terça-feira, 2 de maio de 2023

HOMILIA PARA O DIA 07 DE MAIO DE 2023 - 5º DOMINGO DA PÁSCOA - ANO A

 

JESUS, O CAMINHO PARA O PAI

 

Todas as experiências de separação e de perdas afetam profundamente o nosso dia a dia. Sofremos profundamente com tudo aquilo que frustra as nossas expectativas e diante desta realidade facilmente somos fadados a perder a esperança e nos deixar tomar pelo desânimo, a tristeza e a desilusão. Esta situação foi experimentada pelos discípulos de Jesus que não haviam entendido as referências que o Mestre lhes havia dado durante os dias de sua vida terrena. Depois da morte de Jesus, definitivamente os discípulos se sentiram completamente perdidos, sem rumo e sem perspectiva para continuar qualquer atividade que lhes fosse apresentada.

A Palavra de Deus que ouvimos nesse domingo foi o ponto de partida para os discípulos compreenderem a nova situação da sua vida e missão, ela serve ao mesmo tempo para a Igreja e para cristão contemporâneo. As desilusões que a vida nos oferece devem servir para fortalecer a nossa resiliência e renovar sempre nosso testemunho do amor de Deus ao mundo. Em outras palavras a viver a Alegria do Evangelho!

Jesus deixa claro aos discípulos que aceitar a sua condição como Caminho que leva ao Pai implica renovar-se sempre e de novo colocar-se na dinâmica de também estar a serviço da vida e da qualidade de vida para todas as pessoas.

Aceitar Jesus como caminho, verdade e vida consiste em se tornar sempre gente nova que se reconstrói na doação total aos irmãos e às irmãs, significa sair do seu egoísmo e colocar-se a serviço das pessoas em todos os lugares e em todos os tempos.

Claro está que quem se coloca no caminho da doação nem sempre é uma pessoa totalmente perfeita e santa. Seja a pessoa, seja a Igreja todos fazem parte de uma comunidade de gente que busca a perfeição e a santidade, mas que apesar disso traz em si mesmo as marcas do pecado e da imperfeição. Tanto os discípulos de outrora como os cristãos contemporâneos, todos somos convidados a ser uma comunidade de diáconos na qual uns estão a serviço dos outros e certos que apesar das imperfeições e deslizes todos são conduzidos e animados pelo Espírito Santo. Como os diáconos daquele tempo cada pessoa que recebe ou assume uma função ou tarefa na comunidade não faz para a promoção pessoal nem para concretizar sonhos egoístas, mas desempenham a tarefa em benefício dos irmãos e das irmãs.

Na segunda leitura, Pedro deixa claro que todos formamos o templo espiritual, porém deve ficar claro que isso se manifesta à medida que nela se reconhecer Jesus como a Pedra Principal. Permanecer unido e no caminho de Jesus é a única e decidida maneira de se apresentar diante de Deus com aquilo que temos de mais precioso: nossa vida e nosso amor.

O Espírito Santo, que delicadamente conduz a história, nos impulsione, como comunidade eclesial, a viver a alegria, a verdade, a justiça e a paz.

 

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