ALEGREM-SE E EXUTEM!
Se tem uma coisa que alegra um pai e uma mãe é poder dizer
que os filhos são ‘a cara do pai’, que tem os traços de fisionomia da mãe e
assim por diante. E não precisa muito esforço para descobrir traços comuns no
semblante de uma mesma família. E até quem não tem laços biológicos comuns, mas
partilha a vida juntos acabam por se parecer até fisicamente.
Pois ora, nós cristãos acreditamos que fazemos parte da mesma
e única família de Deus e partilhamos do mesmo destino, isso significa dizer
compartilhamos da mesma felicidade e trazemos em nós os traços da santidade que
marcaram a história da Igreja e do mundo pelo testemunho de “uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos,
povos e línguas, e que ninguém podia contar. Estavam de pé diante do trono e do
Cordeiro; trajavam vestes brancas e traziam palmas na mão”
A
primeira leitura retrata a situação das primeiras comunidades cristãs que
experimentaram dias sombrios e de muito sofrimento e perseguição, mas nem por
isso perderam a esperança: “Todos proclamavam
com voz forte: A salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e
ao Cordeiro. E adoravam a Deus, dizendo: Amém. O louvor, a glória e a
sabedoria, a ação de graças, a honra, o poder e a força”.
São João
escreve: “Caríssimos, vede que grande
presente de amor o Pai nos deu:
de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos”. O texto é uma mensagem
de esperança, é uma resposta lógica: Deus nos fez seus filhos e filhas, não nos
abandonará em nenhuma hipótese. A nossa convivência com os santos e santas nos
fará semelhantes a eles nos traços e no semblante.
Uma visão
equivocada de santidade nos impõe traços de tristeza, entretanto, o Evangelho
faz um convite estupendo: não tenham medo de enfrentar as adversidades da vida
o olhar amoroso de Deus lhes servirá de alegria e consolo: “Bem-aventurados os pobres em espírito, Bem-aventurados
os aflitos, Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, Bem-aventurados
os que são perseguidos por causa da justiça. Alegrai-vos e exultai, porque será
grande a vossa recompensa nos céus".
Francisco
usa a expressão “Santidade ao pé da porta”
para nos apresentar modelos e condições para alcançar a santidade: “Gosto de ver a santidade nos pais e mães e
família que criam os filhos com amor, gosto de ver a santidade no trabalhador
que se esforça para trazer o pão para a família, gosto de ver a santidade nos
doentes e idosos que ainda sabem sorrir”. Este modelo de santidade é o
mesmo descrito por São João Paulo II: “A
santidade de muitas pessoas acontece pela conversão ao Evangelho, muitos deles
não foram proclamados oficialmente pela Igreja, mas no seu dia a dia deram
testemunho da fidelidade a Cristo”
Para alcançar
a santidade muitas vezes precisamos caminhar contra a corrente e isto foi o que
disse Jesus outrora e que chega aos nossos ouvidos: “Sois do mundo, e ao mesmo tempo não sois
do mundo… Vós não sois do mundo do cada um para si, do consumo, da violência,
da vingança, do comprometimento… E face a este mundo deveis dizer: não estou de
acordo! Sereis felizes, porque fareis ver onde está a verdadeira felicidade.
Chamar-vos-ão santos”.
Em outras
palavras o perfil de santidade vai sendo construído a cada dia quando fazemos
pequenos gestos, imitando a multidão de testemunhas que lavou suas vestes no
sangue do Cordeiro: “Bem-aventurados os mansos,
Bem-aventurados os misericordiosos, Bem-aventurados os que promovem a paz,
Alegrai-vos e exultai”!
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a santidade consiste em ser pessoas ativas e corajosas, apaixonadas pelo
Evangelho se tivermos essa coragem nosso semblante será semelhante ao de tantas
pessoas reconhecidas como rezamos na oração eucarística: “que souberam amar Cristo e seus irmãos”.
É assim a geração dos que procuram o Senhor!
Obrigada por compartilhar tanta verdade 👏👏👏👏
ResponderExcluirMaravilhoso!! As palavras e o poder.
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