quinta-feira, 14 de novembro de 2019

HOMILIA PARA O DIA 17 DE NOVEMBRO DE 2019 - 33º COMUM - ANO C.


A ESPERANÇA DOS POBRES JAMAIS SE FRUSTRARÁ

Santa Dulce dos Pobres... Rogai por nós!
No mês de outubro ganhamos o testemunho de Santa Dulce dos Pobres. Nas Palavras do Papa Francisco “Com sua dedicação, abriu caminhos à partilha que promove as pessoas tirando-as da marginalização. Dedicou toda a sua vida aos irmãos com deficiências profundas e quem muitas vezes a sociedade excluía”. Santa Dulce é o que se pode chamar “Santidade ao pé da porta – Classe média da Santidade”. Com sua vida e seu empenho devolveu o sorriso a tantas pessoas fragilizadas pela pobreza e pelo sofrimento. Santa Dulce dos Pobres fez de sua vida a regra do Evangelho e aquilo que rezamos no salmo deste domingo: “O Senhor virá julgar a terra inteira; com justiça julgará. Exultem na presença do Senhor, pois ele vem, vem julgar a terra inteira. Julgará o universo com justiça e as nações com equidade”.
A oração do salmista é uma confirmação da Esperança anunciada pelo profeta Malaquias: “Eis que virá o dia, abrasador como fornalha, em que todos os soberbos e ímpios serão como palha; e esse dia vindouro haverá de queimá-los, diz o Senhor dos exércitos, tal que não lhes deixará raiz nem ramo. Para vós, que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo salvação em suas asas”. As palavras do profeta são uma antecipação, um anuncio do dia do Senhor, elas podem ser lidas como a vinda libertadora do messias, o novo sol da justiça que brilha no mundo e que aponta o Reino acessível para todas as pessoas.
No evangelho Jesus confirma o que já havia sido dito por todos os profetas. A vinda do Messias se caracterizará por “Dias em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído” O anuncio feito por Jesus não é para amedrontar ninguém, pelo contrário é para animar na esperança. A destruição predita visa o mundo velho no qual o que é mau, soberbo, impuro, será queimado e dará lugar para o sol da Justiça. Jesus foi muito claro afirmando: Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: 'Sou eu!' E ainda: O tempo está próximo. Não sigais essa gente!  Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida”.
Para os cristãos do terceiro milênio o discurso de Jesus define a missão da Igreja em Saída que caminha na história serena até a segunda vinda. O tempo não é de medo, mas de dar testemunho da Boa Nova do Reino contando sempre com ajuda e a força de Deus que em Jesus está presente todos os dias até o fim dos tempos.
A ocasião é para imitar São Paulo: “Bem sabeis como deveis seguir o nosso exemplo, pois não temos vivido entre vós na ociosidade. De ninguém recebemos de graça o pão que comemos. Pelo contrário, trabalhamos com esforço e cansaço, de dia e de noite”. Em nome de Jesus Cristo ordenamos que ninguém se ocupe em não fazer nada. Viver em comunidade exige responsabilidade de todos colocando seus próprios dons para contribuir com o equilíbrio e harmonia entre todos. 
Conforme afirma o Papa Francisco na sua mensagem para o dia mundial dos pobres: “A tantos voluntários, a quem muitas vezes é devido o mérito de ter sido os primeiros a intuir a importância desta atenção aos pobres, peço para crescerem na sua dedicação. Queridos irmãos e irmãs, exorto-vos a procurar, em cada pobre que encontrais, aquilo de que ele tem verdadeiramente necessidade; a não vos deter na primeira necessidade material, mas a descobrir a bondade que se esconde no seu coração, tornando-vos atentos à sua cultura e modos de se exprimir, para poderdes iniciar um verdadeiro diálogo fraterno. Coloquemos de parte as divisões que provêm de visões ideológicas ou políticas, fixemos o olhar no essencial que não precisa de muitas palavras, mas dum olhar de amor e duma mão estendida. Nunca vos esqueçais que «a pior discriminação que sofrem os pobres é a falta de cuidado espiritual”.







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