JESUS, O CAMINHO PARA O PAI
Todas as experiências de separação e de
perdas afetam profundamente o nosso dia a dia. Sofremos profundamente com tudo
aquilo que frustra as nossas expectativas e diante desta realidade facilmente
somos fadados a perder a esperança e nos deixar tomar pelo desânimo, a tristeza
e a desilusão. Esta situação foi experimentada pelos discípulos de Jesus que
não haviam entendido as referências que o Mestre lhes havia dado durante os
dias de sua vida terrena. Depois da morte de Jesus, definitivamente os
discípulos se sentiram completamente perdidos, sem rumo e sem perspectiva para
continuar qualquer atividade que lhes fosse apresentada.
A Palavra de Deus que ouvimos nesse domingo
foi o ponto de partida para os discípulos compreenderem a nova situação da sua
vida e missão, ela serve ao mesmo tempo para a Igreja e para cristão contemporâneo.
As desilusões que a vida nos oferece devem servir para fortalecer a nossa resiliência
e renovar sempre nosso testemunho do amor de Deus ao mundo. Em outras palavras
a viver a Alegria do Evangelho!
Jesus deixa claro aos discípulos que
aceitar a sua condição como Caminho que leva ao Pai implica renovar-se sempre e
de novo colocar-se na dinâmica de também estar a serviço da vida e da qualidade
de vida para todas as pessoas.
Aceitar Jesus como caminho, verdade e
vida consiste em se tornar sempre gente nova que se reconstrói na doação total
aos irmãos e às irmãs, significa sair do seu egoísmo e colocar-se a serviço das
pessoas em todos os lugares e em todos os tempos.
Claro está que quem se coloca no caminho
da doação nem sempre é uma pessoa totalmente perfeita e santa. Seja a pessoa,
seja a Igreja todos fazem parte de uma comunidade de gente que busca a
perfeição e a santidade, mas que apesar disso traz em si mesmo as marcas do
pecado e da imperfeição. Tanto os discípulos de outrora como os cristãos contemporâneos,
todos somos convidados a ser uma comunidade de diáconos na qual uns estão a
serviço dos outros e certos que apesar das imperfeições e deslizes todos são
conduzidos e animados pelo Espírito Santo. Como os diáconos daquele tempo cada
pessoa que recebe ou assume uma função ou tarefa na comunidade não faz para a promoção
pessoal nem para concretizar sonhos egoístas, mas desempenham a tarefa em
benefício dos irmãos e das irmãs.
Na segunda leitura, Pedro deixa claro
que todos formamos o templo espiritual, porém deve ficar claro que isso se
manifesta à medida que nela se reconhecer Jesus como a Pedra Principal.
Permanecer unido e no caminho de Jesus é a única e decidida maneira de se
apresentar diante de Deus com aquilo que temos de mais precioso: nossa vida e
nosso amor.
O Espírito Santo, que delicadamente
conduz a história, nos impulsione, como comunidade eclesial, a viver a alegria,
a verdade, a justiça e a paz.
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