Jesus com todas as exigências que esta proclamação de fé traz para o dia a dia de todas as pessoas em todos os lugares. Os discípulos foram transformados de uma maneira extraordinária quando vivenciaram a ressurreição de Jesus, este fato pode se dar também com aqueles que na atualidade acreditam nesta verdade: “pela graça de Deus sou aquilo que sou e a graça que Ele me deu não foi inútil”.
O Evangelho apresenta uma espécie de fio condutor para aqueles aceitam seguir Jesus. Lançar as redes mais em águas mais profundas consiste em ter coragem de enfrentar as tempestades do mar que muitas vezes resultam em trabalho infrutífero. Em contrapartida ao mar, que representava para os judeus o lugar dos monstros e do perigo, Jesus chama os primeiros discípulos para ser pescadores de homens. Convite que pode ser compreendido como tarefa para realizar uma obra de libertação das pessoas presas às forças do “mar” que lhes rouba a felicidade, afogando-os na opressão, no egoísmo, no sofrimento e no medo. Aquele que aceita esta tarefa aceita a missão de facilitar que todas as pessoas sejam livres de tudo aquilo que impede a felicidade.
É neste sentido que as Palavras do Papa nos Emirados Árabes pode ser também um convite para cada pessoa em todas as partes: “Sejam felizes, sejam oásis de paz. Andem apenas armados com sua fé humilde e seu amor concreto.

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