NO SENHOR
NÓS ESPERAMOS CONFIANTES
Dentre as
conversas cotidianas entre os pais uma delas diz respeito às preocupações com
os filhos. E invariavelmente vem a bala a questão do cuidado e da vigilância,
seja a que os pais tem em relação a eles, seja no que se refere às
recomendações que os genitores fazem aos filhos sobre todos os detalhes da
vida.
Pois a questão
da vigilância é o que está no centro da liturgia da Palavra desse domingo. Quem
quer andar seguro pelas estradas da vida está sempre alerta, procura ler,
enxergar e escutar os sinais dos tempos que também são reconhecidos como sinais
de Deus!
O livro da
sabedoria deixa claro duas coisas simples e objetivas: estar atento para o que
é realmente importante e o que é sombra de uma falsa segurança: “A noite da libertação fora predita a nossos
pais, para que, sabendo a que juramento tinham dado crédito, se conservassem
intrépidos. Ela foi esperada por teu povo, como salvação para os
justos e como perdição para os inimigos”.
A
vigilância que o autor do livro da sabedoria sugere implica ter clareza sobre
as próprias convicções, sobre o sentido da própria vida e para onde se pretende
caminhar.
Abraão e
Sara são tomados na Carta aos Hebreus como pessoas empenhadas em responder aos
desafios que a vida lhes apresenta e por isso são colocados como modelos para
os cristãos em todos os tempos: “Irmãos: A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera, a
convicção acerca de realidades que não se veem”.
Imitar o exemplo dos
patriarcas é uma maneira de estar vigilantes e confiantes na realização de
todas as promessas: “Foi a fé que valeu
aos antepassados um bom testemunho. Foi pela fé que Abraão obedeceu à ordem de partir para uma terra que devia receber como
herança, e partiu, sem saber para onde ia”.
Nossa vida, embora marcada
pela finitude não nos dá o direito de desanimar e desistir, pelo contrário,
como pessoas de fé somos movidos pela esperança!
Nas duas parábolas e na
comparação que Jesus faz entre o trabalhador e o trabalho fica mais do que
claro que em todas as épocas e todas as pessoas são chamadas a reconhecer nos
sinais dos tempos o Senhor que nos encontra e nos insere na dinâmica da
comunhão e da missão: “Não
tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o Reino. Fazei bolsas que não se
estraguem, um tesouro no céu que não se acabe; ali o ladrão não chega nem a traça corrói. Porque onde está o vosso tesouro, aí estará também o
vosso coração. Que vossos rins estejam
cingidos e as lâmpadas acesas”.
Assumir a condução da vida
com todas as responsabilidades daí decorrentes implica desempenhar com firmeza
e serenidade a missão recebida colocando-se sempre como gente obediente e
humilde, ao mesmo tempo atencioso com as necessidades de todos particularmente
os pobres de todas as maneiras que normalmente não encontram guarida, acolhida
e apoio para suas demandas e necessidades!
Afinal de contas deve ficar claro para todos, especialmente para os nós cristãos: “A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido”. Por isso rezamos com firmeza: “No Senhor nós esperamos confiantes, / porque ele é nosso auxílio e proteção! / Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, / da mesma forma que em vós nós esperamos”.
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