terça-feira, 16 de agosto de 2022

HOMILIA PARA O DIA 21 DE AGOSTO DE 2022 - ASSUNÇÃO DE MARIA - ANO C

 

ESCUTAR, VER E OLHAR

A liturgia da Igreja celebra hoje a solenidade da Assunção de Maria ao céu.  A primeira observação que precisa ser feito em relação a Maria, é o fato de ela ter sido escolhida para ser a Mãe de Jesus! Em Maria tudo se refere a Cristo! Dentre as inúmeras representações da figura de Maria disponíveis para veneração uma delas é o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Notemos nesse quadro que Maria tem seu olhar voltado para nós, como quem fala pelo olhar, e sua mão direita segurando as mãos de Jesus tendo os dedos apontados para o menino. Com esse gesto Maria nos pede que olhemos para Jesus, Ele é o nosso Perpétuo Socorro!

Essas recomendações de Maria nos fazem celebrar com mais entusiasmo e confiança o título que damos a Maria: Nossa Senhora Assunta ao céu! Cuja verdade podemos ver nas três leituras desse domingo.

O apocalipse descreve com estas palavras: Abriu-se o Templo de Deus que está no céu e apareceu no Templo a Arca da Aliança. Então apareceu no céu um grande sinal: uma Mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas”.

Desde muito cedo a Igreja entendeu que essa linguagem se referia a Maria Mãe de Jesus que muito mais tarde foi declarada como elevada aos céus e reconhecida Rainha do Universo.

Com a mesma ceteza São Paulo escreve aos coríntios: “Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. Porém, cada qual segundo uma ordem determinada: Em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda”.

Naturalmente que se tem alguém que pertence a Cristo é sua mãe, aquela que disse: “Faça-se em mim segundo a sua palavra”; e depois “Façam tudo o que ele lhes disser”!

Maria que nunca receou estar perto das necessidades de todos, começou logo cedo com a visita a Isabel de quem recebeu o título: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”. E como em todas as demais ocasiões na história Maria continua repetindo o que cantou no magnificat: “O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o respeitam. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”.

Peçamos a graça também nós de imitar Maria e dizer sim a Deus! Não tenhamos medo de cantar com o salmista:

À vossa direita se encontra a rainha, com veste esplendente de ouro de Ofir.

— À vossa direita se encontra a rainha, com veste esplendente de ouro de Ofir.

— As filhas de reis vêm ao vosso encontro,/ e à vossa direita se encontra a rainha/ com veste esplendente de ouro de Ofir.

— Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto:/ “Esquecei vosso povo e a casa paterna!/ Que o Rei se encante com vossa beleza!/ Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor!

— Entre cantos de festa e com grande alegria,/ ingressam, então, no palácio real”.

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