quinta-feira, 4 de agosto de 2022

HOMILIA PARA O DIA 07 DE AGOSTO DE 2022 - 19º COMUM - ANO C

 

NO SENHOR NÓS ESPERAMOS CONFIANTES

Dentre as conversas cotidianas entre os pais uma delas diz respeito às preocupações com os filhos. E invariavelmente vem a bala a questão do cuidado e da vigilância, seja a que os pais tem em relação a eles, seja no que se refere às recomendações que os genitores fazem aos filhos sobre todos os detalhes da vida.

Pois a questão da vigilância é o que está no centro da liturgia da Palavra desse domingo. Quem quer andar seguro pelas estradas da vida está sempre alerta, procura ler, enxergar e escutar os sinais dos tempos que também são reconhecidos como sinais de Deus!

O livro da sabedoria deixa claro duas coisas simples e objetivas: estar atento para o que é realmente importante e o que é sombra de uma falsa segurança: “A noite da libertação fora predita a nossos pais, para que, sabendo a que juramento tinham dado crédito, se conservassem intrépidos. Ela foi esperada por teu povo, como salvação para os justos e como perdição para os inimigos”.

A vigilância que o autor do livro da sabedoria sugere implica ter clareza sobre as próprias convicções, sobre o sentido da própria vida e para onde se pretende caminhar.

Abraão e Sara são tomados na Carta aos Hebreus como pessoas empenhadas em responder aos desafios que a vida lhes apresenta e por isso são colocados como modelos para os cristãos em todos os tempos: Irmãos: A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidades que não se veem”.

Imitar o exemplo dos patriarcas é uma maneira de estar vigilantes e confiantes na realização de todas as promessas: “Foi a fé que valeu aos antepassados um bom testemunho. Foi pela fé que Abraão obedeceu à ordem de partir para uma terra que devia receber como herança, e partiu, sem saber para onde ia”.

Nossa vida, embora marcada pela finitude não nos dá o direito de desanimar e desistir, pelo contrário, como pessoas de fé somos movidos pela esperança!

Nas duas parábolas e na comparação que Jesus faz entre o trabalhador e o trabalho fica mais do que claro que em todas as épocas e todas as pessoas são chamadas a reconhecer nos sinais dos tempos o Senhor que nos encontra e nos insere na dinâmica da comunhão e da missão: Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o Reino. Fazei bolsas que não se estraguem, um tesouro no céu que não se acabe; ali o ladrão não chega nem a traça corrói. Porque onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas”. 

Assumir a condução da vida com todas as responsabilidades daí decorrentes implica desempenhar com firmeza e serenidade a missão recebida colocando-se sempre como gente obediente e humilde, ao mesmo tempo atencioso com as necessidades de todos particularmente os pobres de todas as maneiras que normalmente não encontram guarida, acolhida e apoio para suas demandas e necessidades!

Afinal de contas deve ficar claro para todos, especialmente para os nós cristãos: “A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido”. Por isso rezamos com firmeza: “No Senhor nós esperamos confiantes, / porque ele é nosso auxílio e proteção! / Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, / da mesma forma que em vós nós esperamos”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário