ORAÇÃO:
ENCONTRO PESSOAL COM DEUS
POR MEIO DE JESUS
As
teorias educacionais costumam valorizar aspectos distintos quando se fala na
pedagogia para tratar com os filhos e em todas as relações familiares. Pois a liturgia deste domingo nos apresenta
dois textos muito precisos com referências claríssimas indicando um diálogo
responsável que retrata paternidade, autoridade, filiação e responsabilidade.
Ao mesmo tempo as leituras servem para tirar lições sobre a persistência na
oração e como não transformar nossa oração numa repetição mecânica de fórmulas
e palavras que não são mais do que verbalizações pouco comprometedoras e
algumas vezes beirando a magia.
Na
primeira leitura Abraão está face a face com Deus, entrega-se no absoluto amor
do Pai e faz todas as justificativas para testar até onde a bondade do criador
se estende. As intervenções de Abraão para pedir misericórdia são valorosas e
cheias de comprometimento com a causa daqueles que quer salvar: “Vais realmente exterminar o justo com o ímpio? Se houvesse cinquenta justos na cidade, acaso iríeis exterminá-los? Não pouparias o lugar por causa dos
cinquenta justos que ali vivem? Longe de ti
agir assim, fazendo morrer o justo com o ímpio, como
se o justo fosse igual ao ímpio. Longe de ti! O juiz de toda a terra não faria
justiça” e assim continua até o
limite: “Estou sendo atrevido em
falar a meu Senhor... Não se irrite o meu Senhor, se ainda falo... 'Já que me atrevi a falar a meu Senhor, e se houver
vinte justos?”
O
Evangelho narra uma das ocasiões em que Jesus se retira para rezar o que comove
os discípulos não são as palavras, mas o testemunho e por causa da atitude do
Mestre os seguidores lhe pedem umas aulas de oração e são prontamente
atendidos: “Jesus
estava rezando num certo lugar. Quando terminou,
um de seus discípulos pediu-lhe: 'Senhor, ensina-nos a rezar, como também João
ensinou a seus discípulos. Quando rezardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Dá-nos
a cada dia o pão de que precisamos, e perdoa-nos os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos os nossos devedores;
e não nos deixes cair em tentação”.
E Jesus conclui seu
ensinamento com duas simples, mas profundas comparações: O amigo que vai pedir
um socorro no meio da noite e uma situação familiar na qual pais e filhos são comparados
com o Pai de todos.
São Paulo na segunda
leitura sugere que toda a nossa vida seja referenciada a Cristo o único e
melhor modelo de proximidade com o Pai: “Com Cristo fostes sepultados no
batismo; com ele também fostes ressuscitados por
meio da fé no poder de Deus, que ressuscitou a Cristo dentre os mortos”.
O Papa Francisco em suas
catequeses falou sobre oração dizendo: “A oração não é uma varinha mágica. A
oração ajuda a conservar a fé em Deus e a nos entregar a Ele mesmo quando não
compreendemos a sua vontade. Nisto, Jesus, que rezava tanto, é um exemplo para
nós”
Certamente
se tivermos em relação a Deus a compreensão que tiveram Jesus, Abraão, São
Paulo e tantos outros ao longo da história melhor entenderemos que Deus continua
vindo ao nosso encontro, sentando à nossa mesa e estabelecendo comunhão com as
nossas necessidades. Este é um Deus com o qual podemos dialogar com amor e com
respeito Ele está sempre aberto a ouvir nossos apelos e necessidades.
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